segunda-feira, 31 de março de 2014

Luchino Visconti (1906–1976)





Luchino Visconti di Modrone, conde de Lonate Pozzolo - nascido em Milão, a 2 de Novembro de 1906, e falecido em Roma, a 17 de Março de 1976 - descendente da nobre família milanesa dos Visconti, foi um dos mais importantes realizadores de cinema italiano.

Filho de Giuseppe Visconti, o duque de Grazzano, e de Carla Erba (proprietária e herdeira de uma célebre empresa farmacêutica), Luchino tinha mais seis irmãos. Prestou o serviço militar como sub-oficial de cavalaria em 1926, em Piemonte, e viveu os anos de sua juventude cuidando dos cavalos da sua propriedade. Para além disso, frequentou activamente o mundo da lírica e do melodrama, que tanto o influenciou.

Foi para a França, onde se tornou amigo de Coco Chanel, através da qual, em 1936, foi apresentado ao cineasta Jean Renoir com quem trabalhou no filme "Une partie de campagne". Em 1937, passou por Hollywood antes de voltar para Roma, onde trabalhou com Renoir na direcção de La Tosca.

A partir de 1940, ligou-se aos intelectuais que faziam o jornal Cinema e vendeu jóias da família para realizar o seu primeiro filme, "Ossessione", em 1943, com Clara Calamai e Massimo Girotti. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, realizou o seu segundo filme, o documentário "Giorni di gloria". Contratado pelo Partido Comunista Italiano para realizar três filmes sobre pescadores, mineiros e camponeses da Sicília, acabou por fazer apenas um, "La terra trema".

Em 195,1 filmou "Bellissima", com a grande actriz italiana Anna Magnani, Walter Chiari e Alessandro Blasetti. O seu primeiro filme colorido foi em 1954, "Senso" com Alida Valli e Farley Granger. O primeiro grande prémio da crítica chegou em 1957, quando recebeu o Leão de Ouro do Festival de Cinema de Veneza pela fita "Le notti bianche", uma transposição delicada e poética de uma história de Dostoievski, com Marcello Mastroianni, Maria Schell e Jean Marais.

O primeiro êxito de bilheteira viria em 1960 com "Rocco e Seus Irmãos", a saga de uma humilde família de calabreses que emigrava para Milão. Foi o filme que consagrou o actor francês Alain Delon ao lado de Annie Girardot e Renato Salvatori. No ano seguinte, juntou-se a Vittorio De Sica, Federico Fellini e Mario Monicelli no filme de episódios "Boccaccio '70". O episódio de Visconti é protagonizado por Tomas Milian, Romy Schneider, Romolo Valli e Paolo Stoppa.

Em 1963, dirigiu o seu maior sucesso comercial e um dos filmes mais elogiados pela crítica, o grandioso "O Leopardo", com três horas de duração, extraído do romance homónimo de Giuseppe Tomasi di Lampedusa, vencedor da Palma de Ouro do Festival de Cannes, que conta a história da transição da nobreza para o populismo na Sicília, nos tempos da unificação italiana. O filme tem um elenco estelar onde destacam Burt Lancaster, Claudia Cardinale e Alain Delon.

"Vagas Estrelas da Ursa", um mergulho inquieto e melancólico na capacidade dos seres sensíveis para se destruírem amorosamente, com Claudia Cardinale e Jean Sorel, realizado em 1965, foi a obra seguinte. Em 1970, conheceu o fracasso com "O Estrangeiro", extraído do livro homónimo de Albert Camus e realiza também "La caduta degli dei" que lançou o actor Helmut Berger.

Com o sensível e refinado "Morte em Veneza" (1971), protagonizado por Dirk Bogarde e baseado na obra de Thomas Mann, voltou a encontrar-se com o sucesso do público e da crítica. O filme conta a história de Gustav Aschenbach, um compositor que vai passar férias em Veneza, e acaba por viver uma grande e inesperada paixão, que iniciaria a sua completa destruição. O filme faz uma abordagem do conceito filosófico de beleza, assim como a passagem do tempo, a importância da juventude nas nossas vidas. 

O filme seguinte foi o grandioso, mas decepcionante, "Ludwig", com Helmut Berger e Romy Schneider. Durante as filmagens de "Ludwig", sofreu um ataque cardíaco que o prendeu a uma cadeira de rodas até a sua morte, em 1976.

Mesmo com muita dificuldade, Luchino Visconti ainda fez mais dois filmes, "Violência e Paixão" ("Gruppo di famiglia in un interno") e "L'innocente", a sua derradeira obra, versão do romance de Gabriele d'Annunzio que regista brilhantes interpretações de Giancarlo Giannini e Laura Antonelli.

Visconti, homossexual assumido, teve um relacionamento de muitos anos com o actor austríaco Helmut Berger, que esteve presente em alguns de seus filmes.

Morreu na primavera de 1976, na sua residência na cidade de Roma.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


Sentimento (1954)

Rocco e Seus Irmãos (1960)

O Leopardo (1963)

Morte em Veneza (1971)

Luís da Baviera (1972)




domingo, 30 de março de 2014

Vivien Leigh (1913–1967)





Vivien Leigh (Lady Olivier) foi uma famosa actriz e lady inglesa nascida na Índia, quando este país ainda pertencia ao Império Britânico. Vivien é considerada uma das mais belas e importantes personalidades do século XX, presente na lista feita pelo Instituto Americano de Cinema das 50 maiores lendas do cinema. 

Nasceu em Darjeeling (West Bengal), a  5 de Novembro de 1913,e morreu em Londres, a 7 de Julho de 1967, vítima de uma tuberculose crónica que a atormentou durante muitos anos.    
  
Apesar das suas aparições no cinema terem sido relativamente poucas, Viv ganhou o Óscar de melhor actriz por duas vezes. A primeira vez ao interpretar Scarlett O'Hara no clásssico "E Tudo o Vento Levou" (1939), e a segunda ao desempenhar o papel de Blanche DuBois em "Um Eléctrico Chamado Deseo" (1951), a mesma personagem que interpretara nos palcos da West End, em Londres.

Viv, frequentemente, contracenou várias vezes com o seu marido, o também actor, e realizador Laurence Olivier. Durante mais de trinta anos como actriz de teatro revelou-se uma actriz bastante versátil, interpretando desde heroínas das comédias de Noel Coward e George Bernard Shaw às personagens dos dramas clássicos de Shakespeare.

Aclamada pela sua beleza e talento, Vivien foi uma actriz de cinema e teatro exaltada e celebrada. Afectada por um distúrbio bipolar durante a maior parte de sua vida adulta, o humor de Viv era quase sempre mal-entendido pelos realizadores, acabando por ganhar a reputação de ser uma actriz difícil. Diagnosticada com tuberculose crónica, em meados da década de 1940, tornou-se uma pessoa enfraquecida a partir de então. Divorciou-se de Laurence Olivier em 1960. A partir daí, continuou a trabalhar esporadicamente no cinema e no teatro até à sua súbita morte por tuberculose.

Vivien Leigh e Laurence Olivier trabalharam juntos nas peças "César e Cleópatra" e "António e Cleópatra", em noites alternadas, durante o Festival de Teatro da Grã Bretanha de 1951. Naquela época, a vida de Vivien estava mudando. Ela, que sofria de tuberculose, também sofreu dois abortos, e foi-lhe diagnosticada uma doença maníaco-depressiva. Contudo, o público continuava a ama-la. 

Como o ritmo alucinado de trabalho era excessivo, Viv começou a cair em longos períodos de depressão. De facto, teve de se afastar do trabalho durante boa parte de 1952. Voltou ao trabalho, no filme "No Caminho dos Elefantes" (1953), mas isso só piorou as coisas: Viv teve um colapso no set, e precisou de ser substituída por Elizabeth Taylor. Em seguida, começaram os boatos sobre a situação de seu casamento com Olivier.

Em 1960 os boatos sobre a situação do casamento de Vivien Leigh e Laurence Olivier confirmaram-se quando ele a trocou com pela comediante Joan Plowright, que 22 anos mais nova do que ele. Leigh pediu o divórcio por adultério, que foi concedido a 2 de Dezembro de 1960. Depois disso, nunca mais se casou.

Em 1963, Viv ganhou um Tony pelo seu desempenho na comédia musical "Tovarich". No ano seguinte, voltou a Hollywood para viver outra sulista no filme "A Nau dos Loucos" (1965).
Em Outubro de 1964, retornou, pela primeira vez, à Índia, desde que dela tinha saído ainda criança. 

