quarta-feira, 16 de abril de 2014

Olivia de Havilland (1916 - ...)





Olivia "Livvie" Mary de Havilland - nascida em Tóquio, a 1 de Julho de 1916 - conhecida mundialmente como Olivia de Havilland, é uma premiada actriz anglo-americana, nascida no Japão. Tendo-se tornado numa das mais respeitadas estrelas da "Era de Ouro de Hollywood", ainda hoje é uma das poucas actrizes que foram contempladas, em mais de uma ocasião, com o Óscar de melhor actriz. Actualmente vive em Paris, para onde se mudou em 1953.

Livvie, como também é conhecida, é a filha mais velha da actriz Lillian Fontaine, e irmã da também actriz, e vencedora do Óscar, Joan Fontaine. A sua fama veio sobretudo pelas actuações em clássicos como "As aventuras de Robin Hood" ("The Adventures of Robin Hood", 1938) e o épico "E tudo o vento levou" ("Gone with the Wind", 1939); neste último interpretou a doce 'Melanie Hamilton Wilkes', papel foi considerado o mais marcante da sua carreira, por ela interpretado de forma magistral, tendo recebido por esta performance a primeira das suas cinco nomeações para o Óscar, sendo a única na categoria de melhor actriz coadjuvante/secundária. Posteriormente, ainda foi nomeada ao mesmo prémio, porém na categoria de melhor actriz principal, pelos filmes "A porta de ouro" (Hold Back the Dawn", 1941), "Só resta uma lágrima" ("To Each His Own", 1946), "O Fosso da serpente" ("The Snake Pit", 1948) e "Tarde demais" ("The Heiress", 1949), tendo vencido em 1947 e em 1950, por "Só resta uma lágrima" e "Tarde demais".

Das duas irmãs, Olivia foi a primeira a se tornar actriz. Quando Joan Fontaine tentou seguir a mesma profissão, a sua mãe, que supostamente favoreceu Olivia, recusou deixar que Joan usasse o nome da família. Assim, Joan viu-se obrigada a inventar um nome, tendo, inicialmente, optado por Joan Burfield e, posteriormente, por Joan Fontaine. Segundo o que conta o biógrafo Charles Higham, na sua obra "Sisters: The Story of Olivia De Haviland and Joan Fontaine", as irmãs sempre tiveram uma relação difícil, começada na infância, quando Olivia teria rasgado uma roupa de Joan, forçando-a a costurá-la novamente. A rivalidade e o ressentimento entre as irmãs também, alegadamente, resultaram da percepção de Joan em relação ao facto de Olivia ser a filha favorita da mãe de ambas.

Em 1942 as duas irmãs foram nomeadas para o Óscar de melhor actriz. Fontaine nomeada pela actuação no filme "Suspeita" ("Suspicion", 1941), de Alfred Hitchcock, e De Havilland nomeada pela actuação em "A porta de ouro" ("Hold Back the Dawn", 1941). Fontaine foi quem acabou levando a estatueta. O biógrafo Charles Higham descreveu os eventos da cerimónia de entrega dos prémios, afirmando que, como Joan avançou empolgada para receber o seu prémio, claramente, rejeitou as tentativas de Olivia em a cumprimentar, tendo Olivia ficado, naturalmente, ofendida com essa atitude. Higham também afirmou que, depois, Joan sentiu-se culpada pelo que ocorreu na cerimónia de entrega do prémio. Anos mais tarde, seria a vez de Olivia de Havilland ganhar o prémio, em 1947, pela actuação no filme "Só resta uma lágrima" ("To Each His Own", 1946). Segundo o biógrafo, na cerimónia Joan fez um comentário sobre o então marido de Olivia, que ficou ofendida e não quis receber os cumprimentos da sua irmã por este motivo.

A relação entre as irmãs continuou a deteriorar-se após os dois incidentes nas noites dos óscares. Em 1975, aconteceria algo que faria com que elas deixassem de se falar definitivamente: segundo Joan, Olivia não a convidou para um serviço memorial em homenagem a sua mãe, que havia morrido recentemente. Mais tarde, Olivia afirmou que tentou comunicar a Joan, mas que ela se encontrava muito ocupado para a atender.

Charles Higham também diz que Joan tem um relacionamento distante com suas próprias filhas, talvez porque tenha descoberto que elas estavam mantendo um relacionamento secreto com a tia Olivia.

