sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Kenji Mizoguchi (1898–1956)




Kenji Mizoguchi foi um realizador e argumentista japonês, nascido em Tóquio, a 16 de Maio de 1898, e falecido em Quioto, a 24 de Agosto de 1956.

Mizoguch era filho de um modesto carpinteiro. Circunstâncias económicas adversas obrigaram o seu pai a vender a sua irmã mais velha para se tornar uma gueixa. Esse acontecimento afectou profundamente a visão de mundo de Mizoguchi ao longo de toda a sua vida. Manteve uma feroz resistência contra o seu pai pelo tratamento que este dava à sua mãe e irmã durante toda a sua vida.

Deixou a escola com treze anos para trabalhar e estudar artes gráficas. O seu primeiro trabalho foi como designer publicitário em Kobe. Estreou-se na indústria cinematográfica em Tóquio, como actor, em 1920. Três anos depois, tornou-se um realizador bastante conceituado da Nikkatsu Corporation.

Os primeiros trabalhos de Mizoguchi foram exploratórios, principalmente adaptações de Eugene O'Neill, Tolstói e remakes do Expressionismo Alemão. Nestes primeiros trabalhos, Mizoguchi trabalhou rapidamente, por vezes produzindo uma série de filmes em semanas. Isso explica como conseguiu realizar mais de cinquenta filmes entre 1920 e 1930, a maioria dos quais se perderam.

Vários dos seus filmes posteriores foram "keiko eiga", ou seja, "filmes propagandísticos", nos quais Mizoguchi explorou as suas "tendências socialistas" e modelou as suas mais famosas marcas e preocupações. Mais tarde, Mizoguchi persistiu em dizer que a sua carreira como "realizador sério" não havia começado até "Sisters of Gion" e "Naniwa Elegy", ambos de 1936.

Nos seus filmes desta época, Mizoguchi começou a ser considerado um realizador neo-realista". Esses filmes eram considerados como documentos sociais de um Japão em transição do feudalismo para o modernismo. "O Conto dos Crisântemos Tardios" (1939) ganhou mesmo um prémio do Departamento de Educação. Tal como os dois filmes inicialmente citados, este último explora o papel secundário da mulher numa sociedade injustamente machista. Durante este tempo, Mizoguchi também desenvolveu a sua famosa aproximação cinematográfica de "um plano por cena".

A meticulosidade e autenticidade do seu cenógrafo Hiroshi Mizutani em muito contribuiu para o uso frequente de "lentes altamente distorcidas" nos filmes de Mizoguchi. Durante a guerra, Kenji foi forçado a "trabalhar" para o governo militar como publicitário; O seu filme mais famoso desta época foi um remake do clássico "Samurai Bushido" chamado "The 47 Ronin" (1941), um drama histórico épico (rekishi geki).

Mizoguchi foi redescoberto no Ocidente particularmente por críticos como Jacques Rivette. Depois de uma fase inspirada pelo sufrágio feminino japonês - que produziu filmes radicais como Victory of the Women (1946) e My Love Has Been Burning (1949);  Mizoguchi voltou-se para o jidai-geki — ou "período dramático", reconstituição de histórias do folclore japonês ou período histórico — juntamente com o escritor, e seu colaborador de longa data, Yoshikata Yoda.

De aproximadamente 100 filmes que desenvolveu, apenas dois — Tailes of the Taira Clan (1955) e Princess Yang Kwei-Fei (1955) — são coloridos. Mizoguchi morreu em Quioto, de leucemia, com 58 anos, na época em que já tinha sido reconhecido como um dos três mestres do cinema japonês, ao lado de Yasujiro Ozu e Akira Kurosawa. De acordo com a sua memória, fez ao todo 75 filmes, embora a maioria dos seus primeiros trabalhos tenham sido perdidos. Em 1975, Kaneto Shindo filmou um documentário sobre Mizoguchi intitulado "Kenji Mizoguchi: The Life of a Film Director".

O trabalho de Mizoguchi é caracterizado pela "protecção da imagem feminina". Foi considerado o primeiro grande realizador feminista, embora o público de hoje possa achar que os seus temas não se "identificam" com o conceito actual de feminismo. Mizoguchi revelou a posição feminina na sociedade japonesa como "humilhante e oprimida", e demonstrou que as mulheres podem ser capazes de actos de maior nobreza que os homens. Fez muitos filmes sobre os "problemas" das gueixas. No entanto, os seus protagonistas podiam ser oriundos de qualquer lugar: prostitutas, trabalhadores, activistas de rua, donas-de-casa e princesas feudais. Os seus filmes têm uma estética remanescente da arte japonesa. Prefere planos longos, encenação pictórica, raramente utilizando o "close up" tão valorizado pelo cinema do Ocidente. Uma cena típica nos seus filmes pode demorar poucos minutos e dar ênfase à luminosidade e ao cenário — tal como o trabalho de Josef von Sternberg. A essa beleza formal somava-se o envolvimento do público com o tema, e à habilidade com que o realizador provocava simpatia pelos protagonistas. As suas melhores obras são extraordinariamente comoventes
.
Ficou conhecida também a obsessão de Mizoguchi por repetições de "takes", que, em muitos casos, se tornaram num pesadelo para as suas actrizes. A sua preferência por planos longos significava que não havia espaço para erros: conta-se que, em alguns casos, chegou a rodar cem takes de um mesmo plano. Kinuyo Tanaka, actriz que trabalhou regularmente com Mizoguchi, relatou que certa vez Mizoguchi lhe pediu que lesse uma "verdadeira biblioteca", como preparação para um papel.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



As Irmãs de Gion (1936)

O Conto dos Crisântemos Tardios (1939)

A Vida de O'Haru (1952)

Contos da Lua Vaga (1953)

O Intendente Sansho (1954)






Barbara Stanwyck (1907–1990)





Barbara Stanwyck - nascida como Ruby Stevens em Brooklyn (Nova Iorque), a 16 de Julho de 1907 e falecida em Santa Mónica (Califórnia), a 20 de Janeiro de 1990 - foi uma premiada actriz norte-americana de cinema e televisão.

