sexta-feira, 11 de julho de 2014

Andrei Tarkovsky (1932–1986)





Andrei Arsenyevich Tarkovski - nascido em Zavrazhye, a 4 de Abril de 1932, e falecido em Paris, a 28 de Dezembro de 1986 - foi um cineasta russo.

Tarkovski nasceu na aldeia de Zavrazhye, no distrito de Ivanovo, em Volga. O seu pai, Arseny Alexandrovich Tarkovsky, natural de Kirovohrad, na Ucrânia, foi um dos mais conceituados poetas russos modernos; a sua mãe, Maria Ivanova Vishnyakova, era uma actriz graduada no Instituto de Literatura Maxim Gorky. O seu avô, Aleksander Tarkowski, era um nobre polaco que trabalhou como funcionário num banco.

Tarkovski passou a infância em Yuryevets. Em 1937, o seu pai deixou a família e, posteriormente, em 1941, alistou-se no exército e foi destacado para a frente da guerra onde perdeu uma perna. Tarkovski ficou com a mãe, mudando-se com ela e a sua irmã Marina para Moscovo. Em 1939, Tarkovski matriculou-se na escola de Moscovo nº 554. porém, com a eclosão da II Grande Guerra e com a batalha de Moscovo, os três foram evacuados para Yuryevets, onde Andrei passou a viver com a sua avó materna. Apenas em 1943, a família pode regressar a Moscovo. 

Todas estas passagens e impressões vividas na sua infância - a evacuação na guerra, sua mãe com seus dois filhos pequenos, a ausência do pai, o tempo no hospital - foram registadas no filme auto-biográfico "O Espelho". Com o regresso a Moscovo, Tarkovski continuou os seus estudos na sua antiga escola, onde conheceu o poeta Andrey Voznesensky que foi um dos seus colegas de turma. Estudou piano numa escola de música e frequentou uma escola de arte plásticas. De Novembro de 1947 à Primavera de 1948, Andrey foi internado no hospital com tuberculose.

Após a formatura do ensino médio, 1951-1952, Tarkovski estudou árabe no Instituto Oriental, em Moscovo, um ramo da Academia de Ciências da URSS. Embora já falasse um pouco de árabe e ter sido bem sucedido nos seus primeiros semestres, Andrei não terminou os seus estudos e desistiu de trabalhar como prospector de minérios para a Academia de Ciências no Instituto de Metais Não Ferrosos e Ouro. Foi durante uma expedição de pesquisa, na qual participou ao longo de um ano, no rio Kureikye, perto Turukhansk, na província de Krasnoyarsk, que Tarkovski decidiu estudar cinema.

Ao retornar dessa expedição, em 1954, Tarkovski começou a estudar no conceituado Instituto Estadual de Cinematografia VGIK, no curso de realização de cinema. Estava na mesma turma de Irma Raush com quem se casou em Abril de 1957.

No início da era Khrushchov, foram oferecidas oportunidades únicas para jovens cineastas. Antes de 1953, a produção anual de cinema era escassa e a maioria dos filmes eram dirigidos por realizadores veteranos. Depois de 1953, a produção de filmes aumentou e os jovens realizadores ganharam espaço. Khrushchov aliviou as restrições sociais soviéticas e permitiu um pequeno fluxo da literatura, cinema e música europeia e norte-americana para a URSS. Isto permitiu que Tarkovski visse filmes variados desde o Neo-Realismo italiano, à Nouvelle Vague francesa... de realizadores consagrados como Kurosawa, Buñuel, Bergman, Bresson, Andrzej Wajda (cujo filme "Cinzas e Diamantes" foi de grande influencia para Tarkovski) e Mizoguchi.

Mikhail Romm, professor e orientador de Tarkovski, ensinou muitos estudantes de cinema que mais tarde se tornariam realizadores influentes. Em 1956, Tarkovski dirigiu a sua primeira curta-metragem, ainda como aluno, "The Killers", a partir de um conto de Ernest Hemingway. A curta-metragem "There Will Be No Leave Today" e o roteiro "Concentrated" em 1958 e 1959, sucessivamente, completaram a sua experiência na academia.

Outra influência importante na obra de Tarkovski foi a do realizador de cinema Grigori Chukhrai, que leccionava na VGIK. Impressionado com o talento do seu aluno, Chukhrai ofereceu a Tarkovski emprego como assistente de realização do seu filme "Clear Skies". Tarkovski, inicialmente, mostrou interesse, mas, decidiu concentrar-se nos seus estudos e nos seus próprios projectos. Durante o seu terceiro ano no VGIK, Tarkovsky conheceu Andrei Konchalovsky. Juntos descobriram muitas coisas em comum, pois gostavam dos mesmos realizadores e compartilhavam ideias sobre cinema e filmes. 

Em 1959, escreveram o argumento de "Antártica - País Distante", que, mais tarde, foi publicado no Moskovskij Komsomolets. Tarkovski apresentou o roteiro à produtora Lenfilm, mas foi rejeitado. No entanto, foram mais bem sucedidos com o roteiro "O Rolo Compressor e o Violinista", que conseguiram vender à Mosfilm. Este tornou-se o projecto de graduação de Tarkovski, que lhe valeu o diploma em 1960 e seu primeiro prémio, no Festival Estudantil de Cinema de Nova York, em 1961.

Tarkovski dirigiu apenas sete longas-metragens, bem como três curtas, nos seus tempos na VGIK. Escreveu também vários roteiros. No palco, dirigiu ainda a peça "Hamlet", em Moscovo, a ópera "Boris Godunov", em Londres, e uma produção de rádio do conto "Turnabout", de William Faulkner. Além disso, escreveu "Esculpindo o Tempo", um livro sobre a teoria do cinema. 

A primeira longa metragem de Tarkovski foi "A Infância de Ivan", em 1962. seguido de "Andrei Rublev", em 1966, "Solaris", em 1972, "O Espelho", em 1975, e "Stalker", em 1979. O documentário "Viagem no Tempo" foi produzido em Itália, em 1982, onde também rodou "Nostalgia", em 1983. O seu último filme, "O Sacrifício", foi produzido na Suécia, em 1986. 

Tarkovski era particularmente empenhado em escrever os argumentos para todos os seus filmes, às vezes com um co-argumentista. Tarkovski disse uma vez que um realizador que realiza um argumento de outra pessoa, sem nele estar envolvido, se tornava num mero ilustrador, o que originava filmes monótonos.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


Andrei Rublev (1966)

Solaris (1972)

O Espelho (1975)

Nostalgia (1983)

 O Sacrifício (1986)



quinta-feira, 10 de julho de 2014

Shirley Temple (1928–2014)





Shirley Temple Black - nascida em Santa Mónica (Califórnia), a 23 de Abril de 1928, e falecida em Woodside (Califórnia), a 10 de Fevereiro de 2014 - foi uma actriz, dançarina, cantora e diplomata norte-americana. Já com mais de quarenta anos de idade, concorreu a cargos políticos, sem sucesso. Em 1974, foi nomeada pelo presidente Gerald Ford embaixadora dos Estados Unidos na extinta Checoslováquia, posto que ocupou até 1976. De 1989 a 1992, foi embaixadora no Gana nomeada por George H. W. Bush.

Como actriz, não só foi a maior estrela infantil da sua época, como também é considerada a mais famosa de todos os tempos. Os seus filmes continuaram muito populares até aos dias de hoje, particularmente entre as meninas que com ela se identificavam.

