Audrey Kathleen Ruston, conhecida internacionalmente por Audrey Hepburn - nascida em Ixelles (Bélgica), a 4 de Maio de 1929, e falecida em Tolochenaz (Suiça), a 20 de Janeiro de 1993 - foi uma premiada actriz, modelo e humanista britânica, eleita em 2009 a actriz mais bonita da história de Hollywood. É considerada um ícone de estilo e a terceira maior lenda feminina do cinema, de acordo com o American Film Institute.
Hepburn "estrelou" diversos filmes, entre eles "Boneca de Luxo" e "Férias em Roma", filme que lhe rendeu o Óscar de Melhor Actriz, além de nomeações para os Globos de Ouro, BAFTA e NYFCC Award. Foi a quinta artista, e a terceira mulher, a conseguir ganhar os quatro principais prémios do entretenimento norte-americano, o EGOT - acrônimo de Emmy, Grammy, Oscar e Tony.
Em 8 de fFevereirode 1960, foi-lhe atribuída uma estrela no Passeio da fama de Hollywood, em homenagem à sua dedicação e contribuição para o cinema mundial. A sua morte, em virtude de um cancror no apêndice, ocorreu a 20 de Janeiro de 1993, na cidade de Tolochenaz (Suíça).
Nascida Audrey Kathleen Ruston, era a única filha de Joseph Anthony Ruston (um banqueiro britânico-irlandês) e de Ella van Heemstra (uma baronesa holandesa descendente de reis ingleses e franceses). O seu pai anexou o sobrenome Hepburn, e Audrey tornou-se Audrey Hepburn-Ruston. Tinha dois meio-irmãos, Alexander e Ian Quarles van Ufford, do primeiro casamento da sua mãe com um nobre holandês.
Os pais de Audrey divorciaram-se quando ela tinha 9 anos. Para manter a jovem afastada das brigas familiares, a sua mãe enviou-a para um internato em Inglaterra, onde se apaixonou pela dança, aprendendo ballet. Todavia, em 1939, inicia-se a Segunda Guerra Mundial, tendo a Inglaterra declarado guerra à Alemanha. A mãe de Audrey decidiu então levá-la para viver na Holanda, país neutro que - imaginava ela - não seria invadido pelos alemães. Os protestos de Audrey não foram suficientes: a menina queria continuar na Inglaterra, mas a mãe temia que cidade de Londres fosse bombardeada. Além disso, as viagens estavam escassas, e a baronesa temia ficar muito tempo sem ver a filha.
A estadia na Holanda foi bem diferente da planeada. Com a invasão nazi, a vida da família foi tomada por uma série de privações. Audrey teve muitas vezes de comer folhas de tulipa para sobreviver. Envolvida com a Resistência, muitos dos seus parentes foram mortos na sua frente. Audrey participou de espectáculos clandestinos de ballet para angariar fundos, levando mensagens secretas nas suas sapatilhas. Anos mais tarde, recusaria o papel de Anne Frank no cinema.
Com o fim da Guerra, Audrey e a sua mãe mudaram-se para Inglaterra, onde ingressou na prestigiada escola de ballet Marie Rambert. No entanto, a sua professora foi categórica: Audrey era alta demais e não tinha talento suficiente para se tornar numa "prima ballerina". Desiludida, passou a trabalhar como corista e modelo fotográfico para garantir o sustento da família.
Foi neste ponto que decidiu investir noutra área: a representação. A sua estreia foi no documentário "Dutch in Seven Lessons", seguido por uma série de pequenos filmes. Em 1952, viajou para França para a gravação de "Montercarlo Baby", e foi vista no saguão do hotel em que estava hospedada com o elenco pela escritora Collette. Naquele momento, Collette trabalhava na montagem para a Broadway da peça "Gigi", cujo papel-título ainda não tinha intérprete. Encantada com Audrey, decidiu que ela seria a sua Gigi.
As críticas para Gigi não foram de todo favoráveis, mas era opinião geral que aquela desconhecida que interpretava o papel principal estava destinada ao sucesso.
Pouco tempo após o encontro com Collette, Audrey participou de uma audição para o filme "Férias em Roma". Encantado com a actriz, o realizador William Wyler escalou-a para viver a Princesa Ann, dividindo a cena com Gregory Peck, que também ficou surpreendido com o talento da companheira.
O sucesso da produção foi também o de Audrey. Hollywood apaixonou-se imediatamente por ela e agraciou-a com o Óscar de Melhor Actriz.