Vivien Leigh estava a ensaiar a peça "A Delicate Balance", de Edward Albee, em Londres, quando teve uma recaída (causada pela tuberculose que a atormentava havia décadas), vindo a morrer, em 7 de Julho de 1967, aos 53 anos, deixando, além da sua filha, ainda a sua mãe e avó. Na época, estava a viver com o actor John Merivale. O seu corpo foi cremado e as suas cinzas espalhadas no Lago no moinho Tickerage, perto de Blackboys, Sussex em Inglaterra.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)




E Tudo o Vento Levou (1939)

A Ponte de Waterloo (1940)

Ana Karenina (1948)

 Um Eléctrico Chamado Desejo (1951)

A Nave dos Loucos (1965)





sábado, 29 de março de 2014

Rex Harrison (1908–1990)





Sir Reginald “Rex” Carey Harrison foi um actor de teatro e cinema britânico nascido na Inglaterra, e ganhador de prémios como o Óscar e o Tony Award. Nasceu em Huyton, Lancashire, a 5 de Março de 1908, e morreu em Nova Iorque, a 2 de Junho de 1990.    

Nascido Reginald Carey Harrison, era filho de um popular actor do século XIX, Edward Kean, tedo-se estreado no cinema em 1930.

Estreou-se na Broadway no espectáculo "Sweet Aloes", na década de 1940, tendo o seu desempenho conquistado o público americano. Quando foi contratado para, em Hollywood, actuar em "Ana e o Rei do Sião" ("Anna and the King of Siam"), em 1946, ao lado de Irene Dunne, já era um actor muito popular no Reino Unido.

Mas foi na década de 1960 que ele escreveu o seu nome na galeria dos grandes actores ao participar em filmes como "Cleópatra", ao lado de Elizabeth Taylor e Richard Burton, vivendo o personagem Júlio César; "Doctor Dolittle" (1967); "Agonia e Êxtase" ("The Agony and the Ecstasy"), em 1965, como o Papa Júlio II e "My Fair Lady", ao lado de Audrey Hepburn como Henry Higgins, personagem que lhe valeu o Óscar de melhor actor em 1964.

Harrison ficou conhecido por interpretar personagens amáveis, cultos e muito elegantes nas telas e nos palcos, mas, na vida real, era bastante temperamental, tendo-se casado por seis vezes. Três das suas ex-esposas eram actrizes: Lili Palmer (1943-1957), a segunda; Kay Kendall (1957-1959), a terceira; e Rachel Roberts (1962-1971), a quarta.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)




Ana e o Rei do Sião  (1946)

O Fantasma Apaixonado (1947)

Cleopatra (1963)

Minha Linda Lady (1964)

 O Extravagante Dr. Dolittle (1967)




sexta-feira, 28 de março de 2014

John Huston (1906–1987)





John Marcellus Huston foi um actor e realizador de cinema norte-americano, filho de Rhea Gore e do também actor Walter Huston. Nasceu em Nevada, (Missouri), 5 de Agosto de 1906, e morreu em Middletown, Rhode Island, a 28 de Agosto de 1987.

Huston era um homem de muitos outros interesses para além do cinema, como pintura, escultura, boxe, jogo, caça à raposa, entre outros. Foi pai da também actriz Anjelica Huston e de Tony, frutos do seu casamento com Ricki Soma, e do actor Danny Huston, fruto do seu relacionamento com Zoe Sallis. John ainda é pai de Pablo, filho da também actriz Evelyn Keyes.

Huston era filho de um actor e de uma jornalista itinerante, que se divorciaram quando ele tinha apenas seis anos. De saúde débil, aos doze anos foi enviado para um sanatório devido ao coração dilatado e a problemas renais.

Depois dos estudos primários, dedicou-se ao boxe e a uma série de exercícios físicos para melhorar a sua saúde. Estudou pintura e trabalhou algum tempo como jornalista e redactor. Em 1933, embriagado, atropelou e matou a actriz brasileira Diva Tosca, companheira do também actor brasileiro actor e realizador de cinema Raul Roulien.

Em 1935, ingressou na Warner Brothers onde trabalhou como roteirista colaborador em vários filmes. Estreou-se como realizador em 1941, com "Relíquia macabra" ("The Maltese Falcon"), cujo roteiro escreveu baseando-se na homónima novela de Dashiell Hammett. Com este filme tornou-se um dos mestres do chamado cinema noir, tendo dirigido ainda outro clássico do género: "Quando a cidade dorme" ("The Asphalt jungle"), com uma então muito jovem Marilyn Monroe no elenco.

Mas, sem dúvida, que os seus filmes de aventuras foram também grandes sucessos, Entre eles, "O tesouro de Sierra Madre" (parábola sobre a ganância humana) e "O homem que queria ser rei" (sobre o orgulho), para além dos clássicos "Moby Dick" e "Rainha Africana" (cujas filmagens também foram uma aventura, conforme o mostra o filme "Caçador branco, coração negro", de Clint Eastwood) Em conjunto formam um conjunto de obras das mais significativas na história do cinema.

Nos últimos anos, Huston filmou duas incursões de Pelé no cinema, sendo a mais conhecida o filme "Fuga para a vitória".

Como actor, John Huston ficou conhecido por ter interpretado Noé, numa das partes que compuseram o filme "A Bíblia". Costumava contar que não tinha sido nada fácil fazer com que os animais entrassem aos pares na arca...

Em suma: John Huston conta no activo 47 filmes como realizador, 54 como actor e 40 como argumentista.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



Relíquia Macabra (1941)

O Tesouro da Serra Madre (1948)

A Rainha Africana (1951)

Os Inadaptados (1961)

O Homem Que Queria Ser Rei (1975)




quinta-feira, 27 de março de 2014

Hedy Lamarr (1914–2000)





Hedy Lamarr, nome artístico de Hedwig Eva Maria Kiesler, foi uma actriz e "inventora" austríaca radicada nos Estados Unidos da América. A sua mais significativa contribuição tecnológica deu-se durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido a sua co-invenção, juntamente com o compositor George Antheil, de um sistema de comunicações para as Forças Armadas dos Estados Unidos da América que serviu de base para a actual "telefonia celular".

Nasceu em Viena, a 9 de Novembro de 1914, e morreu em Altamonte Springs, Orlando (Flórida), a 19 de Janeiro de 2000).

Lamarr nasceu em Viena, (Áustria), filha de pais judeus. A mãe, Gertrud (nascida Lichtwitz), era uma pianista de Budapeste, vinda de uma família burguesa, e o pai, Lemberg, nascido Emil Kiesler, um director bancário.. Hedy estudou ballet e piano até aos 10 anos de idade.

Quando, mais tarde, trabalhou com Max Reinhardt, em Berlim, foi considerada, por ele, a "mais bela mulher da Europa". Durante a adolescência, fez diversos papéis em filmes alemães, ao lado de actores como Heinz Rühmann e Hans Moser.

No início de 1933, "estrelou" o filme de Gustav Machatý, "Ecstasy", um filme checo feito em Praga, que a deixou famosa por aparecer nua, correndo por entre folhagens, mergulhando num lago e simulando um acto sexual com direito a close-ups do orgasmo. O marido, milionário e ciumento, gastou uma fortuna na tentativa de readquirir e destruir as cópias da película.

Em Agosto de 1933, Hedy casou com Friedrich Mandl, um vienense fabricante de armas 13 anos mais velho, com o qual ficou casada durante 4 anos. Na sua autobiografia, "Ecstasy and Me", Lamarr descreveu Mandl como um homem extremamente controlador, que tentava mantê-la trancada na sua mansão.Hedy acompanhou o marido em diversos jantares com a ascendente elite nazista, com a qual Mandl tinha relações. De acordo com a sua autobiografia, em 1937 persuadiu Mandl a autorizá-la a comparecer a uma festa usando todas as suas jóias, depois drogou-o e, com a ajuda de uma empregada, escapou do país levando consigo as valiosas jóias. Lamarr naturalizou-se norte-americana em 10 de Abril de 1953.

Lamarr tevr uma vida sentimental agitada. Teve um breve relacionamento com o actor alemão Fred Doederlein e, posteriormente, com o actor George Montgomery, em 1942..

