David Keith Lynch - nascido em Missoula (Montana), a 20 de Janeiro de 1946 - é um carismático realizador, argumentista, produtor, artista visual, músico e ocasional actor norte-americano.
Conhecido pelo seus filmes surrealistas, desenvolveu o seu próprio estilo cinematográfico, que foi chamado de "Lynchiano", que é caracterizado por imagens de sonhos e meticuloso "desenho sonoro". Na verdade, o surreal e, em muitos casos, os elementos violentos dos seus filmes garantiram-lhe a reputação de "perturbar, ofender ou mistificar" o seu público.
Conhecido pelo seus filmes surrealistas, desenvolveu o seu próprio estilo cinematográfico, que foi chamado de "Lynchiano", que é caracterizado por imagens de sonhos e meticuloso "desenho sonoro". Na verdade, o surreal e, em muitos casos, os elementos violentos dos seus filmes garantiram-lhe a reputação de "perturbar, ofender ou mistificar" o seu público.
Nascido numa família de classe média em Missoula (Montana), Lynch passou a sua infância viajando pelos Estados Unidos, antes de ir estudar pintura na Academia de Belas Artes da Pensilvânia, em Filadélfia, onde fez a transição para o cinema, produzindo curtas metragens. Decidindo dedicar-se com mais empenho a esse meio, ele mudou-se para Los Angeles, onde produziu o seu primeiro filme, de "terror surrealista", "No Céu tudo é perfeito" ("Eraserhead"), em 1977. Depois de "Eraserhead" se tornar um clássico cult no circuito de filmes da meia noite, Lynch foi contratado para dirigir "O Homem Elefante" ("The Elephant Man"), em 1980, a partir do qual conseguiu sucesso comercial.
Depois de ser contratado pela De Laurentiis Entertainment Group, teve oportunidade para fazer mais dois filmes: o épico de ficção científica "Dune" (1984), que foi um fracasso de crítica e bilheteira, e o filme de crime neo-noir "Blue Velvet", que foi muito aclamado.
Depois de ser contratado pela De Laurentiis Entertainment Group, teve oportunidade para fazer mais dois filmes: o épico de ficção científica "Dune" (1984), que foi um fracasso de crítica e bilheteira, e o filme de crime neo-noir "Blue Velvet", que foi muito aclamado.
Em seguida, criou a sua própria série de televisão com Mark Frost, a altamente popular "Twin Peaks" (1990-1992), da qual também criou a prequela cinematográfica "Twin Peaks: os últimos dias de Laura Palmer" ("Twin Peaks: Fire Walk with Me"), em 1992,
Seguiram-se-se um "filme de estrada" (road movie), "Coração Selvagem"("Wild at Heart"), em 1990), e um "filme de família", "Uma História Simples" ("The Straight Story"), em 1999. No mesmo período, virou-se mais profundamente para o surrealismo, três dos seus filmes seguintes trabalharam na estrutura não-linear da "lógica do sonho", "Estrada Perdida" ("Lost Highway"), em 1997, "Mulholland Drive" (2001) e "Inland Empire" (2006).
Pelo meio, Lynch procedeu para abraçar a internet como um meio, produzindo vários programas para a web, como a animação "DumbLand" (2002) e o sitcom surreal "Rabbits" (2002).
Nascido em 20 de Janeiro de 1946, na cidade de Missoula (estado de Montana), Lynch é filho de um pesquisador do departamento de agricultura dos EUA (Donald Walton Lynch) e de uma professora de inglês (Edwina "Sunny" Lynch). Os seus avós maternos imigraram da Finlândia para os EUA no século 19, Lynch nasceu e foi criado dentro dos preceitos da religião presbiteriana. Teve uma infância itinerante no interior dos Estados Unidos. Mesmo assim, conseguiu concluir os estudos. Tendo o sonho de ser pintor, especializou-se sobre o tema numa academia de arte. Largou o curso mais tarde e partiu para uma viagem à Europa em busca de inspiração para seu trabalho. De volta ao país de origem, Lynch viu-se na obrigação de trabalhar em ramos que não lhe agradavam. Ao mesmo tempo resolveu retornar aos estudos, entrando na Academia de Belas Artes da Pensilvânia. Em 1967, casou-se com uma colega e teve a sua única filha (teria mais dois rapazes), Jennifer Chambers Lynch, que se tornaria também realizadora, tendo "herdado" do pai o gosto pelo bizarro. Foi ela quem dirigiu o "clássico trash", "Paixão Selvagem" (1993) (Boxing Helena).
Lynch esteve sempre envolvido com artes plásticas, e isso reflectiu-se na linguagem dos seus primeiros trabalhos, que também eram bastante provocadores. Nessa época realizou as seguintes curta-metragens: "Six Men Getting Sick" (1966), "The Alphabet" (1968), "The Grandmother" (1970) e "The Amputee" (1974).
Lynch esteve sempre envolvido com artes plásticas, e isso reflectiu-se na linguagem dos seus primeiros trabalhos, que também eram bastante provocadores. Nessa época realizou as seguintes curta-metragens: "Six Men Getting Sick" (1966), "The Alphabet" (1968), "The Grandmother" (1970) e "The Amputee" (1974).