Shirley começou a ter aulas de dança com três anos de idade e foi contratada para participar numa série de curtas metragens chamadas "Baby Burlesks", que parodiavam estrelas e astros adultos, em especial Marlene Dietrich. No mesmo ano, actuou numa sucessão de curta metragens e filmes, incluindo "Little Miss Marker", "Change of Heart", "Now I'll Tell", "Now and Forever" e "Bright Eyes" (no qual cantou seu mais popular sucesso, a canção "On The Good Ship Lollipop").

Vencedora de um Óscar especial aos seis anos de idade,Temple foi a salvadora da Fox e do público na época da Grande Depressão. Até o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt sucumbiu aos seus encantos tendo-lhe até agradecido, publicamente, por "ter feito a América atravessar a Grande Depressão com um sorriso".

Shirley foi campeã de bilheteiras, de 1935 a 1938, com o seu eterno optimismo e o seu sorriso vencedor. Na idade adulta, porém, não teve o mesmo sucesso como actriz, tendo-se "aposentado" do cinema em 1949. 

Em 1967, candidatou-se ao cargo de representante do estado da Califórnia no congresso norte-americano, mas não obteve êxito. Nos anos de 1969 e 1970, foi delegada junto às Organização das Nações Unidas (ONU). Além de ter sido nomeada embaixadora por duas vezes, foi chefe de protocolo durante o mandato do presidente Gerald R. Ford (1976-1977) e membro da delegação americana que tratava dos problemas dos refugiados africanos (1981).

Shirley produziu duas obras autobiográficas sobre a sua infância "My Young Life" (1945) e "Child Star" (1988).

Vida pessoal
Com 17 anos, Temple casou com o soldado convertido em actor John Agar (1921-2002), a 19 de Setembro de 1945. Tiveram uma filha, Linda Susan Agar (mais tarde conhecida como Susan Black) nascida em 20 de Janeiro de 1948. Temple entrou com uma acção de divórcio de Agar, no final de 1949, por causa do alcoolismo do marido sendo o divórcio efectivado a 5 de Dezembro de 1950. No princípio de 1950, enquanto estava de férias no Hawai, Shirley conheceu e apaixonou-se pelo executivo Charles Alden Black (1919-2005), tendo-se casado a 16 de Dezembro de 1950. Juntos tiveram dois filhos: Charles Alden Black Jr., nascido a 29 de Abril de 1952, e Lori Black, nascida em 9 de Abril de 1954. Permaneceram casados até à morte dele, com 86 anos, por síndrome mielodisplásico, a 4 de Agosto de 2005.

Outras curiosidades

Com apenas 6 anos, Shirley ganhou uma mini-estatueta simbólica, em 1935, pela sua contribuição cinematográfica.

Em 2004, a Legend Films restaurou e coloriu todos os filmes de Shirley Temple produzidos originalmente a preto e branco nos anos 30.

Shirley Temple foi a criança mais fotografada no mundo, e estrelou mais de 40 filmes e 50 produções para televisão.

Quando adulta, foi a primeira mulher na história a servir como chefe de protocolo.

Em 1972, aos 44 anos, Shirley descobriu que tinha cancro de mama, e foi a primeira celebridade a admitir em público a sua doença. A razão para tal, foi a de encorajar outras mulheres a prevenirem este problema.

Shirley contou, depois de adulta, que deixou de acreditar no Pai Natal aos seis anos de idade, quando a mãe dela a levou a uma loja para o conhecer, e o homem vestido de Pai Natal lhe pediu um autógrafo.

Em Hollywood, conta-se que um realizador, ao rodar uma cena que exigia muitas lágrimas da pequena actriz, mentiu para Shirley, dizendo que o seu cachorrinho de estimação tinha morrido. Nesse dia, o realizador conseguiu rodar apenas esta cena, porque depois desta notícia, Shirley não conseguiu mais concentrar-se nos textos seguintes.

Num dos primeiros filmes de Shirley Temple, "Baby Take a Bow", de 1934, há cenas que hoje em dia podem ser consideradas "muito fortes para as crianças", pois envolvem armas de fogo ou objectos perigosos. Como por exemplo uma cena em que Shirley Temple, ainda com 5 anos, tem que manusear uma grande faca quando vai ajudar a libertar um homem que estava amarrado, e usa a faca para cortar as cordas. Na internet existem alguns screenshots desta cena, que, hoje em dia, poucos acreditam que foi tirada realmente de um filme da pequena actriz.

O penteado que Shirley Temple usava nos seus filmes tinha, exactamente, 52 cachos. A mãe de Shirley, Gertrude, era quem prendia os seus cabelos, lhes dava forma, e os amarrava, pouco antes dela ir dormir. Também aplicava produtos para que ficassem mais loiros. Shirley, quando ia nadar, não podia mergulhar os cabelos na piscina, podia apenas humedecê-los, usando toucas de banho, uma sobre a outra. Shirley tinha também que ter cuidado nas ruas com a perseguição de "caçadores de souvenirs", que queriam um cacho dos seus cabelos como recordação.

Durante a sua infância, em todos os lugares em que ia, Shirley tinha de ser escoltada por um agente federal que o governo mantinha para sua protecção.

Na época da enorme popularidade de Shirley, surgiram vários boatos sobre ela. Um deles dizia que, na verdade, Shirley era uma actriz anã de 30 anos ("a 30 year old midget."). Outros rumores diziam que ela era uma órfã adoptada pelo casal Temple, apenas com o propósito da sua exploração, ou que, depois de algum tempo, ela já estava tão crescida, que o estúdio tinha que colocar nos cenários móveis especiais, em tamanho grande, para que ela parecesse menor.

Outro rumor, era que a obrigavam a lixar os dentes, para os manter sempre pequenos, conservando assim a sua aparência infantil. Mas, ao contrário do que diziam os boatos, o único "trabalho artificial" que tinha sido feito nos dentes de Shirley, foi quando ela perdeu um dente de leite da frente, e os realizadores a aconselharam a substitui-lo por um minúsculo dente falso durante as filmagens.

Em 1938 Shirley Temple entregou a Walt Disney um Óscar especial e sete mini-estatuetas, representando a Branca de Neve e Os Sete Anões, uma das maiores obras animadas da história. Durante a entrega, Disney tentou conter a emoção. Mas quando a pequena Shirley lhe disse: "Não são bonitos e brilhantes, não está orgulhoso Sr. Disney?" Ele respondeu: "Sim, estou tão orgulhoso que poderia chorar". Shirley então pediu graciosamente: "Não faça isso!". Os dois foram aplaudidos de pé pelos convidados, admirados.

Shirley chegou a ser escalada para interpretar o papel de Dorothy no filme "O Feiticeiro de Oz", mas a 20th. Century Fox negou-se a emprestá-la. Então, a actriz de 16 anos Judy Garland, que já havia sido cogitada antes, mas era considerada a princípio velha demais para o papel, acabou protagonizando o filme, após um trabalho de maquilhagem que ajudou a disfarçar sua idade.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



O Anjo do Farol (1936)

Heidi (1937)

A Princesinha (1939)

Shirley Entre os Índios (1939)

Forte Apache (1948)




quarta-feira, 9 de julho de 2014

Richard Burton (1925–1984)





Richard Burton - pseudónimo de Richard Walter Jenkins - nascido em Pontrhydfen (País de Gales), a 10 de Novembro de 1925, e falecido em Genebra, a 5 de Agosto de 1984 - foi um popular e premiado actor britânico.