No total, Lamarr foi casada seis vezes:

Friedrich Mandl (1900–1977), casamento: (1933–1937). Presidente da Hirtenberger Patronen-Fabrik, uma fábrica de armamentos fundada por seu pai, Alexander Mandl. Mandl, em parte descendente de judeus. No entanto, foi adepto do fascismo e do nazismo.

Gene Markey (1895-1980), roteirista e produtor, com quem foi casada entre 1939–41; adoptaram um filho em 1941, James Lamarr Markey (nascido em 1939).

John Loder (nascido John Muir Lowe, 1898–1988), actor, casados entre 1943–47; tiveram dois filhos: Anthony Loder (nascido em 1947) e Denise Loder (nascida em 1945). Loder adoptou o filho de Hedy, James Lamarr Markey, e deu-lhe o seu sobrenome.

Teddy Stauffer (1909-1991), empresário de clube nocturno, casados entre 1951–52.

W. Howard Lee (1909–1981), um texano do ramo petrolífero, casados entre 1953–60. Em 1960, casou com a actriz Gene Tierney.

Lewis J. Boies (nascido em 1920), um advogado (seu advogado do divórcio), casados entre 1963–65.

Lamarr, inicialmente, esteve em Paris, depois foi para Londres, onde conheceu Louis B. Mayer, trocando seu nome para Hedy Lamarr, em homenagem à estrela do cinema mudo Barbara La Marr que morreu em 1926, de overdose.

Em Hollywood, a sua estreia ocorreu em "Algiers" (1938). Entre muitos filmes em que actuou, destacam-se: "Boom Town" (1940), "White Cargo" (1942), e "Tortilla Flat" (1942), baseado no romance de John Steinbeck. "White Cargo", um dos maiores sucessos de Lamarr na MGM, contém um de seus mais famosos "quote": "I am Tondelayo". 

Em 1941, actuou ao lado de duas outras belas actrizes de Hollywood, Lana Turner e Judy Garland, no musical "Ziegfeld Girl". Hedy fez 18 filmes entre 1940 e 1949, apesar de ter tido dois filhos durante essa época (em 1945 e 1947). Deixou a MGM em 1945.

Lamarr "estrelou" o seu maior sucesso, Dalila, de "Samson and Delilah", filme de Cecil B. DeMille, em 1949, ao lado de Victor Mature. Em seguida, "estrelou" a comédia "My Favorite Spy", ao lado de Bob Hope, em 1951, mas a sua carreira entrou em declínio. Esporadicamente, "estrelou" filmes após 1950, um dos quais como Joana d'Arc no épico de Irwin Allen "The Story of Mankind" (1957).

Mas Lamarr não se limitou a ser actriz. Inventou o sistema que serviu de base para os actuais telemóveis. Durante a Segunda Guerra Mundial, criou um sofisticado aparelho de interferência em rádio para despistar radares nazis e o patenteou em 1940, usando o seu verdadeiro nome, Hedwig Eva Maria Kiesler.

A ideia surgiu ao lado do compositor George Antheil em frente a um piano. "Brincavam" num dueto, ela repetindo noutra escala as notas que ele tocava, experimentando o controle dos instrumentos, inclusive com a música para o Ballet Mecanique, originalmente escrita para o filme abstracto de Fernand Léger, em 1924. Ou seja, duas pessoas podem conversar entre si mudando frequentemente o canal de comunicação. Basta que façam isso simultaneamente.

Juntos, Antheil e Lamarr submeteram a ideia ao Departamento de Guerra norte-americano, que o recusou, em Junho de 1941. Em Agosto de 1942, foi patenteado por Antheil e "Hedy Kiesler Markey". A versão inicial consistia na troca de 88 frequências e era feito para despistar radares, mas a ideia pareceu difícil de realizar na época.

A ideia não foi concretizada até 1962, quando passou a ser utilizada por tropas militares dos EUA em Cuba, quando a patente já expirara; a empresa Sylvania adaptou a invenção. Ficou desconhecida, ainda, até 1997, quando a Electronic Frontier Foundation deu a Lamarr um mais que merecido prémio pela sua contribuição. Em 1998, a "Ottawa wireless technology" desenvolveu Wi-LAN, Inc. "adquirindo 49% da patente de Lamarr" (Eliza Schmidkunz, Inside GNSS); Antheil morrera em 1959.
A ideia do aparelho de frequência de Lamarr e Antheil serviu de base para a moderna tecnologia de comunicação, tal como COFDM usada em conexões de Wi-Fi e CDMA usada em telemóveis.

Patentes similares foram registadas por outros países, tais como a Alemanha, em 1935, em que os engenheiros da Telefunken Paul Kotowski e Kurt Dannehl registaram as patentes em 1939 e 1940.

Considerada a "mãe do telefone celular", Lamarr tinha sido casada com um fabricante de armas alemão, do qual se separou ao notar o envolvimento dele com o nazismo; foi nesta época que notara como era fácil a um terceiro bloquear o sinal contínuo usado para o controle dos mísseis. Apesar de ter patenteado a ideia de uma frequência que fosse variável no percurso entre emissor e receptor, não tendo, no entanto, ganho nenhum dinheiro com isto. Em 1997, recebeu do Governo dos Estados Unidos da América uma menção honrosa "por abrir novos caminhos nas fronteiras da electrónica".

Na década de 1960, já em final de carreira, quando pouco sobrava da sua estonteante beleza, foi detida, por furto, numa loja de departamentos famosa. Lamarr morreu em Altamonte Springs (perto de Orlando), em 19 de Janeiro de 2000. O seu filho levou as suas cinzas para a Áustria espalhando-as na floresta Wienerwald, conforme seu desejo.

Pela sua contribuição para o cinema, Hedy Lamarr tem uma estrela no Passeio da Fama, em 6247 Hollywood Blvd.

Foi inspiração para Walt Disney desenhar a Branca de Neve, "a mais bela", no seu primeiro desenho animado de longa metragem (1937).

Em 2005, o primeiro Dia do inventor na Alemanha foi estipulado, em sua honra, em 9 de Novembro, dia em que faria 92 anos.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



Ekstase (1933)

O Fugitivo Desceu à Cidade (1938)

A Mestiça (1942)

Noite na Alma (1944)

Sansão e Dalila (1949)




quarta-feira, 26 de março de 2014

John Wayne (1907–1979)





John Wayne, nome artístico de Marion Robert Morrison, foi um premiado actor norte-americano. Nasceu em Winterset (Iowa), a 26 de Maio de 1907, e morreu em Los Angeles (Califórnia), a 11 de Junho de 1979.

Filho de um farmacêutico, o seu verdadeiro nome era Marion Michael Morrison. Como detestava o seu nom, ao entrar para o mundo do cinema mudou-o para John Wayne, que tinha mais a ver com um rapaz de 1,92 metros de altura, que tinha sido campeão de futebol, pela University of Southern California.

Surgiu com destaque no cinema em 1930 em "The Big Trail", western dirigido por Raoul Walsh. Permaneceu vários anos actuando em filmes série B até se consagrar no papel de Ringo Kid em "Cavalgada Heróica" ("Stagecoach"), clássico de 1939 de John Ford, filme que se tornou na obra que definiu todas as principais características do western norte-americano. A parceria entre Wayne e Ford continuou durante mais 21 filmes. Realizaram juntos uma série de grandes sucessos e filmes inesquecíveis como "Three Godfathers" (1948), "The Quiet Man" (1952), "The Searchers" (1956), "The Wings of Eagles" (1957), "The Horse Soldiers" (1959) e "The Man Who Shot Liberty Valance" (1962), para além da chamada "trilogia sobre a Cavalaria", composta por "Fort Apache" (1948), #She Wore a Yellow Ribbon" (1949) e "Rio Grande" (1950).

Outro grande realizador com quem Wayne trabalhou foi Howard Hawks, um dos maiores realizadores do período clássico hollywoodiano. Juntos realizaram vários sucessos, não apenas das suas carreiras, mas dos westerns em geral. Como bons exemplos registem-se: "Red River" (1948), "El Dorado" (1967) e, principalmente, aquele que é um dos maiores exemplares do género, "Rio Bravo" (1959).