Ambas as irmãs sempre se recusaram a comentar publicamente sobre a sua rivalidade e relacionamento familiar. Numa entrevista em 1978, no entanto, Fontaine disse: "Casei-me primeiro, ganhei um Óscar antes de Olivia e, se eu morresse primeiro, sem dúvida ela ficaria lívida porque eu também teria ganhado nisso!". Após a morte de Fontaine, De Havilland, na sua casa em Paris, divulgou um comunicado dizendo: Estou chocada e entristecida, e agradeço por todas as expressões de simpatia e gentileza dos fãs. Joan Fontaine faleceu no domingo 15 de Dezembro de 2013, aos 96 anos de idade - ironicamente a data em que "E o vento levou" ("Gone with the Wind", 1939), filme que imortalizou De Havilland no cinema americano, completou 74 anos de estreia.

De Havilland e Errol Flynn eram conhecidos como um dos mais empolgantes casais de Hollywood nas telas, aparecendo em nove filmes juntos como já visto, mas ao contrário dos boatos, nunca foram ligados romanticamente. Numa entrevista com Gregory Speck, De Havilland declarou: "Ele nunca adivinhou que eu tinha uma queda por ele. Na verdade, eu li em algo que ele escreveu que ele se apaixonou por mim enquanto filmamos "A carga da brigada ligeira". Fiquei espantada ao ler, porque nunca me ocorreu que ele fosse se apaixonar por mim." Noutra entrevista citada no Turner Classic Movies, De Havilland afirmou que Flynn lhe fez uma proposta de casamento, mas a actriz rejeitou porque Flynn era, na época, ainda casado com a actriz Lili Damita.

De Havilland casou-se com o escritor Marcus Goodrich, em 1946, mas divorciaram-se em 1953. Da união entre o casal nasceu o filho, Benjamin (nascido em 1949), que se tornou num matemático, tendo morrido em 1991 após uma longa batalha contra um linfoma de Hodgkin. Após se divorciar de Goodrich, em 1953, conheceu o jornalista francês e editor da Paris Match, Pierre Galante, com quem se casou em 1955 e de quem se divorciou em 1979. A filha do casal, Gisele, nasceu em Julho de 1956, quando De Havilland tinha 40 anos de idade. Após o divórcio, de Havilland e Galante continuaram bons amigos, e ela cuidou dele antes de ele morrer em Paris, vítima de cancro no pulmão, que foi o motivo declarado para a sua ausência no 70º aniversário do Óscar em 1998.

Residente em Paris desde 1955, De Havilland, apenas ocasionalmente, faz aparições públicas.
Nestes últimos anos, tornou-se mais próxima da amiga Gloria Stuart, que também foi uma das poucas actrizes dos anos 30 ainda vivas durante a década de 2000. Stuart faleceu no dia 26 de Setembro de 2010, aos 100 anos de idade.

Em 2004, por ocasião do 65º aniversário do lançamento original do filme "E tudo o vento levou", o Turner Classic Movies realizou um documentário chamado "Melanie Remembers", no qual De Havilland, que é a única viva dentre os quatro actores que protagonizaram o filme, relembra cada momento das filmagens. O documentário de 40 minutos pode ser visto na Edição especial para coleccionadores do filme, que vem com 4 DVDs: dois discos para o filme e os outros dois com bónus extra.

Em junho de 2006, apareceu, em homenagem ao seu 90º aniversário, na Academy of Motion Pictures Arts & Sciences e no Los Angeles County Museum de Arte.

Em Abril de 2008, compareceu ao funeral de Charlton Heston. No mesmo ano, também compareceu no Tributo ao Centenário da actriz Bette Davis. De Havilland foi uma das poucas estrelas com quem Bette manteve uma boa amizade. Bette, como se sabe, não era de grandes amizades, principalmente se fosse com actrizes concorrentes. Mas com Olivia sempre se entendeu muito bem, e sempre se referia à De Havilland como "sweet Olivia"/ (doce Olivia). Apareceram em cinco filmes juntas.

Ainda em 2008, aos 92 anos, De Havilland foi agraciada pelo então presidente norte-americano George W. Bush com a Medalha nacional das artes. No ano seguinte (2009), narrou o documentário "I Remember Better When I Paint".

De acordo com John Lichfield, em 14 de Julho de 2009, numa entrevista publicada no The Independent, Olivia estava trabalhando numa autobiografia.

Em 9 de Setembro de 2010, aos 94 anos de idade, recebeu a Legião de Honra, que é uma ordem de decoração de Cavalaria entregue pelo Presidente da República Francesa.

A sua estrela no Passeio da Fama de Hollywood está localizada na Hollywood Boulevard número 6764.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia a e IMDB.


T O P    F I V E   (Recomendado)



O Capitão Blood (1935)

As Aventuras de Robin dos Bosques (1938)

E Tudo o Vento Levou (1939)

O Fosso das Víboras (1948)

A Herdeira (1949)




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