Burton era portador da Mui Excelente Ordem do Império Britânico (em inglês: Most Excellent Order of the British Empire), uma ordem de cavalaria estabelecida a 4 de Junho de 1917 por Jorge V, em reconhecimento pela excelência da sua carreira artística.

Burton foi o penúltimo dos doze filhos da família Jenkins. O seu pai era apaixonado por poesia. Quando jovem, Burton não pensava em ser actor, mas sim em ser professor.
Estreou-se no teatro aos dezassete anos, pelas mãos do dramaturgo Emilyn Williams. O nome artístico Burton foi uma forma por si encontrada para homenagear um professor que, desde a sua adolescência, o incentivou a seguir a carreira de actor. Burton formou-se em Oxford e serviu, durante três anos, na Real Força Aérea Britânica.

Em Londres, ficou conhecido pelas suas interpretações das obras de Shakespeare, principalmente Hamlet e Henrique IV. Rodou o seu primeiro filme em 1949, "The Last Days of Dolwyn". O seu filme de maior sucesso nesse período foi "Cruel Vitória", em 1957, dirigido por Nicholas Ray.

Alcançou o status de estrela internacional, apenas nos anos 60, quando actuou ao lado da sua mulher Elizabeth Taylor em grandes produções como "Cleópatra" em 1963, "Hotel Internacional", em 1963, "Quem tem medo de Virgínia Woolf?", em 1966, e "A Fera Amansada", em 1967.

Richard Burton e Elizabeth Taylor casaram-se e divorciaram-se duas vezes. O primeiro casamento foi em 1964 e terminou em divórcio em 1973. O segundo foi em 1975 e terminou um ano depois. Isso tudo ocorreu por conta do alcoolismo de Richard. No ano de 1975, Richard e Elizabeth adoptaram uma menina alemã, a quem deram o nome de Maria Taylor Burton. Burton também é pai da actriz Kate Burton.

Devido aos escândalos na vida privada, a aparição conjunta do casal no drama conjugal "Quem tem medo de Virginia Woolf?", baseado numa obra de Edward Albee, despertou grande expectativa na imprensa sensacionalista, pois o filme que falava da vida conjugal com muitas brigas entre o casal da peça tinha muitas semelhanças com o da "vida real" que o interpretava.

Após o segundo divórcio de Liz Taylor, casou-se com a modelo Susan Hunt. Bebedor inveterado, foi durante esse casamento que tentou parar de beber. Após seis anos, o casamento acabou e voltou a beber muito. Ainda voltou a casar com a assistente de produção da BBC, Sally Hay.

Fez mais de quarenta filmes e foi nomeado ao Óscar de melhor actor por sete vezes, embora nunca tenha sido premiado. Burton morreu de cirrose hepática, aos 58 anos, depois de um violento processo de autodestruição, que o levou a consumir, durante muitos anos, uma garrafa de vodka todas as manhãs. Encontra-se sepultado no Cemitério Vieux, Céligny, (Genebra) na Suiça.

Prémios

Óscar

Nomeações (entre parêntesis o actor que ganhou o prémio nesse ano):

1952 - Melhor Actor secundário, "A Minha prima Raquel" (Anthony Quinn)
1953 - Melhor Actor, "A Túnica" (William Holden)
1964 - Melhor Actor, "Becket" (Rex Harrison)
1965 - Melhor Actor, "O Espião que saiu do frio" (Lee Marvin)
1966 - Melhor Actor, "Quem tem medo de Virginia Woolf?" (Paul Scofield)
1969 - Melhor Actor, "Rainha por mil dias" (John Wayne)
1977 - Melhor Actor, "Equus" (Richard Dreyfuss)

BAFTA Awards

1967 - Melhor Actor, "Quem tem medo de Virgínia Woolf?"
1967 - Melhor Actor, "O espião que saiu do frio"

Nomeações:

1960 - Melhor Actor, "Odeio Essa Mulher"
1968 - Melhor Actor, "A Fera Amansada"


Emmy Awards

Nomeações:

1985 - Outstanding Supporting Actor in a Limited Series or a Special, "Ellis Island"


Golden Globe Awards

1953 - Most Promising Newcomer - Male, "A Minha prima Raquel"
1978 - Melhor Actor (filme dramático), "Equus"

Nomeações:

1960 - Melhor Actor (filme dramático), "A Minha prima Raquel"
1965 - Melhor Actor (filme dramático), "Becket"
1967 - Melhor Actor (filme dramático), "Quem tem medo de Virgínia Woolf?"
1968 - Melhor Actor (comédia ou musical), "A Fera Amansada"
1970 - Melhor Actor (filme dramático), "Rainha por mil dias"

Tony Awards

1961 - Melhor Actor - Musical, "Camelot"
1976 - Special Award

Nomeações

1959 - Melhor Actor - Peça, "Time Remembered"
1964 - Melhor Actor - Peça, "Hamlet"




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


Cléopatra (1963)

Becket (1964)

Quem Tem Medo de Virgínia Woolf? (1966)

O Desafio das Águias (1968)

Equus (1978)



terça-feira, 8 de julho de 2014

Jean-Luc Godard (1930 - ... )





Jean-Luc Godard - nascido em Paris, a 3 de Dezembro de 1930 - é um cineasta franco-suíço reconhecido por ser um "autor" de um cinema vanguardista e polémico, que tomou como temas e assumiu como forma, de maneira ágil, original e quase sempre provocadora, os dilemas e perplexidades do século XX. Além disso, é também um dos principais nomes da "Nouvelle Vague". 

Godard passou a infância e juventude na Suíça, tendo depois estudado etnologia na Sorbonne. A partir de 1952, colaborou na revista Cahiers du Cinéma e, depois de vários curta-metragens, realizou, em 1959, a sua primeira longa metragem, "À bout de souffle" ("O Acossado"), em que adoptou inovações narrativas e filmou com a câmara na mão, rompendo uma regra até então inviolável. Esse filme foi um dos primeiros da Nouvelle Vague, movimento que se propunha renovar a cinematografia francesa e revalorizava a realização, reabilitando o filme dito de autor.

Os filmes seguintes confirmaram Godard como um dos mais inventivos realizadores da Nouvelle Vague: "Vivre sa vie" ("Viver a sua vida") - 1962, "Bande à part" - 1964, "Alphaville" - 1965, "Pierrot le fou" ("Pedro, o louco") - 1965, "Deux ou trois choses que je sais d'elle" ("Duas ou três coisas que eu sei dela") - 1966, "La Chinoise" ("A chinesa") - 1966, e "Week-end" ("Fim de semana")- 1968.

O cinema de Godard nessa fase caracteriza-se pela mobilidade da câmara, pelos demorados planos-sequências, pela montagem descontínua, pela improvisação e pela tentativa de carregar cada imagem com valores e informações contraditórios.

Após o movimento estudantil de Maio de 1968, Godard criou o grupo de cinema Dziga Vertov — assim chamado em homenagem a um cineasta russo de vanguarda — e voltou-se para o cinema político. "Pravda" (1969) trata da invasão soviética da Checoslováquia; "Le vent d'Est" ("Vento do Oriente") -1969, com roteiro do líder estudantil Daniel Cohn-Bendit, desmistifica o western e "Jusqu'à la victoire" ("Até a vitória") - 1970, enfatiza a guerrilha palestiniana. 