Além de John Ford e Howard Hawks, outros grandes realizadores da época igualmente dirigiram Wayne. É o caso de Henry Hathaway, com quem fez, entre outros, o filme que lhe concedeu o Óscar de Melhor Actor, "True Grit" (1969); Otto Preminger, que o dirigiu no óptimo drama de guerra "In Harm's Way" (1965); Don Siegel, com quem fez o seu último trabalho, "The Shootist" (1976); Michael Curtiz, sob cujas ordens actuou por três vezes, inclusive em "The Comancheros" (1961), um dos seus grandes sucessos de bilheteira; e John Huston, com quem fez "The Barbarian and the Geisha " (1958).

Além dos já mencionados realizadores, podemos citar:ainda William A. Wellman, Mark Rydell e John Farrow. Também trabalhou ao lado de vários astros de sua época: Henry Fonda, Katharine Hepburn, James Stewart, Maureen O'Hara, Sophia Loren, Elsa Martinelli, Kirk Douglas, William Holden, Marlene Dietrich, Rock Hudson, Robert Mitchum, Lee Marvin, Richard Widmark, entre muitos outros, ao longo dos seus cinquenta anos de cinema.

Casou-se três vezes: a primeira em 1932, com Josephine Saenz, que lhe deu quatro filhos; em 1946, com a actriz mexicana Esperanza Baur, de quem se divorciou sete anos depois para se casar com Pilar Palette, com quem teve mais dois filhos.

Dirigiu ainda os filmes "The Alamo" (1960) e "The Green Berets" (1968). Este último causou-lhe grandes problemas. O roteiro, pró-Guerra do Vietname, acicatou a fúria dos opositores a essa intervenção militar norte-americana, que organizaram vários protestos contra a exibição do filme.

Fumador inveterado desde a juventude, foi-lhe diagnosticado, em 1964, um cancro pulmonar, tendo passado por uma cirurgia para remoção de todo o pulmão esquerdo, além de quatro costelas. Apesar dos esforços dos seus agentes para evitar que ele tornasse a doença pública, Wayne anunciou o seu estado à imprensa e apelou para que a população fizesse mais exames preventivos. Cinco anos depois, constatou-se que ele estava livre da doença. Apesar da diminuição da capacidade pulmonar, pouco depois Wayne voltou a mascar tabaco e a fumar.

No final da década de 1970, Wayne envolveu-se como voluntário nos estudos de uma vacina para a cura da doença que o "assombrara" anos antes. Contudo, veio a falecer em 11 de Junho de 1979, aos setenta e dois anos de idade, na sequência de um cancro de estômago.

Encontra-se sepultado no Pacific View Memorial Park, Corona del Mar, Condado de Orange, Califórnia.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



Cavalgada Heróica (1939)

A Desaparecida (1956)   

 Rio Bravo (1959)

O Homem Que Matou Liberty Valance (1962)

A Velha Raposa (1969)



terça-feira, 25 de março de 2014

Billy Wilder (1906–2002)





Billy Wilder  foi um famoso realizador de cinema norte-americano. Nasceu em .Sucha (hoje território polaco), a 22 de Junho de 1906, e morreu em Beverly Hills (Califórnia), a 27 de Março de 2002.

A sua carreira de argumentista, cineasta e produtor estendeu-se por mais de 50 anos em mais de 60 filmes. É lembrado como um dos mais brilhantes cineastas da sua época em Hollywood, tendo vários dos seus filmes sido aclamados tanto pelo público como pela crítica.

Nasceu Samuel Wilder na Galícia, na actual Polónia, filho de Max Wilder e Eugenia Dittler, ambos judeus. Originalmente, pretendia tornar-se advogado, mas quando se mudou para Viena abandonou a carreira, tornando-se jornalista. Mais tarde, com a experiência ganha, foi trabalhar num grande tablóide em Berlim, onde iniciou a sua carreira no cinema como argumentista, em 1929. Depois da ascensão de Hitler, em 1933, emigrou para França e, depois, para os Estados Unidos. A sua mãe e avós morreram em Auschwitz.

Apesar de não falar inglês quando chegou a Hollywood, aprendeu rápido o idioma e contou com a ajuda de Peter Lorre para ingressar na indústria cinematográfica norte-americana. Em parceria com Charles Brackett, escreveu clássicos como "Ninotchka" (1939) e "Ball of Fire" (1941). A partir de 1942, a dupla começou a fazer filmes, com Brackett produzindo e Wilder realizando. São dessa época clássicos como "Pagos a doibrar" ("Double Indemnity") (1944), "Five Graves to Cairo" (1943), "The Lost Weekend" (1945) e "Crepúsculo dos Deuses" ("Sunset Boulevard") (1950), após o qual, findou a parceria.

Os seus filmes seguintes foram produzidos por ele mesmo, como "Ace in the Hole" (1951), e as comédias "Quanto mais quente melhor" ("Some Like It Hot") (1959) e "O Apartamento" ("The Apartment") (1960), que lhe rendeu o Óscar de melhor filme e melhor realização. "Aposentou-se" do cinema em 1981.

Billy Wilder morreu de pneumonia em 2002, aos 95 anos de idade, após enfrentar problemas de saúde, incluindo um cancro,, em Beverly Hills, Los Angeles, e foi sepultado no Westwood Village Memorial Park Cemetery em Westwood, Los Angeles, (Califórnia).

Prémios e nomeeações:

Prémio Irving G. Thalberg
Ganhou o prémio concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, em 1988.


Óscares

Recebeu oito nomeações na categoria de Melhor Realizador, por "Double Indemnity" (1944), "The Lost Weekend" (1945), "Sunset Blvd" (1950), "Stalag 17" (1953), "Sabrina" (1954), "Witness for the Prosecution" (1957), "Some Like It Hot" (1959) e" The Apartment" (1960); tendo vencido em 1945 e 1960.

Recebeu oito nomeações na categoria de melhor argumento, por "Ninotchka" (1939), "A Porta de Ouro" (1941), "Double Indemnity"' (1944), "The Lost Weekend" (1945), "'A Mundana" (1948), "Sunset Blvd." (1950), 'Ace in the Hole" (1951) e "Sabrina" (1954); venceu em 1945 e 1950.

Recebeu duas nomeações na categoria de melhor argumento original, por "The Apartment" (1960) e "The Fortune Cookie" (1966); venceu em 1960.

Recebeu uma nomeação na categoria de melhor argumento adaptado, por "Some Like It Hot" (1959).

Recebeu uma nomeação na categoria de melhor história original, por "Bola de Fogo" (1941).

Venceu na categoria de melhor filme, por "The Lost Weekend" (1945) e "The Apartment" (1960).


Globos de Ouro

Recebeu três nomeações na categoria de melhor realizador, por "The Lost Weekend" (1945), "Sunset Blvd." (1950) e "Avanti!" (1972); venceu em 1945 e 1950.

Recebeu duas nomeações na categoria de melhor argumento, por "Sabrina" (1954) e "Avanti!" (1972); venceu em 1954.


Festival de Cannes

Ganhou o Grande Prémio do Júri, por "The Lost Weekend" (1945).


Festival de Berlim

Ganhou um Urso de Ouro honorário, em 1993.


Festival de Veneza

Ganhou um Leão de Ouro honorário, em homenagem à sua carreira.


Prémio Bodil

Venceu na categoria de melhor filme americano, por Sunset Blvd." (1950).




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



Pagos a Dobrar (1944) 

Crepúsculo dos Deuses (1950)

O Pecado mora ao lado (1955)

Quanto Mais Quente Melhor (1959)     

O Apartamento (1960)





segunda-feira, 24 de março de 2014

Ginger Rogers (1911–1995)





Virginia Katherine McMath - que ficou conhecida pelo seu nome artístico: Ginger Rogers foi uma popular actriz, dançarina/e cantora do cinema e teatro norte-americanos. Nasceu em Independence (Missouri), a 16 de Julho de 1911 e morreu em Rancho Mirage (California), a 25 de Abril de 1995.

O nome Ginger surgiu, quando ainda menina, a sua prima mais nova não conseguia dizer Virginia e então dizia "Ginja". A sua mãe foi a grande incentivadora da sua carreira, que começou aos 15 anos em teatros de vaudeville.

Aos 19 anos, estreou-se em Hollywood no filme "Inconstância", produzido pela Paramount. Conheceu Fred Astaire na década de 1930 e fez com ele dez filmes musicais, tornando-se uma das suas mais célebres parceiras.

Em 1941, recebeu o Óscar de Melhor Actriz pelo seu papel em "Kitty Foyle", num papel dramático. Trabalhou em Hollywood até 1971 e casou-se cinco vezes. Fez quase 100 filmes entre musicais, comédias e dramas.

