sexta-feira, 9 de maio de 2014

Jennifer Jones (1919–2009)





Jennifer Jones, nome artístico de Phylis Lee Isley - nascida emTulsa, a 2 de Março de 1919, e falecida em Malibu, a 17 de Dezembro de 2009 - foi uma actriz norte-americana. Cinco vezes nomeada para o Óscar, Jennifer apenas recebeu o prémio de melhor actriz pelo seu desempenho em "A Canção de Bernardette" ("The Song of Bernadette"), em 1943.

Jones nasceu como Phylis Lee Isley em Tulsa, Oklahoma. Os seus pais eram Flora Mae (nome de solteira: Suber) e Phillip Ross Isley. Os seus pais viajavam pelo Meio-Oeste com uma barraca de show de talentos da qual eram donos e gerentes. Jones estudou na Faculdade Monte Cassino Junior em Tulsa e na Universidade Northwestern, em Illinois, onde foi membro da irmandade Kappa Alpha Theta antes de se transferir para a Academia Americana de Artes Dramáticas, em Nova Iorque, em 1938. Foi lá que conheceu e se apaixonou pelo colega Robert Walker, com quem veio a casar, a 2 de Janeiro de 1939.

Retornaram a Tulsa para participarem num programa de rádio de 13 semanas arranjado pelo pai dela e, em seguida, para Hollywood. Jennifer, ainda como Phylis Isley, conseguiu dois papéis pequenos, primeiro no western de 1939 "New Frontier", "estrelado" por John Wayne, e, em seguida, em "Dick Tracy's G-Men", um seriado de 15 capítulos de curta-metragem. Como, em seguida, fracassou num teste para a Paramount Pictures, decidiu voltar para Nova Iorque.

Enquanto Walker conseguiu trabalho em vários programas de rádio, Phylis arrumou um emprego em part-time como modelo de chapéus para a agência de John Robert Powers, enquanto procurava possíveis trabalhos cénicos. Quando descobriu que estavam sendo realizados testes para o papel principal em "Claudia", uma peça teatral de Rose Franken de grande êxito, apresentou-se no escritório do produtor David O. Selznick em Nova Iorque, mas acabou desabando em lágrimas após ter achado que a sua interpretação estava péssima. Selznick, entretanto, ficou impressionado o suficiente para mandar a sua secretária chamá-la de volta. Após uma entrevista, acabou por assinar um contrato de sete anos.

Jennifer foi, cuidadosamente, preparada para o "estrelato", recebendo um novo nome: Jennifer Jones. O realizador Henry King ficou impressionado com o seu teste para o papel de Bernadette Soubirous em "The Song of Bernadette" (1943). Acabou ganhando o papel, cobiçado por centenas de candidatas. Em 1944, no seu vigésimo quinto aniversário, Jones recebeu o Óscar de melhor actriz pela sua performance no filme. Naquele mesmo ano, a amiga de Jennifer, Ingrid Bergman, também foi indicada ao mesmo prémio pelo seu desempenho em "Por quem os sinos dobram" ("For Whom the Bell Tolls"). Jennifer pediu mesmo desculpas para Bergman, que respondeu: "Não, Jennifer, a tua Bernadette foi melhor do que a minha María". No ano seguinte, Bergman viria a receber a estatueta de melhor actriz por "Gaslight" das mãos da amiga.

Durante as duas décadas seguintes, Jennifer viria a aparecer numa gama de papéis escolhidos por Selznick. A sua beleza profunda e natureza sensível agradou ao público, pelo que viria a  interpretar uma gama variada de personagens. A sua imagem inicial de santa — como mostrada no seu primeiro papel principal — iria contrastar, três anos mais tarde, com sua personagem birracial no polémico "Duelo ao Sol" ("Duel in the Sun"), produzido e escrito por Selznick. 