Em 1971, começou a trabalhar na produção da sua primeira longa-metragem, "Eraserhead" (1977), que não foi tarefa fácil, pois ocupou cinco anos da sua vida para a sua conclusão, para além do final do seu casamento. "Eraserhead" foi considerado um filme "difícil". Na época do seu lançamento poucas pessoas assistiram ao filme que já misturava o tão famoso mundo bizarro de Lynch e arte em stop-motion. Anos depois, dirigiu o seu primeiro grande filme, "O Homem Elefante" (1980) ("The Elephant Man"). Produzido por Mel Brooks (que gostou do que viu em "Eraserhead"), a longa metragem foi muito bem recebida pela crítica e recebeu oito nomeações ao Óscar, incluindo melhor realizador.
Em 1984, Lynch dirigiria um clássico da ficção científica "Duna", uma superprodução sob a tutela de Dino De Laurentiis. O resultado foi um retumbante fracasso, fazendo com que o cineasta nunca mais se envolvesse em projectos grandiosos. "Regressou" em 1986, com "Veludo Azul" ("Blue Velvet"), um thriller com toques de fantasia que garantiu a Lynch nova nomeação ao Óscar da categoria. Além de uma parceria que viria a ser constante com o compositor Angelo Badalamenti. Em 1990, ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes com o estonteante "Coração Selvagem" ("Wild at Heart"), protagonizado por Laura Dern e Nicolas Cage.
Ainda no mesmo ano, Lynch faria a sua estreia na televisão como criador de uma série que marcou época, "Twin Peaks". Tendo como astro o mesmo actor principal de "Duna" e "Veludo Azul", Kyle MacLachlan, a trama gira sobre a morte de uma jovem moradora da cidade que dá título à série. Lynch dirigiu apenas o piloto e cinco dos 29 episódios. Com o sucesso, em 1992, uma versão para o cinema foi lançada, onde mostrava mais detalhes sobre a intrincada trama. Para desespero do realizador, o filme foi um fracasso, arrecadando uns míseros quatro milhões de dólares. O mistério de Laura Palmer foi o único sucesso na TV de Lynch, mesmo tendo participado da criação de outros seriados. Um desses fracassos seria "Mulholland Drive" (2001, planeado como série televisiva, mas adaptado para o cinema quando os produtores não gostaram do material apresentado.
Em 1997, "A Estrada Perdida" ("Lost Highway") chegou aos cinemas. É outro thriller com toques de fantástico e considerado pelos fãs do cineasta como o seu trabalho mais insano. Talvez por causa disso, realiza, em seguida, "Uma História Simoles" (1999) ("The Straight Story") logo depois. O filme é diferente de tudo o que ele já havia feito, sem quase nenhum elemento bizarro, a não ser pelo facto do protagonista atravessar o país a bordo de um pequeno tractor para visitar o irmão - Lynch em "versão calma". Já em "Mulholand Drive" voltaria à sua característica principal, com um filme recheado de personagens (muitos deslocados por terem sido desenvolvidos especialmente para a cancelada série de TV) e situações bizarríssimas. Foi o filme que revelou a actriz Naomi Watts e deu a Lynch o prémio de melhor realizador do Festival de Cannes.
David Lynch esteve sempre envolvido em projectos. Nunca parou de produzir curtas e filmes em animação. A internet também foi um caminho que adoptou para divulgar o que cria tendo no seu site pessoal um grande acervo de trabalhos.
Premiações
3 nomeações ao Óscar, na categoria de Melhor realizador, por "O Homem-Elefante" (1980), "Veludo Azul" (1986) e "Mulholland Drive" (2001).
Nomeação ao Óscar, na categoria de Melhor Argumento Adaptado, por "O Homem-Elefante" (1980).
2 nomeações ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor realizaor, por "O Homem-Elefante" (1980) e "Mulholland Drive" (2001).
2 nomeações ao Globo de Ouro, na categoria de Melhor Roteiro, por "Veludo Azul" (1986) e "Mulholland Drive" (2001).
Palma de Ouro, no Festival de Cannes, por "Coração Selvagem" (1990).
Prémio de Melhor Realizador, no Festival de Cannes, por "Mulholland Drive" (2001).
1 nomeação ao BAFTA, na categoria de Melhor Realizador, por "O Homem-Elefante" (1980).
1 indicação ao BAFTA, na categoria de Melhor Argumento, por "O Homem-Elefante" (1980).
2 nomeações ao César, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, por "O Homem-Elefante" (1980) e "Mulholland Drive" (2001). Venceu em 1980.
2 nomeações ao Independent Spirit Awards, na categoria de Melhor Realizador, por "Veludo Azul" (1986) e "Uma História Simples" (1999).
1 Nomeação ao Independent Spirit Awards, na categoria de Melhor Argumento, por "Veludo Azul" (1986).
Prêmio Bodil
de Melhor Filme Americano, por "Uma História Simples" (1999).
de Melhor Filme Americano, por "Uma História Simples" (1999).
Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.
T O P F I V E (Recomendado)
Eraserhead - No Céu Tudo É Perfeito (1977)
O Homem Elefante (1980)
Veludo Azul (1986)
Um Coração Selvagem (1990)
Twin Peaks: Os Últimos Sete Dias de Laura Palmer (1992)
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