sábado, 22 de fevereiro de 2014

Douglas Sirk (1897–1987)






Douglas Sirk - nascido Hans Detlef Sierck - foi um cineasta alemão que, no entanto, ficou mais conhecido pelo seu trabalho em melodramas de Hollywood na década de 50. Nasceu em Hamburgo (Alemanha), a 26 de Abril de 1900, e morreu em Lugano (Suiça), a 14 de Janeiro de 1987.

Iniciou a sua carreira em 1922, no teatro da República de Weimar, tendo aí dirigido uma produção antecipada de "A Ópera dos três vinténs". Alistou-se na UFA (Universum Film AG), em 1934, mas deixou a Alemanha em 1937 por causa da sua orientação política, para além da sua (segunda) mulher ser judia. 

Tornou-se famoso por ter realizado uma série de exuberantes melodramas, a cores, para a Universal Pictures, entre 1952 e 1958:

No auge da sua carreir sendo um bem sucedido realizador da Universal, deixou os Estados Unidos e o cinema. Morreu em Lugano, quase trinta anos depois, com apenas um breve regresso à cadeira de realizador, na Alemanha, na década de 70.

Curiosamente, a sua própria vida teria dado um excelente melodrama, género que o caracterizou como realizador. A sua primeira mulher era de uma família muito próxima do regime nazi, que então começava a despontar na Alemanha. Sirk, apesar da admiração de Goebbels - ministro da propaganda - não partilhava dessas ideias. Com o divórcio, acabou por nunca mais poder ver o filho. Com o segundo casamento com uma actriz de origens judaicas, Hilde Jary, acabou por ter de abandonar a Alemanha, pressentindo o que estava para acontecer. Tinha sido denunciado pela sua primeira mulher, Lydia Brinken. Durante a II Guerra Mundial, o seu único filho morreu em combate, aos 19 anos, pois, como não podia deixar de ser, tinha ingressado no exército alemão. 

Hoje, Douglas Sirk ocupa um lugar muito especial na história da sétima arte, sendo mesmo considerado um cineasta "autor", título que poucos cineastas - apenas aqueles que tivessem um estilo muito próprio - conseguem atingir. São muitos os cineastas que, posteriormente, o têm vindo a tomar como referência.

Actores como Jane Wyman, Robert Stack, Susan Kohner, Juanita Moore e Dorothy Malone conseguiram nomeações para os óscares pelos seus desempenho em filmes por si realizados Malone ganhou mesmo a estatueta, em 1956, graças ao seu papel na película "Escrito no Vento". Curiosamente, o actor que mais trabalhou com Sirk - Rock Hudson, por oito vezes - nunca foi nomeado para os óscares. 





Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



Sublime Expiação (1954)

O Que o Céu Permite (1955)

Escrito no Vento (1956)

O meu maior pecado (1957)

Imitação da Vida (1959)





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