Entre outros papéis notáveis da sua carreira estão os filmes "Since You Went Away" (1944), pelo qual foi indicada ao Óscar de melhor Actriz Secundária), "Love Letters" (1945), que lhe rendeu sua segunda nomeação ao Óscar de melhor actriz, "Cluny Brown" (1946), "Portrait of Jennie" (1948), "Madame Bovary" (1949), "Carrie" (1952), "Ruby Gentry" (1952), "Indiscretion of an American Wife" (1953), "Beat the Devil" (1953), "Good Morning Miss Dove" (1955), "The Man in the Gray Flannel Suit" (1956) e "A Farewell to Arms" (1957). 

Em 1955, recebeu a sua última nomeação ao Óscar de melhor actriz por seu papel como uma médica euro-asiática em "Love is a Many-Splendored Thing" (1955). Jennifer contracenou, neste período, com actores como Charles Boyer, Joseph Cotten, Gregory Peck, John Garfield, Charlton Heston, Laurence Olivier, Montgomery Clift, Humphrey Bogart, William Holden, Robert Stack, John Gielgud, Rock Hudson e Jason Robards.

O seu último papel no cinema foi no filme catástrofe "A Torre do Inferno" ("The Towering Inferno") de 1974, no qual teve a oportunidade de dançar com Fred Astaire. A cena da sua morte foi a mais "simpática" de todas as personagens: estava ajudando duas crianças a escapar do incêndio, quando a sua personagem cai de uma altura de cerca de 110 andares no elevador que estava evacuando os convidados da festa de inauguração do prédio. a sua performance marcante redeu-lhe uma nomeação para o Globo de Ouro de melhor Actriz Secundária) em cinema.

O primeiro casamento de Jennifer produziu dois filhos: Robert Walker, Jr. (n. 15 de Abril de 1940) e Michael Walker (13 de Abril de 1941 – 27 de Dezembro de 2007). Ambos se tornariam actores. Jennifer tinha um caso com David O. Selznick, o que a fez separar-se de Walker em Novembro de 1943 e se divorciar em Junho de 1945. Walker morreu aos 32 anos de idade, em 1951, de problemas respiratórios. Nem Jennifer nem os dois filhos do casal compareceram ao funeral.

Jennifer casou-se com Selznick em 13 de Julho de 1949. A união duraria até a morte dele, em 22 de Junho de 1965. Após a morte do segundo marido, Jennifer pensou em se aposentar da carreira de actriz. De acordo com a imprensa Jennifer teria tentado suicidar-se saltando de um penhasco em Novembro de 1967. Foi hospitalizada em estado de coma, mas acabou por recuperar. A filha do casal, Mary Jennifer Selznick (1954–1976), cometeu suicídio atirando-se da janela do vigésimo andar de um prédio em 11 de Maio de 1976. Isto levou Jennifer a interessar-se por questões relacionadas com a saúde mental.

A 29 de Maio de 1971, Jennifer casou-se com o industrial multimilionário, coleciconador de arte e filantropo Norton Simon, cujo filho Robert havia cometido suicídio em 1969. Anos antes, Simon havia tentado comprar o retrato dela utilizado no filme "Portrait of Jennie". Simon conheceu Jennifer numa festa dada pelo também industrial e coleccionador de arte Walter Annenberg. Norton Simon morreu em Junho de 1993. Jennifer era administradora emérita do Museu Norton Simon em Pasadena.

Jennifer tinha sobrevivido a um cancro de mama. A actriz Susan Strasberg, que morreria da doença em 1999, então casada com o actor Christopher Jones, baptizou a sua filha com o nome Jennifer Robin Jones, em homenagem à actriz.

Jennifer desfrutou de uma reforma tranquila no Sul da Califórnia ao lado do seu filho. Não dava entrevistas e raramente aparecia em público. Morreu de causas naturais, em sua casa, a 17 de Dezembro de 2009, aos 90 anos de idade. Encontra-se sepultada no Forest Lawn Memorial Park (Glendale), Los Angeles, nos Estados Unidos.



Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)


A Canção de Bernadette (1943)

Duelo ao Sol (1946)

O Retrato de Jennie (1948)

Madame Bovary )1949)

A Colina da Saudade (1955)




Sem comentários:

Enviar um comentário