Ginger Rogers faleceu no dia 25 de Abril de 1995, de insuficiência cardíaca, aos 83 anos.

Encontra-se sepultada em Oakwood Memorial Park, Chatsworth, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



A Alegre Divorciada (1934) 

Chapéu Alto (1935)

Ritmo louco (1936)

Vamos Dançar? (1937)

O Bailado da Saudade (1939)





domingo, 23 de março de 2014

Laurence Olivier (1907–1989)





Sir Laurence Kerr Olivier, Barão Olivier de Brighton, foi um actor, produtor e realizador cinematográficos britânico nascido na Inglaterra, vencedor de vários prémios como o Óscar, Globo de Ouro, BAFTA. Ganhou ainda quatro vezes Emmys. É considerado, por muitos, como o maior actor anglófono de todos os tempos.

Nasceu em Dorking (Surrey), a 22 de Maio de 1907, e morreu em Steyning (West Sussex), a 11 de Julho de 1989.

Agraciado com o título de sir em 1947, Laurence Olivier foi um dos mais carismáticos actores do século XX. A sua presença em palco fascinava o público e a sua credibilidade como intérprete, quer no drama quer na comédia, proporcionou-lhe os maiores êxitos.

Filho de um pastor da igreja anglicana, pisou o palco pela primeira vez numa montagem amadora de "Júlio César", aos 10 anos de idade. Foram justamente as peças de Shakespeare que lhe proporcionaram as maiores glórias da carreira, tanto no cinema como no teatro. Representou, produziu e dirigiu as obras "Henrique V", em 1945, "Hamlet", em 1948, "Ricardo III", em 1956, e "Otelo", em 1965.

Participou em 121 peças de teatro, tendo-se apresentado não só nos palcos de Inglaterra, bem como em vários países da Europa e nos Estados Unidos. A sua trajectória no cinema foi igualmente extensa, mas irregular, tendo feito 65 filmes, alguns deles também como realizador.

No teatro conheceu a actriz com quem formaria um dos mais respeitados pares da história da sétima arte:: Vivien Leigh, com quem ficaria casado de 1940 até a década de 1960. Conheceram-se em 1937 numa produção de "Hamlet".

Ganhou o primeiro Óscar em 1946, pela sua actuação realização em "Henrique V". Dois anos depois, com a sua produção de "Hamlet" levou para  casa quatro óscares: filme, actor principal (para Olivier), direcção de arte e guarda-roupa. Em 1978, recebeu um Óscar especial pelo conjunto de sua obra e pela sua contribuição à arte cinematográfica.

Em 1970, a rainha Elizabeth II outorgou-lhe o título de Lorde, com direito a frequentar o Parlamento britânico. Morreu, aos 82 anos, de cancro no estômago, enquanto dormia, em sua casa, ao lado da sua terceira mulher, a actriz Joan Plowright com quem teve três filhos. 

Está enterrado na Abadia de Westminster. Laurence também escreveu dois livros: "Confissões de um Actor" e "Ser Actor", em que descreve a sua biografia como actor, desde a infância até ao extremo sucesso que alcançou.

Em 1969, foi convidado para narrar o documentário sobre a Segunda Guerra Mundial: "The World at War". Produzido entre 1969 e 1973, as entrevistas inéditas com testemunhas oculares e personagens históricos, as raras imagens colhidas de diversos países envolvidos no conflito e a narração ímpar de Olivier, fizeram deste documentário o mais expansível e significativo de todos os tempos.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



O Monte dos Vendavais (1939)

Rebecca (1940)

O Príncipe e a Corista (1957) 

Spartacus (1960) 

Sleuth: Autópsia de um Crime (1972)





sábado, 22 de março de 2014

Otto Preminger (1905–1986)





Otto Preminger foi um produtor e talentoso realizador de cinema austríaco que fez carreira nos Estados Unidos da América. Nasceu em Viena, a 5 de Dezembro de 1905, e morreu, vítima de cancro  para além de padecer de Alzheimer, em Nova Iorque, a 23 de Abril de 1986, 

Preminger estudou Direito e Filosofia e trabalhou como encenador teatral, de 1933 a 1934, antes de se dedicar ao cinema. Em 1935, optou por deixar a Áustria e exilou-se nos Estados Unidos da América.

Apesar da origem judaica, actuou em alguns filmes no papel de nazi, por causa do seu sotaque. Tinha fama de pessoa rude e desagradável. Gostava de trabalhar com temas polémicos como "desvios e conflitos comportamentais" . Poli-facetado, teve o mérito de deixar, para a história do cinema, grandes obras em todos os géneros cinematográficos, do romance ao filme de guerra.

Os seus principais filmes são "Laura" (1944), um dos maiores clássicos do chamado cinema noir; "Rio sem regresso" (1954), grandioso western protagonizado por Marilyn Monroe; "Carmen Jones" (1954), musical (inspirado na Carmen de Bizet) protagonizado por actores negros, que revelou os lendários Dorothy Dandridge e Harry Belafonte; "O homem do braço de ouro" (1955), polémico drama sobre drogas, que deu a Frank Sinatra o seu maior papel no cinema; "Bom dia, tristeza" (1958), sensível e marcante drama baseado no best-seller de Françoise Sagan; "Anatomia de um crime" (1959), lendário drama de tribunal; "Exodus" (1960), épico sobre a formação de Israel após o final da Segunda Guerra Mundial; "Tempestade sobre Washington" (1962); "A primeira vitória" (1965); "Bunny Lake desapareceu" (1965), um dos filmes-símbolos da década de 1960; "Skidoo" (1968), surpreendente cult psicodélico da geração flower power e "O factor humano" (1979), o seu derradeiro filme, um subtil drama de guerra.

Otto Preminger morreu aos 79 anos, devido a  cancro e doença de Alzheimer, e está enterrado no Woodlawn Cemetery, (Bronx), em Nova Iorque. Tem uma estrela no Passeio da Fama, localizada em 6624 Hollywood Boulevard.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



Laura (1944)

Rio sem Regresso (1954)

O Homem do Braço de Ouro (1955)

Anatomia de Um Crime (1959)

Exodus (1960)




sexta-feira, 21 de março de 2014

Merle Oberon (1911–1979)





Merle Oberon foi uma actriz inglesa, naturalizada norte-americana. Nasceu em Bombaim, a 19 de Fevereiro de 1911, e morreu,  aos 69 anos, de acidente vascular cerebral, em Malibu (Califórnia), a 23 de Novembro de 1979.

Filha de um coronel do Exército Colonial Britânico e de uma francesa de origem irlandesa, Merle Oberon viveu até os seis anos na Tasmânia, tendo depois ido morar com a avó em Bombaim e Calcutá, na Índia. A verdadeira história da actriz permanece um mistério - existem várias versões - já que, a actriz nunca revelou a sua origem real, a fim de esconder a sua "mistura racial".

Terminados os seus estudos, foi morarpara Londres onde o húngaro Alexander Korda a descobriu para o cinema e se tornou no seu primeiro marido.

Seu primeiro papel de destaque veio em 1933, quando Alexander lhe deu o papel de Ana Bolena no filme "The Private Life of Henry VIII". A partir do sucesso do filme, Merle conseguiu "estrelar" os seus primeiros filme. Em 1936, foi nomeada ao Óscar como melhor actriz pelo filme "The Dark Angel".



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.



T O P    F I V E   (Recomendado)



A Vida Privada de Henrique VIII (1933)

O Monte dos Vendavais (1939)

No Que Pensam as Mulheres (1941)

O Expresso de Berlim (1948)

Assignment Foreign Legion (1956)




quinta-feira, 20 de março de 2014

Ray Milland (1907 - 1986)





Reginald Alfred Truscott-Jones - conhecido no mundo do cinema como Ray Milland - foi um realizador e actor de cinema e televisão britânico, nascido no País de Gales, mais tarde naturalizado cidadão norte-americano.Nasceu em Neath, Glamorgan, a 3 de Janeiro de 1905, e morreu em Torrance (Califórnia), a 10 de Março de 1986.

Começou a filmar em Inglaterra em 1920 e, no ano seguinte, foi para Hollywood. Durante muito tempo fez apenas papéis secundários, mas, aos poucos, foi conseguindo outros mais importantes, até chegar ao personagem alcoólico do filme "Farrapo Humano" ("The Lost Weekend"), pelo qual recebeu o Óscar de Melhor Actor de 1945 e o prémio de melhor actor no Festival de Cannes.

