segunda-feira, 5 de maio de 2014

Peter Cushing (1913–1994)





Peter Cushing - nascido em Surrey, a 26 de Maio de 1913, e falecido em Cantuária, a 11 de Agosto de 1994 - foi um conhecido actor britânico de cinema, teatro e televisão.

Filho de George Edward Cushing e de Nellie Marie, nasceu em Kenley, no condado de Surrey. Conjuntamente com o seu irmão mais velho, David, mudou-se para Dulwich Village, um subúrbio de Londres, voltando, posteriormente, para Surrey com a mãe e o pai que era agrimensor.

Desde muito cedo que se mostrou interessado pela representação, influenciado por uma tia, que era actriz, tendo-se também dedicado ao desenho. Trabalhou como ajudante de agrimensura, usando os dotes para o desenho, ao mesmo tempo em que actuava no teatro local. Ao se mudar para Londres, passou a frequentar a Escola Municipal de Música e Drama.

Actuou no teatro londrino até se mudar para Hollywood, em 1939, onde actuou em "O Homem da Máscara de Ferro" ("The Man in the Iron Mask"), no mesmo ano. Participou em muitos outros filmes - 133, no total - entre os quais "Chump at Oxford" (1939), com Stan Laurel e Oliver Hardy, "Vigil in the Night" (1940), e "They dare not love" (1941). Entretanto, depois de uma curta estada, Cushing acabou por voltar a Inglaterra.

Em Nova York, interpretou várias peças na na Broadway, bem como no Canadá. Em apoio à sua pátria, contribuiu para o esforço de guerra durante a Segunda Guerra Mundial unindo-se à Associação de Serviços Militares de Entretenimento.

Após a guerra, teve um grande desempenho, dirigido por Laurence Olivier, no filme "Hamlet", no qual o seu futuro amigo e companheiro de filmagens, Christopher Lee, teve um pequeno papel. Ambos apareceram também em "Moulin Rouge", porém só voltariam a reunir-se nos clássicos filmes de terror. Durante a década de 1950, Cushing chegou a tornar-se familiar na televisão inglesa, aparecendo em numerosos filmes, iniciando um trabalho com a lendária Hammer Film Productions nas suas novas versões do terror clássico de 1930. 

O seu trabalho na produtora está intimamente relacionado com o realizador Terence Fisher, desempenhando papeis relevantes em vários filmes, tais como "The Curse of Frankenstein", "Drácula", "The Hound of the Baskervilles" e "The Mummy". Os seus papéis mais notáveis foram os de Sherlock Holmes, Barão Frankeinstein e Van Helsing. Cushing ficou eternamente conhecido por interpretar o Barão Victor Frankenstein e o Professor Van Helsing numa longa série de filmes de terror produzidos pela Hammer Film Productions na década de 1950, 1960 e 1970. Várias vezes contracenou com Christopher Lee, de quem se tornou o melhor amigo.

Mais tarde, declarou que as suas escolhas acerca de papéis se baseavam no que achava que seria aceite pelo público. "Quem me quer ver como Hamlet? Muito poucos. Mas milhões de pessoas querem me ver como Frankenstein, de modo que é o que eu faço".

Seguiu interpretando os papéis de Doutor Frankenstein e Van Helsing, assim como outros personagens de horror nos vinte anos que se seguiram. Destacou-se também em filmes de outra grande produtora de cinema de terror, a rival Amicus Productions, incluindo películas como "Dr. Terror's House of Horrors" (1965) e "Torture Garden" (1967).

Em meados da década de 1970, as companhias haviam parado a produção, porém Cushing já se estabelecera como uma estrela do género.

Em 1971, Cushing retirou-se das filmagens de "Blood from the Mummy's Tomb" após a morte da sua esposa, a actriz Violet Helene Beck (8 de Fevereiro de 1905 - 14 de Janeiro de 1971), com quem estava casado desde 1943. No ano seguinte, declarou à Rádio Times: "Desde que Helen se foi, não consigo encontrar nada. O tempo é interminável, a solidão é quase insuportável e a única coisa que me faz continuar é saber que a minha querida Helen e eu nos vamos reunir algum dia. Para continuar, portanto, Helen é a minha única ambição. Você tem a minha permissão para publicar isso ... realmente, você sabe, meu caro, é tudo apenas para matar o tempo. Por favor, diga isso".

