Alain Delon - nascido em Sceaux (Hautes-de-Seine), a 8 de Novembro de 1935 - é um actor francês, com 95 filmes no currículo. O seu primeiro grande sucesso foi "À Luz do Sol", de 1959, uma adaptação de uma obra de Patrícia Highsmith, onde desempenhou a carismática personagem de Tom Ripley.
Alain Delon nasceu na região da Borgonha, próximo de Paris. Quando tinha apenas quatro anos, os seus pais, Edith e Fabian, divorciaram-se. Delon foi então adoptado por um casal, mas pouco tempo depois o casal foi assassinado, pelo que Delon voltou para a sua mãe verdadeira, entretanto casada com outro homem. Nesta altura, já tinha uma meia-irmã e dois meio-irmãos. Teve uma infância problemática, sendo expulso de várias escolas. Aos 15 anos deixou de estudar e, aos 17 anos, alistou-se na marinha francesa, lutando na Indochina.
Em 1956, passou a viver em Paris. Sem dinheiro, trabalhou como porteiro, empregado de mesa, vendedor... Nessa altura, Delon conheceu e tornou-se vizinho da futura cantora, Dalida. Delon revelou, há pouco tempo, que os dois tinham tido um caso nessa época, tendo-se tornado grandes amigos. Em 1957, foi ao Festival de Cannes com o amigo Jean-Claude Brialy, onde chamou a atenção dos presentes pela sua beleza. Entre eles estava o famoso produtor David O. Selznick, que lhe ofereceu um contrato, desde que aprendesse a falar inglês. Delon, então, regressou a Paris para aprender inglês, mas lá conheceu o cineasta Yves Allégret, que o convenceu a começar a sua carreira em França.
Com Alléegret, Delon fez o seu primeiro filme, "Quand la femme s'en mele", 1957). No filme, contracenou com a actriz Romy Schneider, por quem se apaixonou. Em 1959, decidiram viver juntos, tendo o seu relacionamento durado cinco anos.
O primeiro grande papel de Delon no cinema foi como Tom Ripley no clássico do suspense "À Luz do Sol" (1959), dirigido pelo cineasta francês René Clément, baseado num livro da escritora Patricia Highsmith. Em 1960, Delon actuou em "Rocco e Seus Irmãos", dirigido por Luchino Visconti, um dos filmes mais adorados da história do cinema. Actor e realizador tornaram-se amigos e trabalhariam juntos mais uma vez noutro clássico "O Leopardo" (1963), vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes.
A beleza física de Delon transformou-o em símbolo sexual dos anos 60 e 70. Apesar disso, sempre lutou para ser reconhecido como um grande actor, e não apenas mais uma cara bonita. Em 1962, trabalhou com o cineasta Michelangelo Antonioni, no filme "O Eclipse", última parte da célebre trilogia da incomunicabilidade deste realizador.
Com o cineasta Jean-Pierre Melville, actuou em filmes como "O Ofício de Matar" ("Le samouraï"), de 1967, O Círculo Vermelho ("Le Cercle Rouge"), de 1970 e "Cai a Noite Sobre a Cidade" ("Un Flic"), de 1972
Trabalhou ainda com outros grandes cineastas, como Valerio Zurlini, em "Outono Escaldante" (1972), Joseph Losey, em "Mr.Klein, um homem na sombra" (1976) e em "O Assassinato de Trotsky" (1972), e com Jean-Luc Godard, em "Nouvelle vague" (1990).
Em 1964, casou-se com a actriz Nathalie Delon, de quem se separou em 1969. Tiveram um filho, o também actor Anthony Delon. Nos anos seguintes, teve um longo relacionamento com a actriz Mireille Darc. Durante o período em que estava casado com Nathalie ocorreu um escândalo. Em 1968, um dos seus guarda-costas, Stevan Markovic, apareceu morto com um tiro, e as investigações pareciam evidenciar o envolvimento de Delon e outras personalidades da época no ocorrido.
Em 1973, a sua amiga de longa data, a cantora Dalida convidou Delon para fazer um dueto com ela, na canção "Paroles, paroles", que se tornou um enorme sucesso na época.
Em 1987, conheceu a modelo holandesa Rosalie Van Bremen, durante a exibição do video clip de uma canção interpretada por Delon, "Comme au cinéma". Os dois iniciaram um relacionamento, mesmo com a diferença de 32 anos entre os dois. Tiveram 2 filhos.
Em 1997, para tristeza dos fãs, Delon anunciou que deixaria de actuar, decepcionado com os rumos do cinema francês.
Em 2001 Delon divorciou-se de Rosalie. A separação foi muito difícil para Delon, que passou a enfrentar períodos de depressão. Confessou, mais tarde, que chegou mesmo a pensar em se suicidar.
Delon possui vários produtos com o seu nome, incluindo roupas, perfumes, óculos e cigarros.
Em 2008, retornou ao cinema no filme "Astérix nos Jogos Olímpicos", no papel do conquistador romano Júlio César.
Em 2012 sofreu um AVC.
Prêmio e Nomeações
Ganhou o Urso de Ouro honorário em 1995, no Festival de Berlim.
Ganhou o César de Melhor Actor, por "Quartos Separados" (1984).
Recebeu duas nomeações ao César de Melhor Actor, por "Mr.Klein, um homem na sombra" (1976) e "Mort D'un Porri" (1977).
Recebeu uma nomeação ao Globo de Ouro de Melhor Revelação Masculina, por "O Leopardo" (1963).
Curiosidades
Participou, a partir de 1953, na Guerra da Indochina (1946 - 1954), quando integrava o exército francês.
Madonna homenageou compondo a canção "Beautiful Killer", presente no seu álbum "MDNA" de 2012. No final da canção diz mesmo "Podes ser um "lindo matador"... mas nunca serás Alain Delon".
Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.
T O P F I V E (Recomendado)
À Luz do Sol (1959)
Rocco e Seus Irmãos (1960)
O Eclipse (1962)
O Ofício de Matar (1967)
O Círculo Vermelho (1970)
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