Três dias após a cerimónia do Óscar, recebeu o Tony por sua actuação em "Ondine". A peça tinha sido sugerida por Mel Ferrer, por quem se apaixonaria durante a temporada na Broadway. Os dois foram apresentados por Gregory Peck numa festa, em 1954, e casaram em Setembro desse ano. Audrey também faria "Sabrina", que lhe rendeu a segunda nomeação ao Óscar.
O filho de Audrey e Mel, Sean, nasceu em 1960. Mas as coisas não foram fáceis até aquele momento: Audrey sofreu diversos abortos. A actriz queria mais do que tudo ser mãe, e as gravidezes falhadas deixaram-na extremamente deprimida. Para animar a esposa, Mel sugeria que trabalhasse. Eles gravaram juntos "Guerra e Paz" e ela estrelaria três comédias-românticas e um drama que lhe rendeu a terceira nomeação ao Óscar e afastou qualquer dúvida sobre seu talento, e um western.
Após um ano e meio de licença-maternidade, voltou a Hollywood para estrelar "Boneca de Luxo", em um papel que a transformaria em um ícone e pelo qual seria lembrada para sempre. Por viver a prostituta de luxo Holly Golightly ela viria a receber a sua quarta nomeação ao Óscar. Pouco tempo depois, filmou "Infâmia", "Charada" e "Quando Paris alucina".
Em 1963, recebeu o papel principal do musical "My fair lady", o da vendedora de flores Eliza Doolittle. Entretanto, a voz de Audrey não foi utilizada durante as canções, sendo dobraada. Isso deixou a actriz extremamente aborrecida e fez com que abandonasse as gravações por um dia. Audrey não foi nomeada ao Óscar por esse papel - facto que até hoje é considerado uma injustiça - devido à dobragem e também pela não-escolha de Julie Andrews (que interpretara Eliza na Broadway) para o papel. Como"compensação", Andrews ganharia o Óscar desse ano pelo seu papel em "Mary Poppins".
Em seguida, gravou "Como roubar um milhão de dólares", "Um caminho a dois" e "Um clarão nas trevas", este último dirigido pelo seu esposo numa falhada tentativa de salvar o seu casamento. Audrey Hepburn e Mel Ferrer divorciaram-se em Dezembro de 1968.
Audrey decidiu, então, parar de actuar e casou novamente, apenas seis semanas após o divórcio, com o psiquiatra italiano Andrea Dotti, que conheceu num iate. Audrey deu à luz o seu segundo filho, Luca Dotti, em 1970. O casal morou por um ano em Roma, para em seguida a actriz ir viver na Suíça com os dois filhos.
Decidiu voltar a actuar em 1976, estrelando Robin e Marian. Três anos mais tarde, retornaria à cena em "A herdeira".
Pediu o divórcio em 1980, e o processo se formalizou em 1982. Neste período, gravou "Muito riso e muito alegria", e no fim das filmagens conheceu Robert Wolders. Tornaram-se grandes amigos e viveram juntos até à morte de Audrey.
Em 1987 deu início ao seu mais importante trabalho: o de Embaixatriz da UNICEF. Audrey, tinha sido vítima da guerra e sentiu-se em débito com a organização, pois foi o "United Nations Relief and Rehabitation Administration" (que deu origem à UNICEF) que chegou com comida e suprimentos após o término da Segunda Guerra Mundial, salvando a sua vida. Ela passaria o ano de 1988 viajando, viagens estas que foram facilitadas por seu domínio de línguas (Audrey falava fluentemente francês, italiano, inglês, holandês e espanhol.
Em 1989, faria uma participação especial como um anjo em "Always - Sempre". Este seria o seu último filme. Audrey passaria os seus últimos anos em incansáveis missões pela Unicef, visitando países, dando palestras e promovendo concertos com causas.
Em 1993, foi-lhe diagnosticado um cancro no apêndice, que se espalhou para o cólon. Morreu às 7 horas da noite de 20 de Janeiro de 1993, aos 63 anos. Encontra-se sepultada no cemitério de Tolochenaz, Vaud na Suíça.
No ano de 2000 foi lançado o filme "The Audrey Hepburn Story", uma homenagem a Audrey que gerou críticas da imprensa e dos fãs, devido à escolha de Jennifer Love Hewitt para o papel principal.
Hoje, Audrey é considerada um exemplo de actriz, e um ideal de elegância e beleza feminina.
Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.
T O P F I V E (Recomendado)
Férias em Roma (1953)
Sabrina (1954)
Guerra e Paz (1956)
Boneca de Luxo (1961)
Minha Linda Lady (1964)
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