Milland foi galã na década de 1930, fez vários personagens suspeitos nas décadas de 1940 e de 1950 e foi herói de filmes de ficção científica. Foi contratado pela Paramount Pictures de 1934 até ao final da década de 1950.

A partir do final da década de 1950, dirigiu inúmeros filmes onde também era actor. Após alguns anos de ausência, retornou às telas em 1970, no filme "Love Story", e em filmes de terror de baixo orçamento. Participou em diversos episódios em seriados televisivos, como Hart to Hart, Charlie's Angels, The Love Boat, Fantasy Island, Rich Man, Poor Man, entre outros.

Milland sempre se manteve afastado das luzes de Hollywood e raramente foi mencionado nas colunas de fofocas. Foi casado com a mesma mulher (Muriel) por 54 anos.

Morreu em consequência de cancro no pulmão, com 81 anos de idade.





Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)




Farrapo Humano (1945)

Morte Prematura (1952)

Chamada para a Morte (1954)

Markham (1959)

Love Story (1970)




quarta-feira, 19 de março de 2014

Michael Powell (1905 - 1990)





Michael Latham Powell - nascido em Bekesbourne (Kent) a 30 de Setembro de 1905 e falecido em  Avening, (Gloucestershire), a 19 Fevereiro de 1990 - foi um notável cineasta inglês, em especial no período em que trabalhou em parceria com Emeric Pressburger, entre 1941 e 1951.

Em 1960,  o seu filme "A Vítima do Medo" ("Peeping Tom") causou uma enorme polémica pois, na altura, o público não  estava preparado para a violência associada ao trajecto criminoso de um serial killer e Powell quase destruiu a sua carreira e imagem. Hoje, o filme é um clássico, um filme de culto.

Filho de hoteleiros, o jovem Michael passou a sua infância num hotel gerido pelo pai em Nice. Foi nesta cidade que conheceu Rex Ingram, um produtor americano que o convidou a ir trabalhar com ele para os Estados Unidos. Aí esteve durante seis anos, tendo trabalhado como operador de câmara e assistente de realização. 

Regressou a Inglaterra em 1929, onde se instalou como argumentista de cinema, tendo até colaborado com Alfred Hitchcock nas filmagens do primeiro filme sonoro inglês Blackmail (1929). Em 1930, o Governo britânico decretou uma lei de apoio ao cinema interno, deliberando a produção de filmes nacionais em número idêntico aos importados. Foi a época dos quota quickies, filmes com duração pouco superior a 60 minutos e que demoravam apenas um par de semanas a serem filmados. Entre 1931 e 1936, Powell realizou 22 exemplares desta tipologia de filmes, estreando-se com Two Crowded Hours (1931). 

A sua primeira obra de monta foi The Edge of the World (1937), uma ficção sobre a desertificação da ilha de Foula no Mar do Norte. O impressionante realismo do filme, aliado a uma convincente direcção de actores (na sua maioria amadores), impressionou o produtor Alexander Korda que o contratou para a sua produtora. Com outros recursos financeiros, Powell dirigiu dois filmes protagonizados pelo actor Conrad Veidt: The Spy in Black (O Espião de Negro, 1939) e Contraband (1940) ambos bem-sucedidos comercialmente. 

Em 1940, durante um jantar, conheceu o exilado argumentista e realizador Emeric Pressburger com quem iniciou uma longa parceria. Nesse mesmo ano rodou The Thief of Bagdad (O Ladrão de Bagdad, 1940), o seu primeiro título a cores e um filme juvenil baseado numa história das "Mil e Uma Noites". 

Em 1942, fundou com Pressburger a companhia The Archers, responsável pela produção de títulos como One of Our Aircraft Is Missing (Desapareceu um dos Nossos Aviões, 1942), 49th Parallel (1941) e Life and Death of Colonel Blimp (A Vida do Coronel Blimp, 1943) este último bastante censurado pelos militares e pelo Governo de Winston Churchill. 

Após o fim da Segunda Grande Guerra, os filmes de Powell foram marcados por uma forte vertente romântica: em A Matter of Life and Death (Uma Questão de Vida ou de Morte, 1946) criou um mundo de fantasia onde um piloto de aviação (David Niven) morto injustamente tem que se defender num tribunal celestial para regressar à Terra. Em Black Narcisus (Quando os Sinos Dobram, 1946) contou a história de um grupo de freiras e da sua odisseia ao instalarem um posto missionário nos Himalaias. Seguiu-se The Red Shoes (Os Sapatos Vermelhos, 1948), um admirável musical sobre o mundo do ballet. 

Fez também um dos mais belos filmes de guerra de sempre: The Battle of the River Plate (A Batalha do Rio da Prata, 1956), um filme desenrolado durante a Segunda Guerra Mundial. Já a solo, filmou Peeping Tom (A Vítima do Medo, 1960) sobre um assassino em série que fotografa as suas vítimas no momento da morte. O filme foi muito mal recebido pela crítica e pelo público e este fracasso afectou bastante a carreira de Powell, que a partir daí trabalhou em televisão, realizando filmes de orçamento reduzido. O seu último título foi Return on the Edge of the World (1978), um documentário sobre as condições de filmagens do título original de 1937 e do reencontro com os actores ainda vivos. Vítima de cancro, o realizador faleceu na sua casa rural de Avening a 19 de Fevereiro de 1990.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia, Infopedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)

             

A Vida do Coronel Blimp (1943)

Caso de Vida ou Morte (1946) 

Quando os Sinos Dobram (1947) 

Os sapatos Vermelhos (1948)         

A Vítima do Medo (1960)




terça-feira, 18 de março de 2014

Jean Harlow (1911–1937)





Jean Harlow, nome artístico de Harlean Carpentier, foi uma actriz norte-americana de cinema, que antecedeu Marilyn Monroe como a primeira actriz loira a explorar seu sex-appeal. Nasceu em Kansas City (Missourfi), a 3 de Março de 1911, e morreu em Los Angeles (Califórnia), a 7 de Junho de 1937. 

Jean era filha de um bem sucedido dentista e de uma dona-de-casa. Aos 16 anos de idade, fugiu de casa para se casar com o jovem empresário Charles McGrew. O casal mudou-se para Los Angeles, onde Jean iniciou a sua carreira.

Jean começou em Hollywood como figurante até que em 1929, quando Howard Hughes, que estava "refilmando" "Hell's Angels" (1930) em versão falada, se encantou por ela. Nessa mesma época, o seu casamento acabou em divórcio. Terminado o filme, Jean fez uma tournée pelo país em divulgação do mesmo. Infelizmente, Hughes não tinha outros projetos para ela e acabou por vender seu contrato à MGM. A partir dai sua carreira descolou.

Em 1932, casou-se com um assistente de Irving Thalberg na MGM, Paul Bern. A relação dos dois era muito conturbada. Ironicamente, a deusa sensual das telas escolheu para marido um homem impotente, sexualmente falando. Ele passou a agredi-la, devido à sua frustração. A situação logo se tornou insuportável. O casal vivia de aparências. Então, certo dia, enquanto Jean estava no estúdio, Bern matou-se com uma pistola de calibre 38, encharcado do perfume favorito da esposa, Mitsouko.

Em 1933, Harlow casou-se novamente com o cineasta Harold Rosson, mas acabou por se divorciar oito meses depois.

"Estrelou" em mais de trinta filmes numa carreira que durou apenas dez anos, até 1937, já que durante as filmagens de "Saratoga", Harlow ficou doente e faleceu. O filme teve que ser finalizado usando uma dupla que foi filmada sempre a distância.

A saúde da actriz estava debilitada e, em 29 de Maio de 1937, Harlow teve um colapso durante as filmagens tendo recebido do realizador ordens  para recolher a casa para descansar. O que aconteceu depois disso permanece um mistério
.
Acredita-se que Jean ficou uma semana de cama com náuseas, pois a sua mãe, com quem ela vivia, se recusava a chamar um médico devido à sua crença religiosa, a Ciência Cristã. Outros dizem que a própria Jean se recusou a ser internada e passar por uma cirurgia.

No dia 3 de Junho, a sua mãe comunicou à imprensa que a actriz estava melhor, mas, a 6 de Junho, Louis B. Mayer e William Powell deram ordens para que a levassem para um hospital.

