segunda-feira, 16 de junho de 2014

Charles Bronson (1921–2003)





Charles Bronson, nome artístico de Charles Dennis Buchinsky, foi um popular actor americano, conhecido pelos seus vários papeis em filmes de acção, desde westerns a policiais ou filmes de guerra. A par de Clint Eastwood com a sua personagem Dirty Harry, Bronson com o seu Paul Kersey foram, talvez, os pioneiros a interpretar personagens "justiceiras" que procuravam "limpar" as ruas dos marginais que queriam ser donos delas, impondo a sua lei criminosa.

Bronson nasceu em Ehrenfeld (Pensilvânia), a 3 de Novembro de 1921, e morreu em Los Angeles (Califórnia), a 30 de Agosto de 2003. Em cerca de 50 anos de carreira, entrou em 160 filmes.

Filho de um mineiro lituano (de ascendência tártara lipka), Bronson cresceu na Pensilvânia sem falar uma palavra de inglês. Apesar de ter completado o segundo grau, era esperado que ele se juntasse ao seu pai e irmãos no trabalho nas minas de carvão. Porém, foi no cinema que ele se projectou. No entanto, apesar da longa carreira, que teve início nos anos 50, somente ganhou popularidade na década de 1970. Nessa fase, ficou conhecido como "o homem de poucas palavras e muita acção", pelas características de seus personagens.

Antes mesmo de participar em qualquer filme, Bronson somente pôde conhecer o mundo, além do local onde cresceu, quando serviu no exército americano, durante a Segunda Guerra Mundial, pois foi artilheiro de calda do bombardeiro B-29, tendo voado em 25 missões no teatro de operações do Oceano Pacífico, vindo mesmo a receber a medalha de condecoração militar Purple Heart, por ferimentos em combate.

Bronson casou três vezes: a primeira foi Harriet Tendler, com quem ficou casado de 1949 a 1967 e com quem teve dois filhos; a segunda foi a actriz Jill Ireland, de 5 de Outubro de 1968 a 18 de Maio de 1990, até à morte dela, e com quem teve uma filha; a terceira esposa foi Kim Weeks, tendo o casamento durado de 22 de Dezembro de 1998 até a morte dele, em 2003. 

Bronson sofria da Doença de Alzheimer, mas morreu em consequência de uma pneumonia aos 81 anos. Encontra-se sepultado em Brownsville Cemetery, West Windsor, Condado de Windsor, Vermont nos Estados Unidos.

Bronson começou a sua carreira no cinema em 1951, com filmes como "Marinheiros de água doce" ("You're in the Navy Now") e em "A um Passo do Fim" ("The People Against O'Hara"), sem ter sequer o seu nome creditado. Ao passar a aparecer nos letreiros, usou ainda o nome de nascimento (Buchinsky). Começou a assinar Bronson apenas em 1954, a partir do filme "A Última Ordem" ("Drum Beat").

Iniciou a sua fase de sucesso nos anos 1960. Apesar da sua relativamente pequena participação no filme "Os Sete Magníficos", ficou conhecido quando este western passou a ser considerado um dos melhores da década. Depois de actuar em vários filmes de aventuras como "Robur, o conquistador" (1961), "Fugindo do Inferno" (1963) e "Os doze condenados" (1967), Bronson foi para a Europa em 1968, onde os actores de filmes de acção estavam a conseguir obter melhores oportunidades. Nesse ano, filmou "Os canhões de San Sebastian", "Aconteceu no oeste" e "Adeus, amigo", este último com Alain Delon. Seguiram-se "O Passageiro da Chuva", de 1969, "Os visitantes da noite", de 1970, "Sol vermelho", de 1971, e , em nova parceria com o francês Alain Delon, "O segredo da Cosa Nostra", de 1972.

Nos anos 1970, Bronson voltou aos Estados Unidos, vindo a obter sucesso como o maior astro dos filmes de acção dessa época. O seu primeiro grande filme nesse nova fase foi "O Mecânico" ("'The Mechanic"), de 1972, no qual interpretou o assassino profissional Arthur Bishop, revivido por Jason Statham no filme homónimo, em 2011.

No filme "Segundos para uma Fuga", de 1975, é mostrado um plano de fuga de uma prisão, utilizando um helicóptero que, pilotado por Bronson, pousa no pátio de um presídio e resgata o prisioneiro interpretado por Robert Duvall. A cena tornou-se famosa no Brasil, pois teria inspirado a fuga do bandido Escadinha, que usou o mesmo estratagema para fugir do presídio carioca da Ilha Grande, em 1985.

Mas, o maior "empurrão" na sua carreira foi com o clássico "O Justiceiro da Noite", de 1974, que o consagrou na pele de "Paul Kersey", um pacato arquitecto da cidade de Nova Iorque, a quem matam a mulher e violam a filha. Bronson persegue os três bandidos e passa a agir como um "vigilante", perseguindo os criminosos nas ruas à noite.

"O Justiceiro da Noite" teve mais quatro sequelas: "O Vingador da Noite" (1982), "O Justiceiro de Nova Iorque" (1985) e "O Exterminador da noite" (1987) e "A Sombra do Justiceiro" (1994).



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


Os Sete Magníficos (1960)

A Grande Evasão (1963)

Doze Indomáveis Patifes (1967)

Aconteceu no Oeste (1968)

O Justiceiro da Noite (1974)



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