Serguei Mikhailovitch Eisenstein foi um dos mais importantes cineastas soviéticos. Nasceu em Riga,, a 23 de Janeiro de 1898,e morreu em Moscovo, a 11 de Fevereiro de 1948.
Relacionado ao movimento de arte de vanguarda russa, participou activamente na Revolução de 1917 e na consolidação do cinema como meio de expressão artística.
Notabilizou-se pelos seus filmes mudos A Greve, O Couraçado Potemkin e Outubro, assim como os épicos históricos Alexandre Nevski e Ivan, o Terrível. A sua obra influenciou fortemente os primeiros cineastas devido ao seu uso inovador de escritos sobre montagem.
Eisenstein nasceu em Riga, na Letônia, mas a sua família mudava-se com frequência nos seus primeiros anos, como, aliás, Eisenstein continuou a fazer ao longo da sua vida. O pai de Eisenstein, Mikhail Ossipovitch Eisenstein, era descendente de judeus-alemães e suecos e a sua mãe, Iulia Ivanovna Konetskaya, era de uma família russa ortodoxa. Serguei nasceu numa família de classe média. O pai era arquitecto e a mãe era filha de um próspero comerciante.
Iulia deixou Riga no ano da Revolução de 1905, levando Serguei com ela para São Petersburgo. O divórcio seguiu-se a esse tempo de separação, com Iulia abandonando a família para ir viver em França.
Serguei estudou arquitectura e engenharia,, a profissão de seu pai,.no Instituto de Engenharia Civil de Petrogrado No entanto, na escola, juntamente com os seus colegas, Serguei juntou-se aos militares para servir a revolução, o que o separaria de seu pai.
Em 1918, Serguei juntou-se ao Exército Vermelho, enquanto o seu pai Mikhail apoiava o lado oposto. Após a derrota das forças leais ao czar, o seu pai "fugiu" para a Alemanha, enquanto Serguei regressou a Petrogrado, Vologda e Dvinsk.
Em 1920, Serguei foi transferido para uma posição de comando em Minsk, após providenciar uma eficaz propaganda para a Revolução de Outubro. Nesta época, Serguei estudou japonês, aprendeu cerca de trezentos caracteres kanji que ele citava como uma influência no seu desenvolvimento pictórico. Conseguiu mesmo uma exposição no teatro Kabuki. Para "aprofundar"esses estudos foi mesmo ao Japão.
No entanto, Eisenstein teve constantes atritos com o regime de Josef Stalin, devido à sua visão do Comunismo e à sua defesa da liberdade de expressão artística e da independência dos artistas em relação aos governantes, posição que era perseguida num país no qual a indústria cinematográfica sofria com a falta de recursos para se nacionalizar.
Criou uma nova técnica de montagem, chamada montagem intelectual ou dialéctica.
Com 26 anos fez “A Greve”, mostrando que arte e política podiam andar juntas. Com 27, deu ao mundo “O Couraçado Potemkin”, obra que é considerada, juntamente com "O Mundo a seus pés", de Orson Welles, das mais importantes na história do cinema.
Graças ao sucesso extraordinário de “O Couraçado Potemkin”, foi convidado pela MGM e embarcou para os Estados Unidos. Só que os seus projectos não avançavam, apesar de ter amigos poderosos como Chaplin e Flaherty. Eisenstein resolveu então afastar-se de Hollywood e fazer “Que Viva México”, uma obra ambiciosa sobre a história de um país ea sua cultura. Infelizmente, as filmagens foram interrompidas por problemas financeiros.
Desolado, o cineasta voltou para o seu país, mas nem a imprensa o perdoava pelo seu afastamento e pelo seu curto idílio capitalista. Quando a sua carreira parecia perdida, entretanto, recebeu ordens para filmar “Alexandre Nevski”, como uma peça de propaganda anti-germânica. E, assim, como já fizera no “Couraçado Potemkin”, Eisenstein construiu uma obra-prima que está acima da ideologia.
Com o prestígio recuperado, Eisenstein iniciou “Ivan, o Terrível”, que teria três partes. Mas então começou a II Guerra, e tudo se complicou.
Eisenstein morreu, de ataque cardíaco, em 1948. Encontra-se sepultado no Cemitério Novodevichy, em Moscovo.
Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.
T O P F I V E (Recomendado)
O Couraçado Potemkin (1925)
Outubro (1928)
Aleksandr Nevskiy (1938)
Ivan, o Terrível - Parte I (1944)I
Ivan o Terrível: A Conspiração dos Boiardos (1958)
Sem comentários:
Enviar um comentário