Mais uma vez, Godard procurou inovar a estética cinematográfica com "Passion" (1982), reflexão sobre a pintura. Os filmes seguintes, como "Prénom: Carmen" (1983) e "Je vous salue Marie" (1984), provocaram acesa polémica e o último deles, irreverente em relação aos valores cristãos, esteve mesmo proibido em vários países.

Prémios ganhos:

Ganhou o Urso de Ouro, no Festival de Berlim, por "Alphaville" (1965).
Ganhou um Urso de Prata especial, no Festival de Berlim, por "Charlotte et son Jules" (1960).
Ganhou o Urso de Prata de Melhor Realizador, no Festival de Berlim, por "À bout de souffle" (1959).
Ganhou o Leão de Ouro, no Festival de Veneza, por "Prenome Carmen" (1983).
Ganhou duas vezes o Prémio do Júri, no Festival de Veneza, por "Vivre sa vie" (1962) e "La chinoise, ou plutot a la chinoise" (1967).
Ganhou, em 1982, um Leão de Ouro Honorário, em homenagem à sua carreira.
Ganhou o Leopardo de Honra, no Festival de Locarno, em 1995.
Recebeu duas nomeações ao César, na categoria de Melhor Filme, por "Sauve qui peut " (1979) e "Passion" (1982).
Recebeu duas nomeações ao César, na categoria de Melhor Realizador, por "Sauve qui peut " (1979) e "Passion" (1982).
Ganhou dois Césares Honorários, entregues em 1987 e 1998.
Ganhou o Óscar Honorário, entregue em 2010.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


O Acossado (1960)

Viver a Sua Vida (1962)

O Desprezo (1963)

Alphaville (1965)

Pedro o Louco (1965)



segunda-feira, 7 de julho de 2014

Jeanne Moreau (1928 - ... )





Jeanne Moreau - nascida em Paris, a 23 de Janeiro de 1928 - é uma actriz e cantora francesa.

Filha de um barman francês e de uma bailarina britânica, teve formação de actriz clássica no conservatório, com passagem pela Comédie Française e pelo Teatro Nacional Popular (TNP).

Foi dirigida por grandes realizadores como Michelangelo Antonioni, François Truffaut, François Ozon, Louis Malle e Orson Welles, entre outros.

Em 1960, recebeu o prémio de Melhor Actriz no Festival de Cannes por seu trabalho em "Moderato cantabile".

Foi a primeira atriz não norte-americana a aparecer na primeira página da TIME.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


Fim-de-Semana no Ascensor (1958)

Moderato cantabile (1960)

Jules e Jim (1962)

O Processo (1962)

A Noiva Estava de Luto (1968)




domingo, 6 de julho de 2014

Marcello Mastroianni (1924–1996)





Marcello Vincenzo Domenico Mastrojanni - nascido em Fontana Liri (Lazio), a 28 de Setembro de 1924, e falecido em Paris, a 19 de Dezembro de 1996 - foi um actor de cinema italiano. É considerado o maior actor da Itália e um dos melhores actores de todos os tempos.

Marcello nasceu na pequena Fontana Liri, em Ciociaria, filho de Ottone e Ida Irolle. Era sobrinho do célebre escultor Umberto Mastroianni, irmão de Ottone. A sua família era originaria de Arpino. Mastroianni passou a infância na  sua cidade natal, tendo, depois, seguido com a família para Turim e Roma.

Em 1945, começou a trabalhar para uma empresa de cinema, como figurante, em "Marionette" de Carmine Gallone, em "La corona di ferro" de Alessandro Blasetti, em "Una storia d'amore" de Mario Camerini, e em "I bambini ci guardano" de Vittorio De Sica.

Em 1943, obteve o diploma de empreiteiro no Instituto Técnico-industrial Carlo Grella (actualmente Galileo Galilei).

Em 1945, começou a ter as primeiras aulas de teatro e, novamente, bateu à porta do cinema. Nesta época, partilhou as suas aspirações como actor com uma jovem então desconhecida, Silvana Mangano, com quem viveu um breve romance.

A sua verdadeira estreia no cinema ocorreu em 1948, com "I miserabili", filme de Riccardo Freda, uma adaptação cinematográfica do livro homónimo "Os Miseráveis", de Victor Hugo. Nesta mesma época, começou a fazer pequenas participações no teatro, primeiro em companhias amadoras. Foi notado por Luchino Visconti, que lhe ofereceu o seu primeiro personagem como actor profissional, em "As You Like It", de William Shakespeare - em 1948, no Teatro Eliseo - Roma - e, depois, em "Um Eléctrico Chamado Desejo", de Tennessee Williams (1949, Teatro Eliseo - Roma), onde interpretou Mitch. Nesta ocasião, conheceu Flora Carabella, sua primeira esposa, que interpretava um papel menor. Casaram em 1950 e tiveram uma filha, Barbara.

Depois de ter interpretado, sob a direcção de Luciano Emmer, diversos papéis em comédias neo-realistas ("Domenica d'agosto", "Parigi è sempre Parigi", "Le ragazze di Piazza di Spagna"), chegaram os primeiros papéis dramáticos em "Febbre di vivere" de Claudio Gora, "Cronache di poveri amanti" de Carlo Lizzani, "Le notti bianche" de Luchino Visconti e "Peccato che sia una canaglia", filme de 1954, com direcção do cineasta Alessandro Blasetti.

A afirmação definitiva chegou em 1958, com "I soliti ignoti", "Adua e le compagne" (1960) e "Il bell'Antonio" (1961).

Com "Divórcio à Italiana" (1961) ganhou o Nastro d'Argento, o prêmio BAFTA e uma nomeação ao Óscar como melhor actor.

As duas obras-primas de Federico Fellini, "A Doce Vida" (1960) e "8½" (1963), proporcionaram-lhe o sucesso internacional e a fama de latin lover, da qual iria defender-se, mais ou menos inutilmente, quando se tornou mais velho. Esta foi a razão pela qual, logo após o sucesso de "A Doce Vida", e para se afastar do mito de sex symbol, ter aceitado interpretar o papel de um impotente no filme "Il bell'Antonio", adaptação cinematográfica do livro homónimo de Vitaliano Brancati.

Em 1962, a revista norte-americana TIME dedicou-lhe um artigo, designando-o como "o actor estrangeiro mais admirado nos Estados Unidos".

O seu fascínio como actor não vinha apenas da sua beleza e da interpretação sempre de altíssimo nível, mas também de um certo "descaso", às vezes escondido, em que parecia revelar uma melancolia e, por vezes, mesmo uma certa timidez.

Em 1963, interpretou em "Os Companheiros", de Mario Monicelli, uma peculiar personagem: um intelectual comunista que fomenta a revolta numa fábrica.

Sob a direcção de Vittorio De Sica, com Sophia Loren como protagonista feminina, actuou em "Ontem, Hoje e Amanhã" (1963), "Matrimonio all'italiana" (1964) e "I girasoli" (1969). O casal que formou com Sophia Loren foi uma das parcerias artísticas mais bem sucedidas do cinema italiano, que se desdobrou com episódios memoráveis ao longo da carreira de ambos.