A loura platinada morreu no dia seguinte, prematuramente, aos 26 anos, de insuficiência renal, possivelmente em consequência de sequelas, possivelmente resultantes das agressões do ex-marido Paul Bern.

Encontra-se sepultada no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), Los Angeles.





Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



O Inimigo Público (1931)

Terra Abrasadora (1932)

A Tentação Loira (1935)

Dois e Dois... Quatro (1936)

Suzy e a Espia (1936)





segunda-feira, 17 de março de 2014

Henry Fonda (1905–1982)





Henry Jaynes Fonda foi um popular actor de cinema norte-americano. É o patriarca de uma família de actores, entre os quais 0s seus filhos Jane Fonda e Peter Fonda, e a sua neta Bridget Fonda. Nasceu em Grand Island, a 16 de Maio de 1905, e morreu em Los Angeles, a 12 de Agosto de 1982.

Fonda estudou Jornalismo na Universidade de Minnesota, mas abandonou o curso no segundo ano. Em 1925, quando trabalhava numa empresa em Omaha, foi convidado para desempenhar um papel importante numa produção amadora da Omaha Community Playhouse. Nessa época, já impressionava com os seus 1,86 m.. Apaixonou-se pelo palco, tendo o seu primeiro papel profissional na peça "You and Me", de Philip Barry.

Em 1929, já em Manhattan e na University Players Guild, "estrelou" "Devil and the Cheese", ao lado de Margaret Sullavan, que se tornou, dois anos depois, a sua primeira esposa. O casamento durou pouco mais de um ano, tendo Henry ido para Hollywood fazer cinema.

A sua estreia no cinema americano deu-sei em 1935, repetindo o papel que fizera no teatro na adaptação de "The Farmer Takes a Wife". Por essa altura torna-se amigo de outro actor estreante, James Stewart, amizade que durou até a sua morte.

Em 1936, Henry casou-se com Frances Seymour Brokwaw, uma americana rica e divorciada com quem teve dois filhos, os também actores Jane Fonda e Peter Fonda. O casamento terminou tragicamente em 1950, com o suicídio de Frances após um colapso nervoso.

Antes de partir para a Segunda Guerra Mundial, como contramestre de terceira classe, actuou em mais de vinte filmes, alguns deles grandes êxitos de bilheteira e crítica como "Jezebel, a Insubmissa", "Jesse James", "Ao rufar dos tambores" e "As vinhas da ira", com o qual concorreu ao Óscar de melhor actor.

O regresso ao cinema e aos palcos foi em grande estilo, no final da década de 40, com o filme "Paixão dos fortes", dirigido por John Ford, e o espectáculo "Mister Roberts", com o qual ficou durante três anos seguidos nos palcos da Filadélfia e de Nova Iorque. Devido a esse grande sucesso, a peça foi transposta para o cinema, inicialmente tendo como realizador John Ford. No entanto, devido a um desentendimentos entre Fonda e Ford, o realizador deixou a produção, Contracenaram com Fonda nesta película Jack Lemmon, James Cagney e William Powell.

Nas décadas de 50, 60 e 70 dividiu-se entre os palcos e as telas de cinema, até que no início da década de 70, ao protagonizar o one-man-show "Clarence Darrow", em Nova Iorque, desmaiou nos camarins e teve que ser internado para colocar um pace-maker.
.
Fonda casou-se mais três vezes: em Dezembro de 1950, com Susan Levine Blanchard, com quem adoptou uma menina; em 1957, com a italiana Adera Franchetti e, em 1965, com a hospedeira Shirlee Mae Adams, sua esposa até à sua morte, em Agosto de 1982, vitimado por uma doença crónica no coração. O seu corpo foi cremado e as suas cinzas espalhadas.

Foi nomeado aos Óscares, por duas vezes, na categoria de "Melhor Actor": em 1940 por "As vinhas da ira" e em 1981 por "A Casa do Lago". Ganhou pelo seu desempenho neste segundo filme, sendo, até então, o actor mais velho a ganhar um Óscar. Tinha 76 anos. Em 2012, Christopher Plummer passou a ser o actor mais velho a receber um Óscar, aos 82 anos, pela sua actuação em #The Beginners".

Em 1980, ganhou um Globo de Ouro pelo conjunto de sua obra, concedido pela Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood.

Em 1976 foi homenageado com um programa especial de 90 minutos sobre a sua carreira; num programa intitulado "Fonda: An American Legacy".




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.



T O P    F I V E   (Recomendado)



As Vinhas da Ira  (1940)

A Paixão dos Fortes (1946)

Doze Homens em Fúria (1957)

Aconteceu no Oeste (1968)

A Casa do Lago (1981)




domingo, 16 de março de 2014

Yasujiro Ozu (1903 - 1963)





Yasujirō Ozu foi um importante realizador de cinema e argumentista japonês. Começou a sua carreira ainda durante a era do cinema mudo. Ozu fez cinquenta e três filmes: vinte e seis nos seus primeiros cinco anos como realizador. Ozu começou por fazer uma série de comédias curtas, antes de se dedicar a temas mais sérios - sua imagem de marca - a partir da década de 1930. 

Nasceu em Tóquio, a 12 de Dezembro de 1903, e morreu em Tóquio, a 12 de Dezembro de 1963.

Temas como o casamento e família, especialmente as relações entre as gerações, são recorrentes na sua obra. Fez grande uso de "reticências" ("elipses cinematográficas"), pois muitos eventos não são representados visualmente. Também usou um estilo de cinema em que a câmara raramente se move e é geralmente posicionada abaixo do nível dos olhos dos actores.
A sua reputação, e respeito dos seus pares, continuou a crescer após a sua morte, sendo amplamente considerado como um dos realizadores mais influentes do mundo.

Nasceu em Fukagawa, em Tóquio, filho de um comerciante de adubo, e foi educado num colégio interno em Matsusaka, não tendo sido um aluno particularmente bem sucedido. Desde cedo, se interessou pelo cinema, aproveitando o tempo livre para ver o máximo de filmes que podia. Trabalhou, por um breve período, como professor, antes de voltar para Tóquio em 1923, onde se juntou à Companhia cinematográfica Shochiku. 

Trabalhou, inicialmente, como assistente de fotografia e de realização. Três anos depois, dirigiu o seu primeiro filme, "Zange no yaiba" ("A espada da penitência"), um filme histórico, em 1927. Os cinéfilos em geral indicam como o seu primeiro filme importante "Rakudai wa shita keredo" de 1930. 

Em Julho de 1937, numa altura em que os estúdios demonstravam algum descontentamento com o insucesso comercial dos filmes de Ozu, apesar dos louvores e prémios com que a crítica o celebrava, é recrutado, com 34 anos, para servir como cabo de infantaria, na China, durante dois anos. A sua experiência militar levou-o a escrever um extenso diário onde se inspirará mais tarde para escrever guiões cinematográficos. 

O primeiro filme realizado por Ozu ao regressar, "Toda-ke no Kyodai" (1941), foi um sucesso de bilheteira e de crítica. Em 1943, foi, de novo, alistado no exército para realizar um filme de propaganda em Burma. Em vez disso, porém, foi enviado para Singapura onde passou grande parte do seu tempo a ver filmes norte-americanos confiscados pelo exército. De acordo com Donald Richie, o filme preferido de Ozu era a obra-prima de Orson Welles', "Citizen Kane" ("O Mundo a Seus Pés").

Ozu começou por realizar comédias, originais no seu estilo, antes de se dedicar a obras com maiores preocupações sociais na década de 1930, principalmente ao focar dramas familiares (género próprio do cinema japonês, chamado "Gendai-Geki"). Outros temas caros ao mestre japonês são a velhice, o conflito entre gerações, a nostalgia, a solidão e inevitabilidade da decadência, como se verifica, de imediato, nos títulos dos seus filmes que evocam o passar do tempo: é frequente que os seus filmes terminem num local ou numa situação directamente ligada com o início, acentuando o carácter temporal "circular" (como as estações do ano ou a alternância das marés) destas obras.

Trabalhou frequentemente com o argumentista (guionista) Kogo Noda; entre outros colaboradores regulares contam-se o director de fotografia Yuharu Atsuta e os actores Chishu Ryu e Setsuko Hara. Os seus filmes começaram a ter uma recepção mais favorável a partir do final da década de 1940, com filmes como Banshun ("Primavera tardia" (1949), "Tokyo monogatari" ("Viagem a Tóquio") (1953)  - considerado a sua obra prima -, e "Ochazuke no Aji" ("O gosto do saké, 1952), "Soshun" ("Primavera prematura") (1956), "Ukigusa" ("Ervas flutuantes") (1959) e "Akibiyori" ("Dia de Outono") (1960). O seu último filme foi "Sanma no aji" (1962). 

