domingo, 9 de fevereiro de 2014

Humphrey Bogart (1899 - 1957)





Humphrey DeForest Bogart foi um famoso actor de cinema e teatro, eleito pelo American Film Institute como a maior estrela masculina do cinema norte-americano de todos os tempos. Nasceu em Nova Iorque, a 25 de Dezembro de 1899, e morreu em Hollywood, a 14 de Janeiro de 1957, vítima de cancro.

Conhecido pelo público como Bogie ou Bogey (preferia ser chamado de Bogie), é considerado um dos grandes mitos do cinema, tendo ganho o Óscar de melhor actor em 1951 pelo seu papel em "A Rainha Africana". Mas foram muitos os filmes que protagonizou que atingiram enorme sucesso: "Relíquia Macabra", "O Tesouro de Sierra Madre" e "Casablanca", entre outros...

Baptizado como Humphrey DeForest Bogart, era o filho mais velho de Belmont DeForest Bogart, médico cirurgião, e Maud Humphrey, uma artista gráfica de sucesso.Viveu confortavelmente no bairro de Upper West Side, em Nova Iorque, e estudou numa escola particular prestigiada, a Trinity School, Posteriormente, ingressou na escola preparatória Phillips Academy, em Andover (Massachusetts).

Chegou a pensar em estudar medicina na Universidade de Yale, mas os seus planos não se concretizaram por ter sido expulso da escola preparatória, em virtude do seu "comportamento rebelde". Depois disso, chegou a ser camionista durante algum tempo.

Por ter nascido no dia de Natal de 1899, Bogie foi baptizado como "o homem do século passado". Bogart alistou-se na Marinha para combater na Primeira Guerra Mundial. Em 1918, o barco em que se encontrava foi atacado por submarinos, tendo um fragmento de madeira rasgado a sua boca, o que afectou a sua maneira de falar para o resto da sua vida.

Humphrey Bogart começou a sua carreira artística nos palcos do Brooklyn em 1921, sem nunca ter frequentado aulas de teatro. Entre 1922 e 1925,  participou em 21 produções da Broadway. Nessa época, Bogart conheceu Helen Menken. com quem casou em 1926, tendo-se separado um ano depois. Em 1928, voltou a casar com a actriz Mary Philips.

Em 1934, Bogart actuou na peça "Invitation to a Murder". O produtor Arthur Hopkins viu-o nessa peça e escolheu-o para fazer parte do elenco de "The Petrified Forest". A peça teve 197 apresentações em Nova York, Bogart representava o papel de Duke Mantee. Para "encarnar" esta personagem, um sinistro e perigoso fugitivo da cadeia, Bogart "ousou" na interpretação, fazendo com que a personagem andasse lentamente e encurvado, pois, segundo ele, era como ficaria se ficasse longos anos preso a correntes e bolas de aço, como era comum aplicar aos prisioneiros dessa época
.
Quando a Warner Bros comprou os direitos da peça para cinema, assinou contrato com o protagonista Leslie Howard. A Warner iniciou então testes para o papel de Duke Mantee, Howard insistiu na contratação de Bogart. Sendo assim, em 1936, o filme "A Floresta Petrificada" foi lançado, contando ainda com a participação de Bette Davis. Bogart recebeu excelentes elogios pelo seu desempenho.

Mary Philips recusou-se a acompanhar o marido até Hollywood e, pouco depois, o casal acabou por se divorciar. Em 1938, Bogart casa-se pela terceira vez, agora com a actriz Mayo Methot. Este casamento foi desastroso, pois Mayo era paranóica quando bebia. Convencida que o marido a traía originava várias discussões. O "ponto final" no casamento ocorreu, provavelmente, durante a rodagem de Casablanca (1943), quando Mayo acusou Humphrey de ter um caso com Ingrid Bergman. 

Já que falamos em "Casablanca", urge desmistificar uma "lenda" que virou mesmo mito cinematográfico: a "deixa" atribuída a Bogart - "Play it again, Sam! - não integra qualquer cena do filme. No entanto, tornou-se uma (falsa) "imagem de marca" do popular filme.

Seguiram-se uma série de filmes, curiosamente com uma característica comum a quase todas as suas personagens:"morriam" no final.

Em 1941, Bogart atuou como protagonista em "Último Refúgio", um argumento que teve a participação de John Huston, seu parceiro de "farra". Nesse mesmo ano, também actuou no clássico film noir "Relíquia Macabra", realizado por John Huston. Neste filme, desempenha o papel de Sam Spade, um investigador particular. O filme foi considerado pelo crítico de cinema Roger Joseph Ebert e pela revista Entertainment Weekly como um dos melhores filmes de todos os tempos, tendo recebido três nomeações para os óscares.

Depois de inúmeros filmes de gangsters e policiais, Bogart, pela primeira vez na sua carreira, protagoniza um filme romântico/dramático: "Casablanca". Lançado em 1942, o filme tornou-se um dos maiores clássicos do cinema mundial. Bogart interpreta Rick Blaine, o dono de um clube na cidade de Casablanca, em Marrocos. Curiosamente, durante as filmagens, Bogart e Ingrid Bergman, a protagonista feminina, quase nunca se cruzaram. Ingrid diria tempos depois: "Eu beijei-o (no filme), mas nunca o cheguei a conhecer". Bogart foi nomeado ao Óscar de melhor actor, mas não saiu vencedor, embora "Casablanca" tenha vencido na categoria de melhor filme.

Durante as filmagens de "Uma Aventura na Martinica", em 1944, Bogart conheceu aquela que viria a ser a sua quarta esposa, com quem teve o casamento mais feliz: a jovem actriz Lauren Bacall. Bogart tratava-a por Baby, dado Lauren ser 25 anos mais nova que ele. Casaram em 1945 e , no ano seguinte, contracenaram no clássico "À Beira do Abismo".

Em 1951, Bogart protagonizou o filme "A Rainha Africana", contracenando com Katharine Hepburn num duelo memorável de interpretações, realizado pelo seu amigo John Huston. Foi o seu primeiro filme a cores tendo o seu desempenho levado a que conquistasse, finalmente, o Óscar de melhor actor

Bogart bebia e fumava muito, causas mais que prováveis para ter contraído um cancro no esófago. Em 1956, fez uma cirurgia para retirar o esófago e dois linfomas, mas acabou por morrer, em coma, no dia 14 de Janeiro de 1957. Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), em Los Angeles, nos Estados Unidos.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.



T O P    F I V E   (Recomendado)


Relíquia Macabra (1941)

Casablanca (1942)

À Beira do Abismo (1946)

O Tesouro da Serra Madre (1948)

A Rainha Africana (1951)




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