Em 1966, estreou-se na comédia musical, interpretando, durante cerca de três meses, o papel de Rodolfo Valentino em "Ciao Rudy de Garinei e Giovannini", cantando e dançando todas as noites e tentando alcançar uma reputação diferente da que tinha sido criada a seu respeito. um eterno preguiçoso. A crítica não foi terna com ele, e, mesmo com os ingressos constantemente esgotados, Mastroianni saiu de cena e pagou uma multa de 100 milhões de liras para filmar "Il viaggio di G. Mastorna, detto Fernet" de Federico Fellini, projecto que o realizador nunca conseguiu levar a bom porto porque não conseguiu angariar o dinheiro suficiente para o produzir.

Em 1968, filmou "Um Lugar para os Amantes" sob a direcção de Vittorio De Sica. A protagonista feminina era Faye Dunaway, com quem teve um breve, mas muito comentado, romance. Neste mesma época fez alguns filmes em língua inglesa, mas, ao contrário de Sophia Loren, que falava um inglês perfeito, Marcello tinha dificuldades com a língua.

Em 1971, trabalhou com Marco Ferreri em "Liza", onde conheceu Catherine Deneuve, com a qual teve um longo relacionamento, e do qual nasceu a também actriz Chiara. No ano seguinte, transferiu-se para Paris e teve oportunidade, entre 1972 e 1974, de trabalhar em muitos filmes franceses.

Retornando à Itália, voltou a interpretar papéis em comédias leves ("Culastrisce, nobile veneziano", "La pupa del gangster"), filmes de autor ("Juízo Final", "Una giornata particolare"), dramas fortes ("Esposamante", "Per le antiche scale") e filmes grotescos ("Ciao maschio", "Fatto di sangue fra due uomini per causa di una vedova, si sospettano moventi politici").

Em 1978, estreou-se num filme de drama para a televisão: "Le mani sporche", de Elio Petri, baseado em Jean Paul Sartre. Antes disso, Mastroianni nunca havia trabalhado na televisão, com excepção de algumas aparições como anfitrião em "Studio Uno", ao lado de Mina Mazzini e de Sandra Milo.

Em 1980, foi chamado por Federico Fellini, que, dezoito anos após 8½, o escolheu novamente como protagonista em "A Cidade das Mulheres". Voltaram a trabalhar, de novo juntos, em 1985, em "Ginger e Fred", ao lado de Giulietta Masina e, em 1987, em "Intervista".

Em 1988, foi protagonista, juntamente com Massimo Troisi, em "Splendor" e "Che ora è?", ambos dirigidos por Ettore Scola. Por este último filme, os dois protagonistas recebem a Coppa Volpi na Mostra de Veneza.

Nos anos 1990, Marcello Mastroianni filmou sobretudo no exterior, com grandes realizadores do cinema internacional.

Em 1996, descobriu que tinha um cancro no pâncreas, mas, mesmo assim, continuou a trabalhar no que seria o seu último filme, "Viagem ao Princípio do Mundo", de Manoel de Oliveira. Nos intervalos deste filme gravou uma longa conversa sobre a sua vida ("Mi ricordo, sì… mi ricordo"), sob direcção de Annamaria Tatò, a sua última companheira, que é considerada por muitos como o seu "testamento espiritual".

Marcello morreu aos 72 anos, no seu apartamento em Paris, tendo Catherine Deneuve ao seu lado, juntamente com a filha de ambos, Chiara. 

Marcello entrou em mais de 140 filmes em 49 anos de carreira.

Foi enterrado no cemitério Campo di Verano, em Roma.

Mastroianni e Jack Lemmon são os únicos actores, até hoje, a ganhar duas vezes o prémio de melhor actor no Festival de Cannes. Mastroianni ganhou, em 1970, por "Dramma della gelosia (tutti i particolari in cronaca" e, em 1987, por "Olhos Negros".





Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


A Doce Vida (1960)

Divórcio à Italiana (1961)

A Noite (1961)

Fellini Oito e Meio (1963)

Olhos Negros (1987)



quinta-feira, 3 de julho de 2014

Clint Eastwood (1930 - ... )





Clinton "Clint" Eastwood, Jr. - nascido em São Francisco (Califórnia), a 31 de Maio de 1930 - é um actor, cineasta e produtor norte-americano, famoso pelos seus papéis típicos em filmes de acção como um "durão" e anti-herói, principalmente como o "Homem sem nome" da "Trilogia dos Dólares", nos filmes western spaghetti de Sergio Leone dos anos 60, e interpretando o Inspector 'Dirty' Harry Callahan na série de filmes Dirty Harry, das décadas de 1970 e 1980.

Como realizador, os seus filmes têm tido criticas muito positivas. Ganhou quatro óscares — dois como Melhor Realizador e dois de Melhor Filme — e foi homenageado, em 1995, recebendo o Prémio Memorial Irving G. Thalberg, em reconhecimento à sua longa carreira no cinema. Por duas vezes foi eleito o actor favorito dos norte-americanos, e é o único actor da história do cinema a "estrelar" em filmes considerados de "grande sucesso" há já cinco décadas consecutivas.

Eastwood também já mostrou interesse pela vida política. Membro do partido republicano desde 1951, Clint foi eleito presidente da câmara (mayor) de Carmel-by-the-Sea, Califórnia, onde permaneceu no cargo de 1986 até 1988. Em 2012, durante uma entrevista para o programa Ellen, declarou-se adepto do "libertarismo".

Eastwood nasceu em São Francisco (Califórnia), filho de Margaret Ruth (1909-2006) (nome de casada: Runner) e Clinton Eastwood (1906-1970), um operário metalúrgico. Tem ascendência escocesa, inglesa, alemã e irlandesa. A sua família era de classe média e protestante. Trabalhou em várias profissões, assim como o seu pai, por toda a costa oeste norte-americana. Durante a sua adolescência, morou em Piedmont, uma pequena cidade californiana, e, em 1949, realizou o seu sonho de se formar na Universidade de Oakland. Após o término da faculdade, trabalhou como funcionário de um posto de gasolina, foi bombeiro e tocou piano num bar de Oakland. Foi convocado para o exército em 1950, mas o seu avião caiu em São Francisco. Clint escapou gravemente ferido e ficou, por meio ano, prestando depoimentos para a investigação sobre a causa da queda. Este acidente fez com que não fosse para a Guerra da Coreia.

Eastwood começou a sua carreira como actor, fazendo curtas aparições em filmes pequenos, como "A Vingança do Monstro" ("Revenge of the Creature"), "Tarântula, a Aranha Gigante" ("Tarantula") e "Francis na Marinha" ("Francis in the Navy"). Em 1958, conseguiu o seu primeiro papel oficial no filme, "Ambush at Cimarron Pass", o qual considerou um filme muito fraco. Em 1959, trabalhou com James Garner num episódio da série Maverick. Após isso, Eastwood dedicou-se, somente, a trabalhar na TV com a série western "Rawhide", na qual interpretava o personagem Rowdy Yates (que Eastwood na época descreveu como "O idiota das Planícies").

Anos 60
Eastwood apenas começou a ter destaque após interpretar o misterioso "Homem sem nome" na popular "trilogia dos dólares", de Sergio Leone: "Por um punhado de dólares" (1964), "Por mais alguns dólares (1965), e "O Bom, o Mau e o Vilão" (1966). Estes filmes foram um verdadeiro sucesso em terras italianas e norte-americanas, em especial o último, o que tornou Eastwood famoso mundialmente.
Leone disse mesmo: "Eu gosto do Clint Eastwood porque ele tem somente duas expressões faciais: uma com o chapéu e outra sem eçe".