Barbara era a mais nova de cinco irmãos. Ficou órfã de mãe aos dois anos e, pouco depois, o pai abandonou a família, indo trabalhar na zona do Canal do Panamá. Foi criada, alternadamente, por uma família amiga e pela irmã corista, Mildred, em Brooklyn.

Entre os oito e os onze anos, viajava nas férias com a irmã Mildred, assistindo aos seus shows. Aos 11 anos, foi morar com um casal de origem judaica, sem filhos, os Harold Cohens, de Flatbush, onde experimentou a afeição pela primeira vez. Com a gravidez da Sr.ª Cohen, porém, foi novamente rejeitada. Deixou a escola aos 13 anos, apesar de a Escola Superior Erasmus Hall, no Brooklyn, a registar como "diplomada com distinção".

Começou a trabalhar, omitindo a sua idade, numa grande loja em Brooklyn, tendo, posteriormente, trabalhado para a Companhia Telefónica de Nova York. Nessa alyurra, dividia um apartamento com Maude Groodie,, uma actriz de vaudeville, sua amiga dos tempos em que viajava com a irmã Mildred.

Assim, não admira que, aos quinze anos, se tenha tornado também corista, passando a actuar em cabarés de Nova York, contratada por Billy Crisp e Earl Lindsay. Em 1926, um amigo apresentou-a a Willard Mack, produtor e realizador, que a contratou para um dos seus shows. Participou em "The Noose", que teve 197 apresentações no Teatro Hudson, e mudou o seu nome para Bárbara Stanwyck, por sugestão de Willard, que juntou o nome de uma peça ("Barbara Fritchie"), com o nome da actriz que a interpretava (Jane Stanwick), alterando o apelido, mais tarde, para Stanwyck. O sucesso foi enorme: nascia, assim, Barbara Stanwyck que, no futuro, viria a ser uma lenda de Hollywood.

Em 1927, protagonizou "Burlesque", já como "estrela": a peça teve 338 apresentações. Os direitos da peça foram, entretanto, comprados pela Paramount que a tencionava adaptar para o cinema. Assim, em 1929, "rebaptizada" para "The Dance of Life", a peça estreia no grande ecrã.. No entanto, Barbara foi "substituída" por outra actriz, Nancy Carroll.

No entanto, com a perspectiva de ser estrela de cinema, desde 1927, que Barbara se tinha deslocado para Hollywood. Estreou-se em "Broadway Nights" ("Noites da Broadway), sem grande relevo para a sua carreira. Em 1929, estrelou The Locked Door ("Entre Portas Fechadas"), que foi um fracasso na época. Alcança o sucesso, mais tarde, ao trabalhar com Frank Capra em "Ladies of Leisure ("A Flor dos Meus Sonhos"), em 1930.

Barbara foi casada duas vezes. A primeira com Frank Fay que, convencido do seu talento como actriz, a levou para Hollywood em 1930 e lhe conseguiu alguns testes. O casal adoptou um rapaz, John Charles Green, a quem passaram a chamar Dion Anthony Fay. Pouco depois, o casal separou-se, iniciando uma longa luta judicial pela custódia do filho, que veio a ser atribuída a Bárbara. Dion faleceu em 1961.

O segundo casamento foi com o actor Robert Taylor, em 1939, e durou 11 anos, até 14 de Dezembro de 1950, altura em que Bárbara prometeu a si própria, e cumpriu, nunca mais casar.

Dois dos seus papéis mais marcantes e que lhe valeram dois prémios Emmy de televisão foram a matriarca da série "Big Valley", na década de 60, e a fazendeira Mary Carson em "Pássaros Feridos", produzida em 1983. Teve quatro nomeações para o Óscar, mas acabou por apenas ganhar um honorário, pelo conjunto da sua obra, em 1982.

Barbara morreu de insuficiência cardíaca, aos 82 anos, no St. John's Hospital, tendo ao seu lado Nancy Sinatra, sua grande amiga. O corpo da actriz foi cremado, e suas cinzas espalhadas em Lone Pine, Califórnia nos Estados Unidos.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



As Três Noites de Eva (1941)

Um João Ninguém (1941)

Bola de Fogo (1941)

Pagos a Dobrar (1944)

A Vida por um Fio (1948)




quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Bing Crosby (1903–1977)





Bing Crosby foi um cantor e actor norte-americano. É considerado um dos maiores cantores populares do século XX. Nasceu em Tacoma (Washington), a  3 de Maio de 1903, e morreu em Madrid (Espanha), a \14 de Outubro de 1977, vítima de um ataque cardíaco que sofreu enquanto jogava golfe.

Nascido Harry Lillis Crosby, auto-apelidou-se de Bing inspirado na personagem Bingo de uma série de banda desenhada, então publicada num jornal: "The Bingsville Bugle . Formado em Direito, abandonou a carreira de advogado para tocar bateria e cantar. Formou um trio e percorreu os Estados Unidos, de uma costa à outra, no final da década de 20.

Em 1930, apareceu pela primeira vez no cinema participando no filme "O Rei do Jazz". A sua primeira gravação a solo ocorreu logo depois, em 1931, com "I Surrender Dear". A partir daí assinou contrato com rádios e gravou mais de 300 músicas até ao final da década de 50, transformando-se no cantor mais popular dos Estados Unidos nas décadas de 30 e 40.

No cinema, Bing Crosby formou uma dupla famosa, numa linha mais cómica, com Bob Hope nos anos 40. Brilhou em vários filmes tendo mesmo, com "O Bom Pastor", ganho o Óscar de melhor actor em 1944,.

São muitos os filmes por onde espalhou o seu talento e charme: "Os Sinos de Santa Maria", "A Caminho do Rio", "Anjos e Piratas", "Natal Branco", "Amar é Sofrer", "Alta Sociedade), "Dizem que é Amor", "Robin Hood de Chicago" e "A Última Diligência".

Bing imortalizou a canção "White Christmas" de tal forma que, ainda hoje, a sua voz é sinónimo de Natal. Na sua vida particular, era também um hábil pescador e caçador. Na esfera familiar casou duas vezes e teve sete filhos, três deles com a também atcriz Kathryn Grant, a sua segunda esposa.

Recebeu três nomeações ao Óscar de Melhor Actor, por "O Bom Pastor" (1944), "Os Sinos de Santa Maria" (1945) e "Amar é Sofrer" (1954). Ganhou apenas um ( "O Bom Pastor").

