Peter Lorre (nascido László Löwenstein; Ružomberok) - no Império Austro-Húngaro, actual Eslováquia, a 26 de Junho de 1904, e falecido em Hollywood (Califórnia), a 23 de Março de 1964 - foi um actor de cinema e teatro austríaco, de origem húngara e ascendência judia. Esta sua ascendência levou-o, mais tarde, a um exílio forçado, primeiro em Paris, depois nos E.U.A. para fugir ao nazismo. Com isso, ganhou o cinema, pois era um actor extraordinário que encontrou em Hollywood um local mais adequado, e sobretudo mais tranquilo, para exercer a sua profissão.
Trabalhou em filmes famosos na história do cinema como "Casablanca", "Relíquia Macabra" e "M - Matou", filme de 1931 que ficou como a sua "marca", dirigido por Fritz Lang. Neste último filme, inovador e mesmo assustador para a época, Lorre interpretou um tenebroso "serial killer" que assassinava crianças.
Iniciou a sua carreira nos palcos em Berlim, trabalhando com Bertold Brecht e, enquanto estudante em Viena, foi aluno de Sigmund Freud e de Alfred Adler. Tantas referências ter-lhe-ão, sem dúvida, sido bastante úteis, ao longa da sua carreira, na caracterização das usas personagens.
Fez também o papel do vilão Le Chiffre, no telefilme "Casino Royale", de 1954, que foi a primeira adaptação do romance de Ian Fleming, sobre o agente ultra-secreto James Bond ( 007).
Na fase final da sua carreira, para além de trabalhar em séries de televisão, interpretou, no cinema, várias personagens em filmes de terror realizados por Roger Corman.
Morreu em Hollywood, aos 59 anos, vítima de acidente vascular cerebral. Problemas de saúde vários - como crónicos problemas com a vesícula biliar - atormentaram a sua vida, Os médicos prescreveram-lhe mesmo o consumo de morfina, da qual se viria a tornar dependente durante anos a fio, para suportar as dores que sentia. O corpo de Lorre foi cremado e as suas cinzas foram enterradas no Hollywood Forever Cemetery , em Hollywood. Vincent Price fez o elogio fúnebre no seu funeral.
Lorre tem uma estrela no "Passeio da Fama", em Hollywood ( 6619 Hollywood Boulevard).
Apesar das suas características físicas - 1,61, olhos desmesuradamente grandes, voz lenta e quase feminina, sotaque acentuado - lhe condicionarem o tipo de papeis que lhe eram oferecidos, Lorre conquistou um lugar especial na memória dos cinéfilos, que nunca esquecerão algumas das suas estranhas e enigmáticas personagens. Curiosamente, ou talvez não, a propaganda nazi usou uma imagem sua retirada do filme "M - Matou" num cartaz que visava retratar o "judeu típico", inimigo da "superior raça ariana".
Vincent Price revelou que Lorre, num acesso de humor mórbido, terá dito durante o funeral do excêntrico Bela Lugosi - enterrado com a roupa da sua emblemática personagem Drácula - "Do you think we should drive a stake through his heart just in case?" ("Não seria melhor que espetássemos uma estaca no seu coração, para o caso de...?")
Consta que os cartoonistas da Warner aproveitaram os seus traços fisionómicos para criarem personagens célebres como Daffy Duck e Buggs Bunny.
Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e IMDB.
T O P F I V E (Recomendado)
Matou (1931)
Relíquia Macabra (1941)
Casablanca (1942
O Mundo É Um Manicómio (1944)
Os Conspiradores (1944)
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