Actuou, mais tarde, no filme "Star Wars Episode IV: A New Hope" (1977), no papel de Grand Moff Tarkin, comandante de Darth Vader na "Estrela da Morte", apesar de ter sido originalmente considerado para o papel de Obi-Wan Kenobi.
Durante a produção, Cushing foi presenteado com botas de montaria que apertavam os seus pés. George Lucas deu-lhe então permissão para desempenhar o papel usando ténis. Assim sendo, os operadores de câmara filmaram-no, então, acima dos joelhos ou de pé atrás da mesa da sala de conferências.

Para "Star Wars Episódio III: A Vingança dos Sith", Lucas queria Cushing, já falecido, para "repetir" o seu papel como Tarkin através do uso de imagens de arquivo e da tecnologia digital, mas a qualidade do filme tornarara o feito impossível. Além disso, a cena exigiria o corpo inteiro de Tarkin, que não estava disponível devido à falta de uso de botas por parte do actor. Em vez disso, Wayne Pygram assumiu o papel porque se considerou que se assemelhava fortemente a Cushing.

Em 1985, o diretor Tom Holland inspirou-se nele e em Vincent Price para criar o caçador de vampiros Peter Vincent, do filme "A Hora do Espanto" ("Fright Night").
Em 1989, foi nomeado Oficial do Império Britânico em reconhecimento das suas contribuições para a profissão de actor no Reino Unido e internacionalmente.

Foi-lhe diagnosticado um cancro de próstata em 1982, mas conseguiu sobreviver por mais doze anos, sem cirurgia, apesar do seu estado de saúde se manter frágil. Em 1989, foi-lhe concedido o prémio de Oficial da Ordem do Império Britânico, embora o seu amigo Christopher Lee tenha opinado publicamente que a honra vinha "muito tarde". Cushing retirou-se para Whitstable, no Kent, onde tinha comprado uma casa à beira-mar, em 1959, e continuou o seu hobby de criação de aves, para além de escrever duas autobiografias. Também trabalhou como pintor, especializado em aguarelas, e escreveu e ilustrou o livro infantil de Lewis Carroll. Foi também patrono da Sociedade Vegetariana de 1987 até à sua morte, a 11 de Agosto de 1994, em Canterbury, Inglaterra.

Numa entrevista incluída no lançamento do DVD de "The Hound of the Baskervilles" (1959), Christopher Lee foi entrevistado sobre a morte de seu amigo: "Eu não quero parecer triste, mas, em algum momento das nossas vidas, cada um de nós vai notar que existe uma pessoa, um amigo a quem amamos de quem muito cuidamos. Essa pessoa está tão perto que é capaz de compartilhar momentos inesquecíveis. Por exemplo, você pode telefonar para esse amigo e, ao escutar uma risada maníaca ou uma outra piada, você saberá quem está do outro lado da linha. Nós costumávamos fazer isso muitas vezes. Então, desde que ele se foi, nada há de parecido na minha vida.

Como Bela Lugosi, e ao contrário de Boris Karloff ou Vincent Price, Cushing não era um actor excepcional, mas tinha o tipo adequado para se consagrar como astro de filmes de terror. A figura esquelética, a voz educada e soturna, o ar aristocrático e a habilidade de aparentar calma, autoridade e obstinação um tanto maníacas o transformaram em intérprete ideal para o enlouquecido Dr. Frankenstein e o incansável caçador de vampiros Van Helsing. Curiosamente, as mesmas características couberam noutra personagem famosa, Sherlock Holmes. Cushing também é lembrado pela participação, em 1978, num episódio da saga "Guerra das Estrelas", como o Comandante Tarkin, parceiro de vilanias de Darth Vader. Cushing também ficou conhecido em Inglaterra por ser uma alma caridosa. Após a morte da sua mulher, em 1971, passou a escrever "cartas de consolo" para pessoas aflitas ou que perderam entes queridos.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


A Máscara de Frankenstein (1957) 

O Horror de Drácula (1958)

O Cão dos Baskervilles (1959)

Lua Vermelha (1972)

Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança (1977) 



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