Curiosidades sobre Bing Crosby um dos actores/cantores mais queridos de sempre pelo público norte-americano

- O nome artístico Bing, por si escolhido, foi retirado da tira de banda desenhada "The Bingsville Bugle", cujo personagem principal tinha orelhas grandes como as suas.

- Iniciou a sua carreira artística como baterista de um pequeno conjunto, ainda na universidade.

- Os seus primeiros trabalhos no cinema foram como integrante do conjunto Rhythm Boys

- Fez muito sucesso no cinema, criando uma famosa dupla com o actor Bob Hope
.
- Foi o cantor mais popular dos Estados Unidos na década de 30.

- Foi a 1ª opção para interpretar o famoso detective Columbo, na homónima série televisiva, mas recusou a proposta.

- Foi o 1º actor a receber nomeações ao Óscar pelo mesmo personagem em dois filmes diferentes: o padre Chuck O'Malley em "O Bom Pastor" e "Os Sinos de Santa Maria".

- Faleceu vítima de enfarte, sofrido enquanto jogava uma partida de golf, em Madrid.

- No seu testamento estabeleceu uma estranha e inédita (?) regra: nenhum dos seus filhos poderia tocar no dinheiro deixado pela herança até que atingisse 65 anos. Seria uma espécie de "complemento de reforma"?

- Possui uma estrela no Passeio da Fama, localizada em 1615 Vine Street.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


15 Dias de Prazer (1942)

O Bom Pastor (1944)

Oiro!!! (1946)

Natal Branco (1954)

Alta Sociedade (1956)





terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Frank Capra (1897 - 1981)






Francesco Rosario Capra, mais conhecido como Frank Capra - nascido em Bisacquino (Itália), a 18 de Maio de 1897 e falecido em La Quinta (Califórnia), a 3 de Setembro de 1991 - foi um popular cineasta norte-americano.

Ficou conhecido por ter ganho 3 Oscares de Melhor realizador em 1934, 1936 e 1938, 2 Óscares de Melhor Filme 1934 (co-produtor) e 1938 (produtor único), e 1 Óscar de Melhor Documentário em 1943. Também ganhou o Globo de Ouro de Melhor realizador em 1946. Foi presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de 1935 a 1939.

Frank foi o sexto filho de um camponês plantador de limão e laranja, Salvatore Capra, que teve sete filhos. Em 1898, o irmão mais velho, Ben, saiu de casa, aos 16 anos, sem aviso e, após cinco anos, a família, que era toda analfabeta, recebeu uma carta de Los Angeles, assinada por Morris Orsatti. A carta, que precisou de ser lida pelo padre local, informava que Ben estava em Los Angeles e não iria voltar. Ben embarcara num cargueiro grego e, após ter passado por várias aventuras, trabalhando inclusive como escravo, acabou chegando a Los Angeles, onde conheceu Morris Orsatti, que escreveu aos pais de Ben, dado também ele ser analfabeto.

Em Abril de 1903, os pais e quatro dos irmãos de Ben - entre os quais Frank, que tinha então seis anos - emigraram para Los Angeles. Frank passou a infância a estudar e a vender jornais na rua. Contra a vontade dos pais, Frank ingressou na Escola Superior de Trabalhos Manuais. Durante os estudos, Frank trabalhou sempre, vindo a naturalizar-se cidadão dos Estados Unidos em 1920.

Em 1918, Frank formou-se em engenharia química, no Troop Polytechnic Institute, mas devido ao período de guerra, não conseguiu emprego. Sobreviveu então vendendo livros, fotografias e quinquilharias, até que soube que o Ginásio Israelita do Golden Gate Park, em San Francisco, ia ser transformado num estúdio cinematográfico. Após alguns dias, Frank já estava a realizar o seu primeiro filme, "A pensão de Fultah Fisher" ("Fultah Fisher’s Boarding House"), lançado pela Pathé em 1922.

Após ter realizado o seu primeiro filme, em 1922, Capra trabalhou num laboratório de San Francisco, e, um ano depois, partiu para Hollywood, onde trabalhou como "criador de situações para comédias", evoluindo depois para escritor das comédias.

Foi então contratado por Mack Sennett, de novo como "criador de situações cómicas", destinadas a um comediante que então despontava: Harry Langdon. Posteriormente, Capra acompanhou Langdon - que fundara a sua própria companhia - tendo então trabalhado com o realizador Harry Edwards na comédia "O andarilho" de 1926,, na First National, com Joan Crawford em início de carreira.

Dirigiu depois "Atleta à Força" ("The strong man"), em 1926, e mais uma série de comédias que, dado terem tido pouco sucesso, o levaram na ficar desempregado.

Com a segunda guerra mundial, Capra é chamado para realizar alguns "documentários de propaganda", que foram eficazes e muito apreciados. Assim, a 15 de Junho de 1945, recebeu das mãos do general George C. Marshall a Medalha por "Serviços Notáveis", dado os seus filmes terem contribuído para a  consciencialização dos soldados para a importância de sua luta. Por recomendação de Winston Churchill, foi agraciado, igualmente, com a Ordem do Império Britânico.

Após a guerra, Capra fundou a Liberty Films, juntamente com os realizadores William Wyler e George Stevens, e o produtor Samuel Briskin, que, em 1950, foi vendida á Paramount.

Frank Capra escreveu a sua autobiografia, intitulada "The name above the title. Morreu em consequência de ataque cardíaco, em 1991, enquanto dormia. Foi sepultado no Coachella Valley Public Cemetery (Califórnia). Possui uma estrela no Passeio da Fama, localizada em 6614 Hollywood Boulevard.

Frank Capra teve 15 nomeações aos óscares, tendo ganho 6 estatuetas: 3 como realizador, 2 como produtor e 1 como realizador de documentário, como a tabela abaixo descrimina.