Em "O Desafio das Águias" ("Where Eagles Dare"), de 1968, dividiu o papel principal com Richard Burton. O seu salário chegou a US$ 800 000. No mesmo ano, "estrelou" no filme dirigido por Don Siegel intitulado "A Pele de um Malandro" ("Coogan's Bluff"). Neste filme, Clint desempenhava um xerife de uma pequena cidade que tentava colocar a lei na grande Nova Iorque. O filme foi controverso pelo seu alegado apelo à violência, mas iniciou uma parceria que duraria por mais de dez anos entre Clint e Siegel. Em 1969, Clint trabalhou num musical, "Os Maridos de Elisabeth" ("Paint Your Wagon"). O filme deu um grande prejuízo para o estúdio na época, e só lucrou, bem mais tarde, após ser vendido em VHS e DVD.

Anos 70
No começo dos anos 70, o filme de guerra "Heróis por Conta própria" ("Kelly's Heroes") e o western dirigido por Don Siegel, "Os Abutre têm fome" ("Two Mules for Sister Sara") combinaram comédia com acção. Em "Ritual de Guerra" ("The Beguiled"), novamente com direcção de Siegel, Clint interpreta um soldado da união durante a Guerra Civil, gravemente ferido, que é salvo à beira da morte por uma adolescente. A garota leva-o para a escola onde mora, um internato feminino, fazendo com que as professoras e as colegas entrem em pânico pelo perigo de manter um inimigo em casa. À medida que o rapaz recupera, a vaidade das raparigas intensifica-se, provocando intrigas e transformando o ambiente.

Mas o principal passo para Eastwood se tornar uma estrela de Hollywood veio em 1971 quando criou a sua própria companhia de filmes, e decidiu realizar o seu primeiro filme. "Destinos nas trevas" ("Play Misty for Me"), uma película de suspense sobre um "radialista" que vivia perseguido por uma fã. 

Um dos maiores sucessos da carreira de Clint viria com o inspector policial Harry Callahan em "A Fúria darazão" ("Dirty Harry"), que é considerado o melhor filme de Siegel. O amargo e mal-humorado Callahan fez com que o filme fosse um sucesso absoluto de bilheteira nos Estados Unidos. Dirty Harry originou várias sequelas, sempre com altos lucros: "Harry, o detective em acção" ("Magnum Force") (1973), "Harry - o Implacável" ("The Enforcer") (1976), "Impacto súbito" ("Sudden Impact") (1983) e "Na Lista do Assassino" ("The Dead Pool") (1988).

Eastwood fez dois importantes westerns durante a década de 70: "O Pistoleiro do Diabo" ("High Plains Drifter") (1973) e "O Rebelde do Kansas" ("The Outlaw Josey Wales") (1976). O primeiro apresentava uma personagem estranha e sem nome, o qual muitos acreditam que seria uma reencarnação do "homem sem nome" da "Trilogia dos dólares". Além disso, tinha os mesmo hábitos e costumes.

"Ontem ao fim do dia" ("Breezy"), de 1973, foi o primeiro filme em que Eastwood apenas foi realizador, não interpretando nenhuma personagem. A estrela principal foi William Holden. Em 1974, Eastwood fez dupla com o jovem Jeff Bridges em "A Última Golpada" ("Thunderbolt and Lightfoot"). O filme foi produzido e dirigido por Michael Cimino, o mesmo argumentista do filme "Magnum Force".

Em 1975, Clint dirigiu e interpretou o personagem principal em "A Escalada" ("The Eiger Sanction"). O filme utilizou as últimas tecnologias da época, mas não fez tanto sucesso como o planeado.
Em 1977, Eastwood "estrelou" no filme "Barreira de Fogo" ("The Gauntlet"), ao interpretar um policial que escoltava uma prostituta de Las Vegas até Los Angeles para testemunhar contra um assassino.
Em 1978, Clint brilhou em "O Indomável Rebelde" ("Every Which Way But Loose"), uma comédia baseada numa história de um camionista e lutador. O filme teve enorme sucesso e foi aclamado por críticos de todo mundo. Com a popularidade em alta, ganhou uma sequela, "O Regresso do rebelde" ("Any Which Way You Can"). Entre estes dois filmes, foi produzido o western "Bronco Billy, o avntureiro" ("Bronco Billy"), que contou no elenco, além de Clint, com Merle Haggard.

Em 1979, Eastwood fez o papel de Frank Morris no filme "Os Fugitivos de Alcatraz" ("Escape from Alcatraz"), baseado na vida do fugitivo que estudou e planeou a fuga perfeita de Alcatraz em 1962. Morris nunca mais foi visto, e os agentes do FBI acreditam que ele se afogou durante a saída da prisão, embora nunca ninguém tenha encontrado qualquer prova que comprove essa teoria.


Anos 80
Em 1982, Eastwood estrelou, produziu e dirigiu o filme "Firefox" que tratava do tema "guerra fria". No final desse mesmo ano, foi produtor executivo do filme "Thelonious Monk: Straight, No Chaser", que retratava a vida de Thelonious Monk. 

No filme "Um Agente na Corda Bamba" ("Tightrope"), de 1984, fez o papel de Wes Block. O filme passava-se na cidade de Nova Orleães. No mesmo ano, Clint fez o papel de tenente Speer na comédia "Cidade Ardente" ("City Heat"). Um ano depois, Eastwood reviveu o género western dirigindo e estrelando o filme "Justiceiro Solitário" ("Pale Rider"), interpretando um pregador. 

Em 1986, realizou e interpretou "O Sargento de Ferro" ("Heartbreak Ridge"), em que relata a invasão de Granada. O último filme da série Dirty Harry foi feito em 1988, com o título "The Dead Pool". No entanto, este filme não se comparou com o sucesso dos filmes anteriores em termos de bilheteira. Nesta década, Eastwood alternou entre filmes de comédia como "O Cadillac Cor-de-Rosa" ("Pink Cadillac" e "Rookie - Um Profissional de Perigo" ("The Rookie"), para alem de longas metragens com "assuntos pessoais" como em "Bird - o fim do sonho" ("Bird"), de 1988, que lhe valeu uma nomeação à Palma de Ouro, no Festival de Cannes. No final dos anos 80, Clint "estrelou" e dirigiu o filme "Caçador Branco, Coração Negro" ("White Hunter Black Heart"), no qual interpretava um papel inspirado em John Huston. O filme recebeu muito boa aceitação dos críticos.


Anos 90
No início dos anos 90, Eastwood dirigiu e "estrelou" o seu último western, "Imperdoável" ("Unforgiven"), onde teve o papel de um pistoleiro aposentado. NO filme "co-estrelam" os actores Gene Hackman, Morgan Freeman e Richard Harris. Após um enorme sucesso de bilheteira, foi nomeado a nove óscares, tendo ganho quatro, incluindo os de melhor filme e melhor realizador.

Em 1993, Clint interpretou o papel de um ex-agente do FBI no longa-metragem "Na Linha de Fogo" ("In the Line of Fire") dirigido por Wolfgang Petersen. O filme foi um dos dez mais vistos desse ano. Eastwood dirigiu e estrelou com Kevin Costner no filme "Um Mundo Perfeito" ("A Perfect World"). 

