Friedrich Anton Christian Lang, foi um grande realizador, de origem austríaca, que ficou conhecido como Fritz Lang. Nasceu em Viena, a 5 de Dezembro de 1890 e morreu em Los Angeles, a 2 de Agosto de 1976. Foi um cineasta poli-facetado: além de realizador, foi também argumentista e produtor, tendo dividido a sua carreira entre a Alemanha e Hollywood.
Considerado como um dos mais famosos nomes da escola do expressionismo alemão, Fritz Lang nasceu em Viena, na Áustria, filho de um engenheiro civil, que desejava que o filho seguisse a mesma carreira. Aos 21 anos mudou-se para Munique (1911), onde estudou pintura e escultura.
Fez numerosas viagens - África do Norte, Próximo Oriente, China, Japão…- que lhe desenvolveram o gosto pelos ambientes exóticos que magistralmente retratou nos seus filmes. De regresso à Alemanha, participou na Primeira Guerra Mundial e foi gravemente ferido, tendo perdido um olho. No hospital, onde permaneceu longo tempo, começou a escrever argumentos para Joe May, os quais eram dotados de um forte grafismo, no campo do fantástico e do demoníaco. O êxito desses argumentos levou a que fosse convidado para realizar filmes.
A efervescência cultural, política e social de Berlim no pós-guerra reflectiu-se nas suas primeiras obras. Em 1919, estreou-se na realização com um filme chamado "Halbblut", que se encontra perdido, acerca do qual se sabe muito pouco. Alcançou o primeiro sucesso com "Os Espiões", no mesmo ano da sua estreia.
Em 1921 casou-se com a argumenistta Thea Von Harbou, que escreveu os argumentos de quase todos os filmes da primeira fase da sua carreira. As películas que Lang dirigiu ainda na fase do cinema mudo ficaram para a história como alguns dos maiores expoentes do expressionismo alemão:
O casal foi convidado por Adolf Hitler - por intermédio do Ministro da Propaganda, Joseph Goebbels - para produzir filmes para o Partido Nazi. Hitler era fã de cinema e conta a lenda que a sua decisão de convidar Lang surgiu após ter assistido a "Metropolis" . Enquanto que Thea aceitou a função, Lang fugiu para Paris, onde chegou a produzir filmes antinazis. Em 1934, depois de se ter divorciado de Thea, emigrou para os Estados Unidos.
Começa então a sua fase mais incompreendida. A crítica, que unanimemente tinha enaltecido os seus filmes alemães, era agora também quase unânime a subvalorizar as obras que realizava nos Estados Unidos, argumentando que Lang se teria subjugado aos produtores americanos, desperdiçando o seu talento em filmes comerciais. Só na década de 50 se percebeu a injustiça, quando uma boa parte dessa crítica começou a reconhecer a grande qualidade da maioria dos filmes dirigidos pelo cineasta alemão em Hollywwod. Lang foi um dos primeiros cineastas a dirigir Marilyn Monroe - no filme "Clash by night", de 1952.
No final da década de 1950, regressou à Alemanha e ainda realizou três filmes antes de se reformar. Dois deles retomavam a temática do exotismo. O último foi uma "revisitação" de "Mabuse - Os Mil Olhos do Dr. Mabuse" -, com o qual encerrou a sua carreira.
Actuou ainda no filme O Desprezo, em 1963, de Jean-Luc Godard. Regressou, depois aos Estados Unidos, onde veio a falecer quase cego.
O cineasta deixou uma forte marca na história do cinema, influenciando directores tão significativos como Alfred Hitchcock, Luis Buñuel e Orson Welles.
Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.
T O P F I V E (Recomendado)
Metropolis (1927)
Matou (1931)
O testamento do Dr. Mabuse (1933)
Fúria (1936)
O rancho das paixões (1952)
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