AnoCategoriaFilmeResultado
1933Melhor FilmeLady for a DayIndicado
1933Melhor DiretorLady for a DayIndicado
1934Melhor FilmeIt Happened One NightVenceu
1934Melhor DiretorIt Happened One NightVenceu
1936Melhor FilmeMr. Deeds Goes to TownIndicado
1936Melhor DiretorMr. Deeds Goes to TownVenceu
1937Melhor FilmeLost HorizonIndicado
1938Melhor FilmeYou Can't Take It with YouVenceu
1938Melhor DiretorYou Can't Take It with YouVenceu
1939Melhor FilmeMr. Smith Goes to WashingtonIndicado
1939Melhor DiretorMr. Smith Goes to WashingtonIndicado
1943Melhor DocumentárioPrelude to WarVenceu
1944Melhor DocumentárioThe Battle of RussiaIndicado
1946Melhor FilmeIt's a Wonderful LifeIndicado
1946Melhor DiretorIt's a Wonderful LifeIndicado

Teve também duas nomeações para os Globos de Ouro, tendo ganho um.

AnoCategoriaFilmeResultado
1946Melhor DiretorIt's a Wonderful LifeVenceu
1961Melhor Filme - Musical ou ComédiaPocketful of MiraclesIndicado



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



Uma Noite Aconteceu (1934)

Doido com Juízo (1936)

Peço a Palavra (1939)

O Mundo É Um Manicómio (1944)

Do Céu Caiu Uma Estrela (1946)





segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Rosalind Russell (1907 - 1976)





Katherine Rosalind Russell foi uma actriz norte-americana, nascida em Waterbury (Connecticut), a 4 de Junho de 1907, e falecida em Los Angeles (Califórnia), a 28 de Novembro de 1976.

O nome Rosalind foi escolhido pelos seus pais depois de terem efectuado uma viagem no navio S.S. Rosalind. Apesar de ter sido educada num convento, Rosalind beneficiou, por parte dos seus pais, de grande liberdade, para os parâmetros da época: pode tomar as suas próprias decisões desde muito jovem. A mãe sempre desejou que ela fosse actriz. Para tal, estudou na Academia Americana de Arte Dramática.

A carreira de Rosalind Russell nunca passou pela Broadway, tendo tido entrada directa para o cinema, em 1934, ao ser convidada para trabalhar por dois grandes estúdios de Hollywood. O seu primeiro sucesso ocorreu em 1936, no filme "Mulher sem Alma". Durante algum tempo foi apenas convidada para desempenhar papéis dramáticos. No entanto, no final da década de 30, fez duas comédias de muito sucesso: "Mulheres" (1939), dirigida por George Cukor, e "O grande escândalo" (1940), de Howard Hawks.

Em 1948, juntamente com o seu marido (Frederick Brisson), fundou a Independent Artists, produtora que, naturalmente, viria a ser responsável por grande parte dos seus filmes. 

Em 1953, estreou-se, finalmente, na Broadway com a peça "Wonderful Town", o que lhe permitiu ganhar um prémio Tony (galardão que está,para o teatro, assim como o Óscar está para o cinema).

Em 1955, voltou a brilhar, ainda que num papel secundário, no filme "Picnic", de Joshua Logan, que tinha como protagonistas William Holden e Kim Novak. O seu desempenho como uma solteirona frustrada que bebia demais e fazia escândalo num piquenique ficou para a história do cinema. O estúdio quis "candidatá-la" ao Óscar de melhor actriz secundária, mas Rosalind não aceitou ser "proposta" nessa categoria "menos importante".

A actriz foi casada durante 35 anos com o produtor Frederick Brisson, com quem teve seu único filho em 1943. Russel morreu aos 69 anos, após uma longa batalha contra um cancro de mama. Encontra-se sepultada no Cemitério de Santa Cruz, Culver City, (Califórnia), nos Estados Unidos.

Rosalind "concorreu" quatro vezes ao Óscar de melhor actriz, mas acabou por ganhar apenas o Prémio Humanitário Jean Hersholt, pelas suas obras de caridade, em 1972. No entanto, ganhou cinco vezes o Globo de Ouro de melhor actriz.





Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.



T O P    F I V E   (Recomendado)



O Grande Escândalo (1940)

Sublime Abnegação (1946)

Uma Tia dos Diabos (1958)

Gypsy (1962)

Anjos rebeldes (1966)





domingo, 23 de fevereiro de 2014

Clark Gable (1901 -1960)






William Clark Gable foi um dos mais populares actores do cinema norte-americano. Nasceu em Cadiz (Ohio), a 1 de Fevereiro de 1901 e morreu em Los Angeles (Califórnia), a 16 de Novembro de 1960.

Em 1999, o prestigioso Instituto Americano de Cinema considerouou-o como a sétima maior estrela masculina do cinema de todos os tempos.

Gable era filho do fazendeiro e perfurador de petróleo William Henry Gable e de Adeline Hepshelman, descendente de alemães e irlandeses. O verdadeiro apelido do pai de Clark era Goebel, mas foi "anglicizado", nos Estados Unidos, para Gable. O departamento de publicidade da MGM "criou" a ideia de que Gable era descendente de holandeses e irlandeses, e não de alemães, devido à ascendência do nazismo na época do sucesso de Gable, facto que poderia sugerir proximidade com o nome de Joseph Goebbels. Clark era o sobrenome de solteira da sua avó.

Com alguns meses de vida, Clark perdeu a sua mãe, devido à fragilidade, às condições do parto que a debilitaram, e à epilepsia. Há a probabilidade de ela ter falecido de um tumor cerebral. Antes de morrer, a mãe batizou-o na religião católica, mas após sua morte, o lado paterno da família não aceitou tal baptismo, o que originou problemas com a família de Adeline, que só foram resolvidos quando o pai mandou Clark morar com o tio materno, Charles Hershelman, em Vernon, na Pensilvânia. 

Até aos dois anos, Clark esteve sob cuidados dos tios maternos, tendo então o seu pai acabado por o levar de volta para Hopedale (Ohio). O pai tinha casado novamente, em Abril de 1903, com a chapeleira Jannie Dunlap, mulher culta e gentil, que criou Clark como se fosse seu filho.

Gable estudou na Hopedale Grade School, e depois na Edinburg High School. Na escola, fez parte de uma equipa desportiva, para além de tocar trompete. Um dos seus amigos, Andy Means, tinha conseguido emprego numa fábrica de pneus, B. F. Goodrich, em Akron, e Gable resolveu acompanhá-lo, abandonando os estudos aos dezasseis anos.