Clint continuou a expandir os seus conhecimentos em Hollywood após a longa-metragem "As Pontes de Madison County" ("The Bridges of Madison County") (1995), onde actuava com Meryl Streep. Baseado num best-seller, foi também um enorme sucesso de bilheteira Ainda em 1995, foi produtor da longa-metragem "Mr. Cox, O Senhor Optimista" ("The Stars Fell on Henrietta"). O trabalho seguinte seria dirigir o filme "Meia-noite no Jardim do Bem e do Mal" ("Midnight in the Garden of Good and Evil", no ano de 1997. Nesse mesmo ano, dirigiu e estrelou "Poder Absoluto" ("Absolute Power"), um filme de suspense co-estrelado por Gene Hackman, Ed Harris e Dennis Haysbert.

Em 1999, Eastwood trabalhou no filme "Um Crime Real" ("True Crime"). Co-estrelava Isaiah Washington. Apesar de ser um filme de orçamento baixo, obteve grandes receitas de bilheteira


Anos 2000
No início do ano 2000, lançou o filme "Space Cowboys", onde também estrelavam Tommy Lee Jones e Donald Sutherland. Clint fazia o papel de Frank Corvin, um ex-engenheiro da NASA que é chamado para uma última missão: salvar um satélite russo, antes que ele caia na Terra. 

Em 2002, Eastwood interpretou um ex-agente do FBI que perseguia um psicopata no filme "Blood Work - Dívida de Sangue" (" Blood Work"). Em 2003, dirigiu o filme "Mystic River", pelo qual foi nomeado para melhor realizador. Em 2004, Clint estrelou, produziu e dirigiu "Million Dollar Baby - Sonhos Vencidos" ("Million Dollar Baby"). Com este filme, aos 74 anos, foi a pessoa mais idosa a receber o prémio de melhor realizador. No mesmo filme, Eastwood foi também nomeado para melhor actor, mas o prémio foi para Jamie Foxx. 

No ano 2006, dirigiu dois filmes sobre a batalha de Iwo Jima, na Segunda Guerra Mundial. O primeiro foi "Flags of Our Fathers - As Bandeiras dos Nossos Pais", focado no homem que ergueu a bandeira dos Estados Unidos no topo do monte Suribachi. O segundo, "Cartas de Iwo Jima", tratava das tropas japonesas, e das cartas que escreviam às suas famílias. Os dois filmes foram bem recebidos pelos críticos, e foram nomeados ao Óscar, incluindo melhor realizador e melhor filme por "Cartas de Iwo Jima".

Em 2008, Eastwood dirigiu o filme "A Troca" ("Changeling"), que trazia Angelina Jolie no papel principal. No ano seguinte, Eastwood estrelou o filme "Gran Torino". Além de ser o protagonista, Clint também dirigiu e produziu a fita. Foi lançado em Janeiro de 2009, obtendo mais de 30 milhões de dólares na primeira semana de exibição nos Estados Unidos, fazendo de Clint o actor mais velho a conseguir um primeiro lugar nas bilheteiras. O filme ainda arrecadou mais de 245 milhões de dólares até Abril de 2009, tornado-se no filme com maior sucesso comercial da carreira de Eastwood.
Enquanto está dirigindo, Clint evita conversar, e somente usa as palavras "OK", "Ação" e "Corta".


Prêmios e nomeações
Eastwood tem um total de oito nomeações aos óscares. Venceu como melhor realizador e melhor filme em "Unforgiven" e "Million Dollar Baby". As suas outras nomeações foram para "Mystic River" e "Letters from Iwo Jima". Também foi nomeado para melhor actor em "Unforgiven" e "Million Dollar Baby". É a única pessoa a ser nomeada duas vezes para melhor realizador e actor no mesmo filme ("Unforgiven" e "Million Dollar Baby").

É um dos cinco realizadores ainda vivos (juntamente com Ang Lee, Miloš Forman, Oliver Stone e Steven Spielberg) a ter ganho dois óscares para melhor realizador.

Clint dirigiu dois actores, Tim Robbins e Morgan Freeman, que receberam o Óscar de melhor actor secundário em dois anos seguidos: Robbins que ganhou em 2003 por "Mystic River" e Freeman, em 2004, pelo seu papel em "Million Dollar Baby".

Eastwood recebeu inúmeros outros prémios, incluindo prémio America Now TV Award e também Kennedy Center Honors. Em 1994, recebeu o prémio Irving G. Thalberg Memorial pela sua carreira na indústria de cinema.

Em 2006, recebeu uma nomeação ao Grammys, na categoria de melhor trilha sonora, pelo filme "Million Dollar Baby". Recebeu o prémio Valenti da MPAA pelos filmes "Flags of Our Fathers" e "Letters from Iwo Jima" por melhor edição de sons.

A 6 de Dezembro de 2006, o governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, indicou Clint ao Hall da fama da Califórnia. No início de 2007, Eastwood foi condecorado como cidadão de honra em França. Na época, o presidente francês, Jacques Chirac, disse que Eastwood era "O melhor de Hollywood".

A 22 de Setembro de 2007, Clint Eastwood foi premiado como músico de honra no Berklee College of Music, em Monterey. Após receber o prémio, discursou, e disse: "É uma das maiores honras que já tive".

Em Janeiro de 2009, Eastwood recebeu o prémio de melhor actor por seu papel em "Gran Torino" pela National Board of Review. No dia 29 de Abril de 2009, o governo do Japão anunciou que Eastwood iria receber a Ordem do Sol Nascente.
Em Novembro de 2009, Clint recebeu a Ordem Nacional da Legião de Honra.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado) - como realizador




Imperdoável (1992)*

As Pontes de Madison County (1995)*

Mystic River (2003)

Million Dollar Baby - Sonhos Vencidos (2004)*

Gran Torino (2008)*



* Também actor (em acumulação)

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Gina Lollobrigida (1927 - ... )





Gina Lollobrigida - nascida em Subiaco (Lazio), a 4 de Julho de 1927 - é uma actriz de cinema e fotógrafa italiana.

Gina era filha de um fabricante de móveis. Transferiu-se para Roma, a fim de estudar no Instituto de Belas Artes. Aí chegada, para se manter, posa como modelo fotográfica e participa do concurso de Miss Itália, classificando-se em terceiro lugar.

Inicia, nesta época, a sua carreira cinematográfica, fazendo pequenas figurações em filmes populares do pós-guerra, chamados em italiano de "film operetta"
.
Em 1949 casa-se com o médico eslavo Milko Skofic, que se tornou seu empresário e com quem teve, em 1957, o filho Milko Jr.

No início da década de 1950, interpretou os seus primeiros papéis de sucesso, como "Campane a martello", de Luigi Zampa, em 1949, e "Achtung Banditi" (1951), de Carlo Lizzani, actuando ao lado do jovem Marcello Mastroianni e, sobretudo, "Fanfan la Tulipe", de 1952 - consagrando-a também em França, além da Itália. Neste mesmo ano, alcança grande grande popularidade com "Altri tempi".

Tem uma extensa filmografia, 67 filmes creditados, quer na Itália, quer em França quer mesmo nos Estados Unidos.