Morreu, vítima de cancro, no dia do seu 60º aniversário e foi sepultado no templo de Engaku-ji em Kamakura.

Enquanto realizador era considerado excêntrico e declaradamente perfeccionista. É muitas vezes referido como o "mais japonês dos realizadores de cinema", o que não foi favorável para a sua divulgação no estrangeiro - só tardiamente se começou a mostrar a sua obra no ocidente, a partir da década de 1960. Foi relutante em aceitar a revolução do cinema sonoro - o seu primeiro filme com som foi "Hitori musuko" ("Filho único"). 

O seu primeiro filme a cores foi também tardio: "Higanbana" ("Flores do equinócio"), em 1958. Destaca-se, no seu estilo, um género de plano, filmado a baixa altura, com o operador de câmara de cócoras, o que provoca um determinado efeito de identificação do espectador com o ponto de vista da câmara. Defendia insistentemente os planos estáticos, sem movimento da câmara e composições meticulosamente definidas que não permitiam aos actores dominarem individualmente a cena. É também sua imagem de marca a frontalidade do plano (falsos raccords): num campo-contracampo, por exemplo, quando vemos alternadamente uma pessoa a falar com outra, é dada a impressão que o actor se dirige ao espectador e não à personagem do filme.

A influência de Ozu no cinema oriental é indubitável: Akira Kurosawa e Kenji Mizoguchi, que despertaram primeiramente a curiosidade cinéfila europeia em relação ao cinema japonês são, de certa forma, tributários do seu estilo. Verifica-se que muitos cineastas ocidentais tomaram Ozu como mestre. Wim Wenders filmou "Tokyo-Ga", um documentário sobre Ozu. Jim Jarmusch e Hal Hartley seguem de perto os seus ensinamentos, nos Estados Unidos da América. Em Portugal, João Botelho inspirou-se no seu filme "Viagem a Tóquio" para realizar "Um adeus português".



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



Sinfonia de Tóquio (1931)

Primavera Tardia (1949)

Bakushû (1951)

Viagem a Tóquio (1953)

O Gosto do Saké (1962)




sábado, 15 de março de 2014

Paulette Goddard (1910 - 1990)





Paulette Goddard, nome artístico de Pauline Marion Goddard Levy, foi uma actriz dos Estados Unidos, famosa pelos seus filmes para a Paramount Pictures nos anos 40, e pelos seus casamentos com homens notáveis: Charles Chaplin, Burgess Meredith e Erich Maria Remarque.

Nasceu em Nova Iorque, a 3 de Junho de 1910, e morreu em Ronco sopra Ascona (Suíça), a 23 de Abril de 1990.

Paulette frequentou a Washington Irving High School, em Manhattan, ao mesmo tempo que Claire Trevor, período após o qual decidiu dedicar-se ao mundo artístico. Charles Goddard, o pai, ajudou-a a encontrar trabalhos como modelo, em especial com o Ziegfeld Follies, como uma das “Ziegfeld Girls” entre 1924 e 1928. Conseguiu participar do grupo de coristas ao alegar ter nascido em 1905, o que lhe conferia cinco anos a mais na idade, e a possibilidade de actuar nos palcos da Broadway, com apenas quinze anos de idade.

A sua estreia nos palcos ocorreu na revista de Ziegfeld “No Foolin”, em 1926, e desempenhou um pequeno papel em “Rio Rita”. No ano seguinte, fez sua estreia no palco actuando em “The Unconquerable Male”. Mudou, então, o seu primeiro nome para Paulette, e adoptou o nome de solteira de sua mãe - que também era o sobrenome do seu tio favorito Charles - como seu próprio apelido.

Paulette casou pela primeira vez, aos 16 anos de idade, com o industrial do sector madeireiro Edward James. Em 1929, ainda casada, foi contratada por Hal Roach como extra. Em 1931, depois de se divorciar, foi para Hollywood. Participou do grupo “Goldwyn Girls”, nas comédias musicais de Eddie Cantor, produzidas por Samuel Goldwyn (ex-Samuel Goldfish, da Paramount); “The Kid from Spain” ("O garoto da Espanha"), “Roman Scandals” ("Escândalos Romanos"), “Kid Millions”.

Em 1932, conheceu Charles Chaplin, que a convidou para integrar o elenco de "Modern Times" ("Tempos Modernos"), de 1936, filme que teve um grande sucesso na época. A sua carreira, contudo, não descolou devido aos comentários sobre o seu relacionamento com Chaplin. Casaram-se secretamente nesse mesmo ano, acabando por se separar em 1940.

Ainda antes do lançamento de "The Great Dictator" ("O Grande Ditador"), de Chaplin, em 15 de Abril de 1940, Paulette trabalhou em “The Young in Heart” ("Jovem no Coração") (1938), de David O. Selznick, “Dramatic School” ("Escola Dramática") (1938), da Metro Goldwyn Mayer e “The Women” ("Mulheres") (1939). Por causa do papel de "Miriam Aarons" em “The Women”, foi contratada pelos estúdios Paramount Pictures. Ficou na Paramount até 1949, fazendo 21 filmes, e sendo emprestada para outros estúdios em 4 filmes.

Os anos 40, foram o período em que Paulette mais trabalhou. Após "The Great Dictator" ("O Grande Ditador") (1940), participou no filme de 1942, "Reap the Wild Wind" ("Vendaval de Paixões"), de Cecil B. DeMille e contracenou com Burgess Meredith em "The Diary of a Chambermaid" ("Diário de uma criada de quarto"), de 1946, filme de Jean Renoir para o qual foi "emprestada" pela Paramount.

Foi nomeada para o Óscar uma única vez, na categoria de "Melhor Actriz Secundária" por "So Proudly We Hail!" ("A Legião Branca"), de 1943.  O seu filme de maior sucesso foi "Kitty" (1945), onde interpretou o papel título.

No início dos anos 40, era uma das estrelas top contratadas pela Paramount. No final dos anos 40, entrou em declínio, tendo sido dispensada em 1949. Após sair da Paramount fez, entre 1949 e 1954, entrou em oito filmes como “free-lancer”, entre eles “Anna Lucasta” (1949) e “The Torch” (Do Ódio Nasce o Amor) (1950)
.
Após actuar em alguns filmes série B, abandonou o cinema e foi viver para a Europa, onde casou com o escritor alemão Erich Maria Remarque, no final da década de 1950. Só voltou a filmar em 1972, num filme para televisão "The Snoop Sisters"
.
Paulette foi uma das muitas actrizes que fez o teste para o papel de "Scarlett O'Hara", protagonista do filme "Gone with the Wind" ("E tudo ovento levou"), de 1939, papel que acabou ficando para Vivien Leigh. No mesmo ano actuou com Bob Hope em "The Cat and the Canary" ("O Gato e o Canário"), um filme considerado bastante bom, mas, naturalmente, nunca à altura de "Gone with the Wind".

Após a morte de Remarque, com quem vivia longe do cinema nos arredores de Lugano, no sul da Suíça, Paulette dedicou-se aos negócios com jóias. Ainda aceitou um papel, a de mãe de Claudia Cardinale em "Gli Indifferenti" ("Os Indiferentes"), um filme italiano. O seu último filme, feito para televisão, foi "Snoop Sisters" (também conhecido como "Female Instinct"), para a Universal, em 1972, dirigido por Leonard B. Stern, ao lado de Helen Hayes, Mildred Natwick, Craig Stevens e Jill Clayburn, fazendo um pequeno papel de uma estrela assassinada.

Goddard foi tratada devido a um cancro mama, aparentemente com sucesso, embora a cirurgia tenha sido muito invasiva, tendo o médico tido de retirar várias costelas. Mais tarde, fez a sua recuperação pós-operatória em Ronco, na Suíça, onde morreu após uma doença de curta duração - supostamente um enfizema - vários meses antes do seu 80º aniversário. Está enterrada no cemitério de Ronco, ao lado de Remarque e de sua mãe.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


Tempos Modernos (1936)

 Mulheres (1939)

O Grande Ditador (1940)

O Par Ideal (1940)

Lucrécia Bórgia (1949)