Em Akron, assistiu à peça "The Bird of Paradise", e decidiu que queria ser actor. Conseguiu um pequeno trabalho, à noite, na companhia teatral, como "moço de recados". Passado um ano, a sua madrasta morreu e Clark, acompanhado do pai, foi a contragosto para os campos petrolíferos de Tulsa. Chegou a trabalhar nos poços de petróleo, e como domador de cavalos, mas nunca deixou de lado a sua ideia de se tornar actor.

Com 21 anos, herdou do avô 300 dólares. Abandonou os negócios do pai, e foi para Kansas City. O pai, frustrado, chegou a ficar dez anos sem falar com Clark
.
Em Kansas City, Clark integrou uma companhia de teatro ambulante, a Jewell Players, que acabou por se dissolver, passados dois meses.Partiu então para o estado do Oregon,onde chegou a ser vendedor de gravatas numa loja, Meier & Frank. Um colega da loja, Earle Larrimore, juntou-se a um pequeno grupo de teatro de partida para Astoria, e Gable decidiu acompanhá-lo. Uma das integrantes do grupo, a actriz Franz Dorfler, apaixonou-se por ele, e chegaram a ficar noivos, não chegando,no entanto, a casar. Posteriormente, Dorfler escreveria um artigo intitulado "Eu fui namorada de Billy Gable", publicado no livro "The Films of Clark Gable", de Gabe Essoe.

Em Portland (Oregon), Gable trabalhou para um jornal e para a companhia telefónica local, enquanto tinha lições de canto. Filiou-se a outro grupo de teatro, dirigido pela ex-atriz Josephine Dillon, 14 anos mais velha que ele, mas que o influenciaria muito. Josephine ensinou-lhe postura, entoação, representação, financiou o "arranjo" dos seus dentes e "corrigiu" o seu estilo de cabelo, preparando-o para uma futura carreira cinematográfica.

Em 1924, quando Josephine Dillon foi para Hollywood, Gable acompanhou-a e, a 13 de Dezembro daquele ano, acabaram por casar. Foi nessa altura que trocou o seu nome de W. C. Gable para Clark Gable". Com a influência de Josephine, conseguiu participação como figurante em filmes como The Plastic Age (1925), estrelado por Clara Bow, "Forbidden Paradise" e uma série intitulada "The Pacemakers".

Entre 1927 e 1928, Gable actuou com a Laskin Brothers Stock Company, em Houston, onde fez diversos papéis, ganhando considerável experiência e tornando-se num ídolo local. Gablefoi então, para Nova Iorque e conseguiu trabalho na Broadway. O Morning Telegraph escreveu sobre ele: "He's young, vigorous and brutally masculine".

Em 1930, após uma impressionante actuação como Killer Mears na peça "The Last Mile", lançada pela sua esposa, em Los Angeles, Gable teve óptima recepção da crítica, o que lhe angariou vários testes para o cinema. Um desses testes ficou famoso, quando Darryl F. Zanuck o testou para o papel de "Little Caesar", em 1931, e o rejeitou, alegando: "Não serve para o Cinema. As orelhas são grandes e parece-se com um macaco".

No entanto, a agente Minna Wallis viu o teste e ficou bem  impressionada, levando-o para a Pathé, O seu primeiro papel num filme sonoro foi o de vilão num western de William Boyd "The Painted Desert", em 1931. Por essa altura, passou a receber diversas cartas de fãs, em resultado de sua voz e actuação.

Gable despertou então o interesse da MGM, que resolveu confiar-lhe um papel em "The Easiest Way"(1931), ao lado de Constance Bennett, Robert Montgomery e Anita Page. O seu nome, porém, era o último do elenco. O seu sucesso fez com que a MGM renovasse o seu contrato por mais dois anos.

Após alguns papéis de vilão em diversos filmes, Gable alcançou fama como o marginal de "A Free Soul" ("Uma Alma Livre"), em 1931, quando dominou o filme, ao lado de Norma Shearer. Houve mesmo tentativas do então marido da actriz, o produtor Irving Thalberg,, a tentar modificar o argumento "distanciando-o" de Shearer o mais possível.

Louis B. Mayer e o diretor de publicidade Howard Strickling - que se tornaria num dos grandes amigos de Gable - tiveram a ideia de lançar um novo tipo de galã, movido menos pelo romantismo e mais pelo cinismo, domínio e sex-appeal agressivo, características mais compatíveis com o período de violência e agitação da Grande Depressão. Gable abriu as portas, portanto, para outros heróis do período, tais como James Cagney, Humphrey Bogart, Spencer Tracy e George Raft.

Em 1933, devido às suas insubordinações e tentativas de escolher ele próprio os seus papéis, Gable foi "emprestado", como "castigo", para a então modesta Columbia, para o papel do repórter Peter Wayne no premiado "Aconteceu uma noite" ("It Happened One Night"), de Frank Capra, o qual lhe valeu o Óscar de actor. Robert Montgomery tinha sido a primeira escolha, antes, para o papel de Wayne, mas recusou-o por achar o "argumento pobre".Sobre a actuação de Gable neste filme há uma lenda que persiste até hoje: Gable exerceu um profundo efeito sobre a moda masculina da época, quando, neste filme, apareceu numa cena em tronco nu, contrariando o costume então vigente. Vendedores de roupas masculinas de todo o país confirmaram que houve uma queda na venda de camisas nesse período.

Gable, transformado por Capra em grande comediante, fugia assim do estereótipo de galã que até então utilizara, transformando-se no galã romântico que viria a ser a sua "imagem de marca".

Mas ainda estava para interpretar o grande papel da sua vida. Apesar da sua relutância inicial em desempenhar o papel de Rhett Butler em "Gone With the Wind" ("E tudo o Vento Levou"), em 1939, é com este papel que consagra, definitivamente, Gable na história do cinema  Rhett Butler, para além de ter sido o "papel da sua vida", valeu-lhe uma nova nomeação ao Óscar. Carole Lombard, a sua esposa, que sonhava ser escolhida para o papel de Scarlett O'Hara, terá sido a primeira a aconselhá-lo a aceitar. No entanto, apesar de Gable ter aceite o papel, Carlole viu a sua desejada personagem fugir para uma então "quase desconhecida" actriz inglesa que dava pelo nome de Vivien Leigh.