Padrão de beleza dos anos 50, La Lollo - como era conhecida - interpretava papéis sensuais, que lhe renderam a alcunha de "A mulher mais bela do mundo", que incorporou após interpretar a cantora lírica Lina Cavalieri no filme "La donna più bella del mondo", em 1955. Actuou ao lado de grandes actores, como Humphrey Bogart, Jennifer Jones, Vittorio Gassman, Anthony Quinn, Rock Hudson, e realizadores como John Huston.

Recebeu um Golden Globe em 1961.
Divorciou-se em 1971 e, em 2006, anunciou o seu casamento com o espanhol, Javier Rigau y Rafols, com quem vive desde 1984. A diferença de idade entre eles é de 34 anos (Gina, 79 anos e Javier, 45).





Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



As Aventuras de Fanfan la Tulipe (1952)

O Tesouro de África (1953)

A Grande Ilusão (1954)

Nossa Senhora de Paris (1956)

Boa noite, Sra. Campbell (1968)




terça-feira, 1 de julho de 2014

Charlton Heston (1923–2008)






Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, foi um actor norte-americano notabilizado no cinema por papéis heróicos em superproduções da época de ouro de Hollywood, como Moisés de "Os Dez Mandamentos", Judah Ben-Hur de "Ben-Hur", o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme homónimo e Robert Neville em "A Última Esperança da Terra".

Heston nasceu em Evanston (Illinois) a 4 de Outubro de 1923,e morreu em Beverly Hills (Califórnia), a 5 de Abril de 2008.

Quando tinha dez anos, Heston viu os seus pais divorciarem-se. Com o segundo casamento da sua mãe, com Chester Heston, a família mudou-se para um subúrbio de Chicago, tendo o actor adoptado o nome do padrasto. Na escola secundária, Charlton frequentou a cadeira de artes dramáticas e teve um resultado tão bom que recebeu uma bolsa em drama para "cursar" a universidade.

Em 1944, deixou os estudos e alistou-se na força aérea do exército, onde serviu como operador de rádio de bombardeiros B-25, nas Ilhas Aleutas, durante a Segunda Guerra Mundial. Atingiu a patente de sargento, e casou-se com uma colega de faculdade.

Após a guerra, o casal voltou para Nova Iorque onde Heston iniciou uma carreira de actor de teatro e começou a aparecer em papéis históricos como Macbeth e Marco Antônio & Cleópatra. Já usando o prenome de Charlton, interpretou o seu primeiro papel no cinema em "A Cidade Tenebrosa" ("Dark City"), em 1950, recebendo reconhecimento pela sua actuação e chamando a atenção para o seu porte.

Morreu a 5 de Abril de 2008, na sua residência de Beverly Hills, em Los Angeles, aos 84 anos. Sofria, desde 2002, de uma doença degenerativa com sintomas similares aos da Doença de Alzheimer. Encontra-se sepultado nocemitério Saint Matthew's Episcopal Church Columbarium, Pacific Palisades, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos.

Em 1952, o filme "O Maior Espectáculo do Mundo", superprodução de Cecil B. DeMille ambientada no mundo do circo, transformou Heston numa estrela de primeira grandeza do cinema. A partir dai, o seu porte erecto, a sua altura e perfil musculoso, garantiram-lhe os papéis mais simbólicos nas superproduções dos anos 50 do cinema norte-americano.

O filme "Os Dez Mandamentos", de 1956, marcou a sua imagem como Moisés e, a partir dele, todos os grandes papéis heróicos e históricos encontraram em Heston o "actor ideal" para os representar. Nos anos 50 e 60, actuou em grandes sucessos como "55 Dias em Pequim", "El Cid", "Agonia e Êxtase" e "Ben Hur", entre outros, recebendo o Óscar de melhor actor pelo último, um dos onze recebidos pelo filme, que se manteve como o mais premiado pela Academia, em todos os tempos, até ser igualado, em 1997, por "Titanic" e, em 2003, por "O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei".

Em 1958, num trabalho diferente dos papéis históricos pelo qual ficaria marcado, fez parte do elenco de um dos mais elogiados filmes de Orson Welles, "A Sede do Mal", mostrando a sua capacidade de desempenhar grandes papeis em trabalhos mais artísticos, em filmes considerados "menores".

A passagem dos anos 60 para os 70 veria os seus últimos sucessos de público, e alguns de crítica. Heston, então um quase um cinquentão e com a sua imagem muito colada aos anos 50, numa época em que a contra-cultura e uma nova linguagem tomavam conta do cinema, trazendo com ela actores mais jovens para os principais filmes como Warren Beatty, Dustin Hoffman e Robert Redford. Filmes de ficção científica e de "grandes desastres", então em moda no cinema, ainda mantiveram Heston junto do topo nesta época: "O Homem Que Veio do Futuro" (1968), "O Último Homem na Terra" (1971) e "Terremoto" (1974).

A partir daí, os grandes papéis começaram a escassear e Heston passou a trabalhar em papéis secundários e pequenas aparições. A sua imensa popularidade nos Estados Unidos, porém, não diminuiu, e Heston fez diversos papéis nos anos seguintes em filmes para tv, para além de actuar em diversos filmes como narrador, sendo uma das vozes mais requisitadas do cinema. 

Em 2001, fez a sua mais notada participação em muitos anos, no remake de "O Planeta dos Macacos", de Tim Burton, como um velho macaco, pai do vilão do novo filme.

No passado, Charlton Heston era um liberal democrata e fazia campanhas para candidatos à presidência como Adlai Stevenson e John Kennedy. Activista pelos direitos civis aos negros, acompanhou Martin Luther King durante a Marcha pelos direitos civis a Washington, em 1963, chegando a usar uma faixa onde se lia “Todos os homens nascem iguais”.

Em 1968, após o assassinato do senador Robert Kennedy, apareceu num programa da tv americana, juntamente com Gregory Peck e Kirk Douglas, pedindo apoio para o presidente Lyndon Johnson e para a sua tentativa de aprovar no Congresso o "Acto a favor do controle de armas nos Estados Unidos". Anos mais tarde, "mudou de ideias", chegando mesmo a dizer que nessa ocasião "era jovem e tinha sido bobo e tolo".

Heston também ficou conhecido com um oponente do "macartismo" e da segregação racial nos Estados Unidos, que, segundo ele, apenas ajudavam a causa do comunismo mundial, além de ter sido um grande crítico de Richard Nixon, que considerava um desastre.

Entretanto, a partir dos anos 80, Heston passou a ostentar posições mais conservadoras, trocando o seu registo eleitoral, do Partido Democrata para o Partido Republicano, apoiando o que antes renegara, o "direito às armas de fogo", fazendo mesmo campanha para Ronald Reagan e os dois presidentes Bush.

Em 1998, tornou-se presidente da National Rifle Association (NRA), a poderosa entidade civil que luta para que seja mantido o direito do cidadão de comprar e ser portador de armas de fogo nos Estados Unidos e da qual era membro honorário vitalício. Como seu porta-voz, entre 1998 e 2003, ficou conhecido no país por fazer discursos radicais contra a extinção da segunda emenda da constituição que dá este direito aos cidadãos há mais de duzentos anos, além de se posicionar publicamente contra o aborto, legal nos Estados Unidos.





Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


O Maior Espectáculo do Mundo (1952)

Os Dez Mandamentos (1956)

A Sede do Mal (1958) 

Ben-Hur (1959) 

O Homem Que Veio do Futuro (1968)