Diz a lenda que a primeira escolha para o papel de Rhett tinha recaído em Errol Flynn, mas que, mercê de uma espécie de "votação" do público "promovida"pela revista Photoplay que apontava Gable como o actor mais desejado para esse papel, os responsáveis do estúdio terão então optado por o contratar. No entanto, as negociações foram complicadas, tendo o produtor pago 40 milhões de dólares à MGM, com quem Gable tinha contratado, para que esta produtora o "emprestasse" para este mítico filme que se viria a tornar num dos maiores clássicos da história da sétima arte.

O último filme de Clark Gable foi The Misfits ("Os Inadaptados"), em 1960 - escrito por Arthur Miller e realizado por John Huston - tinha no elenco Marilyn Monroe e Montgomery Clift. Este filme foi, curiosamente, também, o último filme para estes dois actores. Fica assim na "história" como uma espécie de "filme maldito"...

Dez dias depois de rodar este filme, rodado no deserto sob altas temperaturas, Gable sofreu um enfarte de miocárdio e morreu, vindo a ser sepultado no mausoléu que mandara construir para a sua esposa Carole Lombard e a mãe que, anos antes, tinham morrido num acidente de aviação, perto de Las Vegas. Amigos do actor dizem que ele nunca tinha conseguido recuperar dessa irreparável perda. 

Ao longo de sua carreira de 30 anos, Gable fez 67 filmes, excluídas as "figurações" que efectuou em alguns filmes ainda na época do cinema mudo.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.



T O P    F I V E   (Recomendado)



Uma Noite Aconteceu (1934)

Revolta na Bounty (1935)

E Tudo o Vento Levou (1939)

Mogambo (1953)

Os Inadaptados (1961)



sábado, 22 de fevereiro de 2014

Douglas Sirk (1897–1987)






Douglas Sirk - nascido Hans Detlef Sierck - foi um cineasta alemão que, no entanto, ficou mais conhecido pelo seu trabalho em melodramas de Hollywood na década de 50. Nasceu em Hamburgo (Alemanha), a 26 de Abril de 1900, e morreu em Lugano (Suiça), a 14 de Janeiro de 1987.

Iniciou a sua carreira em 1922, no teatro da República de Weimar, tendo aí dirigido uma produção antecipada de "A Ópera dos três vinténs". Alistou-se na UFA (Universum Film AG), em 1934, mas deixou a Alemanha em 1937 por causa da sua orientação política, para além da sua (segunda) mulher ser judia. 

Tornou-se famoso por ter realizado uma série de exuberantes melodramas, a cores, para a Universal Pictures, entre 1952 e 1958:

No auge da sua carreir sendo um bem sucedido realizador da Universal, deixou os Estados Unidos e o cinema. Morreu em Lugano, quase trinta anos depois, com apenas um breve regresso à cadeira de realizador, na Alemanha, na década de 70.

Curiosamente, a sua própria vida teria dado um excelente melodrama, género que o caracterizou como realizador. A sua primeira mulher era de uma família muito próxima do regime nazi, que então começava a despontar na Alemanha. Sirk, apesar da admiração de Goebbels - ministro da propaganda - não partilhava dessas ideias. Com o divórcio, acabou por nunca mais poder ver o filho. Com o segundo casamento com uma actriz de origens judaicas, Hilde Jary, acabou por ter de abandonar a Alemanha, pressentindo o que estava para acontecer. Tinha sido denunciado pela sua primeira mulher, Lydia Brinken. Durante a II Guerra Mundial, o seu único filho morreu em combate, aos 19 anos, pois, como não podia deixar de ser, tinha ingressado no exército alemão. 

Hoje, Douglas Sirk ocupa um lugar muito especial na história da sétima arte, sendo mesmo considerado um cineasta "autor", título que poucos cineastas - apenas aqueles que tivessem um estilo muito próprio - conseguem atingir. São muitos os cineastas que, posteriormente, o têm vindo a tomar como referência.

Actores como Jane Wyman, Robert Stack, Susan Kohner, Juanita Moore e Dorothy Malone conseguiram nomeações para os óscares pelos seus desempenho em filmes por si realizados Malone ganhou mesmo a estatueta, em 1956, graças ao seu papel na película "Escrito no Vento". Curiosamente, o actor que mais trabalhou com Sirk - Rock Hudson, por oito vezes - nunca foi nomeado para os óscares. 





Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



Sublime Expiação (1954)

O Que o Céu Permite (1955)

Escrito no Vento (1956)

O meu maior pecado (1957)

Imitação da Vida (1959)





sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Katharine Hepburn (1907–2003)




Katharine Houghton Hepburn foi uma das mais importantes actrizes norte-americanas, nascida em Hartford, (Connecticut) a 12 de Maio de 1907, e falecida em Old Saybrook (Connecticut), a 29 de Junho de 2003. A carreira de Hepburn é considerada uma das mais famosas de Hollywood e durou por mais de 60 anos. Trabalhou em diversos géneros cinematográficos, da comédia ao drama, e recebeu quatro Óscares de Melhor Actriz, um recorde válido até aos nossos dias.

Criada no Connecticut por pais ricos e progressistas, Hepburn começou a actuar enquanto estudava na Bryn Mawr College. Depois de quatro anos no teatro, críticas favoráveis ao seu trabalho na Broadway trouxeram-lhe a atenção de Hollywood. O seus primeiros anos na indústria cinematográfica foram marcados por vários sucessos, incluindo um Óscar pela sua actuação em "Morning Glory" (1933. No entanto,, a este filme seguiram-se uma série de fracassos comerciais. Em 1938, foi mesmo rotulada como "veneno de bilheteira". 

Na década de 40, foi contratada pela Metro-Goldwyn-Mayer, tendo a sua carreira sido focada numa "parceria" com Spencer Tracy.

Hepburn alcançou grande sucesso na segunda metade de sua vida, tendo actuado em várias produções baseadas em peças de Shakespeare. Conseguiu a aprovação do público e crítica, representando papeis de "mulheres de meia-idade", como em "Rainha africana" (1951). Ganhou, mais tarde, mais três Óscares, pelo seu trabalho em "Adivinhe Quem Vem Para Jantar"  (1967,) "O Leão no Inverno" (1968) e em "A Casa do Lago" (1981. 

Na década de 70, começou a aparecer em filmes de televisão, que se tornaram no foco de sua carreira mais tarde. Permaneceu activa até à sua velhice e morreu em 2003, com 96 anos. Em 1999, foi nomeada pelo American Film Institute como a maior estrela feminina de todos os tempos.





Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


Duas Feras (1938)

Casamento Escandaloso (1940)

A Rainha Africana (1951)

O Leão no Inverno (1968)

A Casa do Lago (1981)





quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Gary Cooper (1901–1961)





Gary Cooper foi um actor norte-americano nascido em Helena (Montana), a 7 de Maio de 1901 e falecido em Los Angeles (California), a 13 de Maio de 1961.

Por duas vezes foi vencedor do Óscar de melhor actor. A sua carreira durou desde a década de 20 até ao ano de sua morte, tendo actuado em 118 filmes. Ficou conhecido pelo seu estilo "durão" de actuação, bem como pelos vários papéis que teve em westerns.

A "queda" para westerns teve naturais influências da sua juventude. Desde criança que ajudava o seu pai a cuidar do rancho da família. Durante a infância também passou uma temporada em Inglaterra com a sua mãe e irmão. De volta aos EUA continuou a ajudar o pai no rancho. Até que entrou para a faculdade, onde teve o primeiro contacto com a arte da representação. 

Em 1925, começou a participar como extra em produções de Hollywood, até que, em 1926, conseguiu o seu primeiro papel como actor coadjuvante/(= secundário), começando assim a sua brilhante carreira no mundo do cinema.

Cooper foi casado apenas uma vez - com Sandra Shaw - de 1933 até à sua morte em 1961.. Apesar de ter sido casado durante todo esse tempo,, Cooper ficou famoso pela sua extensa lista de amantes ao longo da sua vida.

Em 1960, foi submetido a duas cirurgias devido a problemas oncológicos na próstata e no cólon. Os médicos acreditavam que ele estava curado, até que, em 1961, quando estava filmando em Inglaterra, o actor começou a sentir fortes dores no pescoço e no ombro. Após uma consulta descobriu que o cancro se tinha espalhado para o pulmão e para os ossos. Cooper,optou por não fazer mais intensos tratamentos e acabou por falececer nesse mesmo ano, aos 60 anos de idade. Encontra-se sepultado em Sacred Hearts of Jesus & Mary R.C. Cemetery, Condado de Suffolk, (Nova Iorque).

Ao longo da sua carreira foi nomeado por cinco vezes ao Óscar de melhor actor, tendo ganho em duas delas:

- Doido com juízo (1936)

- Sargento York (1941) - Vencedor

- O Ídolo 1942)

- Por quem os sinos dobram (1943)

- O comboio apitou três vezes (1952) - Vencedor

Recebeu ainda, em 1961, um Óscar Honorário pelo conjunto da sua carreira.

Em 1999, o American Film Institute considerou Cooper como o décimo-primeiro maior actor de todos os tempos.





Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.



T O P    F I V E   (Recomendado)



 Doido com Juízo (1936) 

Sargento York (1941)

Um João Ninguém (1941)

O Comboio Apitou Três Vezes (1952)

Sublime Terntação (1956)





quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Howard Hawks (1896 - 1977)





Howard Winchester Hawks foi um cineasta, realizador, produtor e escritor da era clássica do cinema de Hollywood. Nasceu em Goshen (Indiana), a 30 de Maio de 1896 e morreu em Palm Springs (Califórnia), a 26 de Dezembro de 1977. Apesar do merecido reconhecimento pelo seu trabalho ainda em vida, apenas o tempo veio a render a Hawks um lugar destacado na história do cinema. Críticos e estudiosos da área apontam- no mesmo como um dos grandes génios da sétima arte, analisada a sua imensa obra.

Hawks ficou conhecido pela sua versatilidade como realizador, tendo sido autor de comédias, dramas, westerns ou épicos, mas sempre com o mesmo nível de qualidade e talento. Fez 42 filmes, mas jamais ganhou um Óscar. Antes de estrear na realização, em 1942, com "O Caminho da Glória", foi camionista, piloto, ascensorista, montador de películas e argumentista.

O crítico Leonard Maltin considerou Hawks como "o maior realizador americano cujo nome não é a marca de um electrodoméstico". De fatco, ainda que a sua obra não seja tão valorizada quanto a de Ford, Welles, Hitchcock, Chaplin, Fellini, Kubrick, Kurosawa, Bergman, Truffaut, Godard,, Allen, Spielberg e Eisenstein, não deixa, no entanto, de ser considerado um cineasta de primeira categoria, um dos maiores vultos do cinema mundial e um dos mais amados pelos cinéfilos.

Hawks tinha tendência a inventar histórias sobre o meio cinematográfico, de forma a inflacionar as suas próprias contribuições na sétima arte. Uma destas histórias sustentava que, em conversa com Ernest Hemingway, lhe tinha dito que conseguiria fazer um bom filme com o pior que Hemingway alguma vez tivesse escrito. O escritor terá desafiado Hawks a realizar um filme baseado em "To Have and Have Not" (Ter ou não ter) - um dos grandes clássicos de Hawks.

Morreu, aos 81 anos, na sequência de uma violenta queda sofrida na sua própria casa.

Pelas suas contribuições para a indústria cinematográfica, Howard Hawks tem a sua estrela no Passeio da Fama em 1708 Vine Street.

Foi um dos cineastas - juntamente com D.W. Griffith, Charles Chaplin, Satyajit Ray e Vincente Minnelli - a ser homenageados por Jean-Luc Godard no seu filme "O Desprezo".




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



Duas Feras (1938)

O Grande Escândalo (1940)   

À Beira do Abismo (1946)

Os homens preferem as louras\ (1953)

Rio Bravo (1959)





terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Janet Gaynor (1906 - 1984)




Janet Gaynor, nascida Laura Augusta Gaynor, foi uma actriz americana, nascida em Filadélfia (Pensilvânia), a 6 de Outubro de 1906 e falecida, em consequência de uma pneumonia, em Palm Springs (California), a 14 de Setembro de 1984.

Nascida em Filadélfia, Janet mudou-se com a sua família para São Francisco durante a infância. Quando, em 1923, concluiu os seus estudos, Gaynor decidiu tentar uma carreira no mundo artístico. Mudou-se para Los Angeles, onde se sustentava trabalhando numa sapataria, recebendo 18 dólares por semana.

Durante dois anos, conseguiu posar e actuar em pequenos papéis em vários filmes e curtas metragens de comédia. Finalmente, em 1926, com vinte anos, foi seleccionada para um papel principal em "The Johnstown Flood". No mesmo ano, ela foi escolhidada como uma das Baby WAMPAS Estrelas, a par de Joan Crawford e Dolores del Río entre outraws. O seu excelente desempenho garantiu-lhe a atenção dos produtores, que a lançaram numa série de filmes.

Foi a primeira artista a receber o Óscar de Melhor Actriz (principal), em 1928, pelos filmes "Sétimo céu" e "Aurora". A partir daí, a sua carreira consolidou-se, tendo aparecido em quase quarenta filmes, todos realizados pela Fox.
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Em 1937, "estrelou" a primeira versão de "Nasceu uma Estrela", mais tarde "refilmada" com Judy Garland como protagonista, em 1954, e por Barbra Streisand em 1976. Em 1939, insatisfeita com os papéis que lhe eram oferecidos, Janet abandonou o cinema.

Na década de 50, comprou uma fazenda em Anápolis, interior de Goiás, com o marido. No final da década de 60, vendeu o seu imóvel no Brasil e voltou a morar na Califórnia.

Dois anos antes de morrer - aos 77 anos, vítima de pneumonia - Janet sofreu um grave acidente de automóvel no qual resultaram onze costelas partidas, uma clavícula fracturada, fractura pélvica, bexiga ferida e um rim danificado.

Foi enterrada no Hollywood Forever Cemetery, em Hollywood, (Califórnia), ao lado do seu segundo marido, Adrian. No entanto, na sua lapide pode ler-se: "Janet Gaynor Gregory" em homenagem ao seu terceiro marido, o produtor e director Paul Gregory". 

Tem uma no Passeio da Fama que pode ser encontrada em 6284 Hollywood Blvd.





Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)




Aurora (1927)

A Hora Suprema (1927)

O Anjo da Rua (1928

O Papá das Pernas Altas (1931)

Nasceu Uma Estrela (1937)






segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Spencer Tracy (1900 - 1967)






Spencer Tracy foi um famoso actor de cinema norte-americano, nascido a 5 de Abril de 1900 e falecido a 10 de Junho de 1967. 

Filho de pais católicos, Spencer estudou num colégio jesuíta, onde conheceu o também futuro actor Pat O'Brien. Em 1917, abandonaram ambos os estudos para se alistaram na Marinha com o fim de participarem na Primeira Guerra Mundial. No entanto, acabaram ambos por ficar no estado da Virgínia durante a guerra. Spencer foi depois transferido para Wisconsin, onde terminou os seus estudos.

Foi então que começou a actuar no colégio e acabou por decidir seguir carreira de actor. Fez um teste para a American Academy of Dramatic Arts, em Nova Iorque, e foi admitido. Em 1922, estreou-se na Broadway. No ano seguinte casou-se com Louise Treadwell, com quem teve dois filhos:; um rapaz nascido em 1924 e uma rapariga nascida em 1932.

Em 1930, alcançou o seu primeiro grande sucesso na Broadway. O famoso realizador John Ford assistiu à peça e convidou-o para "estrelar" o seu próximo filme "Up the River". Pouco depois, Spencer e a sua família mudaram-se para Hollywood. Nos cinco anos seguintes actuou em 25 filmes. Em 1935, assinou contrato com a MGM. Dois anos depois ganhou dois óscares consecutivos de melhor actor principal (1937 e 1938). Durante os vinte anos seguintes ficou na MGM. A partir de 1955, começou a actuar "independente", sem estar vinculado a nenhuma produtora cinematográfica.

Em 1941 durante as filmagens de "Woman of the Year", Tracy conheceu a actriz Katherine Hepburn, com quem veio a ter um longo relacionamento, nunca assumido, que durou até à sua morte. O relacionamento entre ambos era complexo e passava por períodos de distanciamento. Num desses "momentos", Spencer chegou envolver-se brevemente com a atriz Gene Tierney em 1952. Embora não já não tivesse nenhum envolvimento com a sua esposa, Spencer nunca se divorciou, porque era um católico praticante.

Recentemente, um antigo prostituto de Hollywood revelou numa autobiografia que se envolveu com Spencer Tracy, bem como que lhe arranjou outros amantes, bem como raparigas para Katherine Hepburn. Pelos vistos, todos estes relacionamentos de fachada não passavam de meros "golpes publicitários" para manter a imagem de ambos "imaculada" aos olhos do público.

No final dos anos 40, foi diagnosticado a Spencer que padecia de diabetes, doença agravada pelo alcoolismo. Em 1963, sofreu um ataque cardíaco, que acabou por o afastar do cinema. No entanto, em 1967, as saudades do cinema eram tantas que acabou por voltar aos sets para gravar "Adivinhe quem vem para jantar".

Só que Spencer estava com a saúde muito debilitada e, três semanas após a conclusão das filmagens, Katharine Hepburn encontrou o actor morto na cozinha de sua casa, vítima de ataque cardíaco. Encontra-se sepultado no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), em Los Angeles.

Spencer Tracy é considerado como um dos maiores actores da história do cinema, quer dos Estados Unidos, quer mesmo do mundo inteiro. Participou em mais de setenta filmes ao longo de três décadas. A par de Laurence Olivier, é recordista de nomeações (nove) aos óscares de melhor actor, tendo ganho por duas vezes.

.Recebeu ainda quatro indicações ao BAFTA como "Melhor Ator Estrangeiro" tendo ganho apenas um pelo seu desempenho em "Adivinhe quem vem para Jantar"(1967).




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.




T O P    F I V E   (Recomendado)




Lobos do Mar (1937)

A Conspiração do Silêncio (1955)


O Julgamento de Nuremberga (1961)

O Mundo Maluco (1963

Adivinha Quem Vem Jantar (1967)