Mary Louise Streep - nascida em Summit (New Jersey), a 22 de Junho de 1949 - mais conhecida pelo nome artístico Meryl Streep, é uma actriz norte-americana, reconhecida como uma das mais talentosas de todos os tempos.
Streep fez a sua estreia profissional na peça "Trelawny of the Wells", em 1975, e a sua estreia na televisão no telefilme "The Deadliest Season", em 1977. No mesmo ano, estreou-se no cinema no filme "Julia" (1978) e "Kramer contra Kramer" (1979) seguidos por, entre outros, "Sophie's Choice" (1982), "Out of Africa" (1985), "The Devil Wears Prada" (2006), "Mamma Mia!" (2008) e "The Iron Lady" (2011).
Conhecida como uma das actrizes mais premiadas de todos os tempos, Meryl Streep já recebeu 19 nomeações ao Óscar (recorde nas categorias ligadas a representação), vencendo por três vezes. Também recebeu 29 nomeações ao Globo de Ouro, vencendo oito, também um recorde para o prémio. A actriz também recebeu dois Emmys, dois Screen Actors Guild Awards, o prémio de melhor atriz no Festival de Cannes e no Festival de Berlim, cinco New York Film Critics Circle Awards, dois BAFTA, dois Australian Film Institute Award, quatro nomeações ao Grammy Award e uma nomeação ao Tony Award, entre outros prémios.
Recebeu o prémio honorário do American Film Institute em 2004 e o Kennedy Center Honor em 2011, ambos pela sua contribuição para a cultura dos Estados Unidos através das artes performáticas, sendo a mais jovem artista da história a receber tal distinção. Foi condecorada por duas vezes pelo presidente Barack Obama, em 2010 e 2014, com a Medalha Nacional das Artes e a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta condecoração civil dos Estados Unidos.
Origem
Meryl Streep nasceu em Summit, no estado americano de Nova Jérsei A sua mãe, Mary Wolf (1915–2001), era comerciante de artes e editora numa publicação especializada. O seu pai, Harry William Streep Jr. (1910–2003), era executivo numa empresa do ramo da indústria farmacêutica. Meryl tem dois irmãos: Dana David e Harry William III.
A sua família é de origem alemã, especificamente da região de Loffenau. O seu tetravô, Gottfried Streep, foi quem imigrou para os Estados Unidos. Outra parte da sua família paterna é da região suíça de Giswil. A sua mãe tinha origem inglesa, alemã e irlandesa. Parte da família materna da actriz é dos estados da Pennsylvania e Rhode Island, e descende de imigrantes ingleses do século XVII.
Streep cresceu em Bernardsville no estado de Nova Jérsei, onde estudou no Bernards High School.
Graduou-se em teatro dramático no renomado Vassar College em 1971 (onde por pouco tempo foi aluna da actriz Jean Arthur). Também foi estudante visitante do Dartmouth College e fez mestrado em Artes Dramáticas na Universidade de Yale, curso durante o qual participou de várias montagens teatrais, como "Sonho de uma noite de Verão", de William Shakespeare.
Carreira
Anos 1970
Meryl Streep participou de várias montagens teatrais em Nova Iorque e Nova Jérsei depois de se ter graduado na Universidade de Yale, incluindo as peças "Henry V", "The Taming of the Shrew" (onde actuou com Raúl Juliá), e "Measure for Measure" (no qual contracenou com Sam Waterston e John Cazale), ambas feitas para o New York Shakespeare Festival. Nesse período, começou a relacionar-se com Cazale, com quem viveu até à sua morte, três anos depois. Estreou-se na Broadway no musical "Happy End", e permaneceu actuando nos teatros até ao início dos anos 1980. Recebeu um Obie Award pela sua performance no espectáculo off-Broadway "Alice at the Palace".
No início dos anos 1970, vivendo em Nova Iorque, trabalhou na Broadway em 1976 nas peças "27 Wagons Full of Cotton", de Tennessee Williams, e "A Memory of Two Mondays", de Arthur Miller, pela qual recebeu uma nomeação ao Tony na categoria Melhor Actriz. Os seus primeiros trabalhos na Broadway também incluem "The Cherry Orchard", de Anton Chekhov e o musical "Happy End" de Bertolt Brecht e Kurt Weill, que foi encenado originalmente no circuito Off-Broadway. Recebeu nomeações para o Drama Desk Award em ambas as produções.
O primeiro filme da actriz foi "Julia" (1977), no qual interpreta um papel pequeno, porém de destaque, nas cenas de flashback. Nesta época, Streep estava vivendo em Nova Iorque com Cazale, a quem foi diagosticado um cancro ósseo. Participou no filme "O Caçador" ("The Deer Hunter"), em 1978, unicamente para ficar com Cazale o máximo de tempo possível, não estando especialmente interessada pela produção. "Eles precisavam de uma garota entre os dois caras, e fui eu."
Em 1978, estrelou a mini série "Holocausto" como uma alemã casada com um artista judeu (interpretado por James Woods), durante o período nazi. Posteriormente, explicou que achou o material "forçadamente nobre" e que só aceitou o papel porque precisava de dinheiro. Meryl viajou para a Alemanha e Áustria para filmar enquanto Cazale permaneceu em Nova Iorque. Quando voltou, descobriu que a doença dele havia progredido e cuidou dele até à sua morte, ocorrida a 12 de Março de 1978. Segundo ela, a dor pela perda de Cazale fez com que perdesse também a esperança de que o trabalho lhe pudesse trazer alegria. Aceitou um papel em "The Seduction of Joe Tynan" (1979) com Alan Alda. Segundo a própria, actuou em modo "piloto automático" Também actuou na peça "The Taming of the Shrew".
Com uma audiência estimada em 109 milhões de pessoas, "Holocausto" tornou Meryl uma actriz nacionalmente famosa. Descreveu o "Agosto de 1978" como "a fronteira da fama". Venceu o Emmy de Melhor Actriz numa Mini série ou Telefilme pela sua performance. "O Caçador" ("The Deer Hunter") foi lançado um mês depois e Meryl foi nomeada ao Óscar de melhor actriz secundária.
Em 1979, Meryl foi actriz secundária no filme "Manhattan" de Woody Allen, explicando depois que não lera o roteiro completo, e que lhe foram dadas apenas seis páginas somente com as suas cenas e que não lhe foi permitido improvisar uma palavra sequer dos diálogos.
Inquirida sobre o roteiro de Kramer vs. Kramer (1979), num encontro com o produtor Stan Jaffee, o realizador Robert Benton e o actor principal Dustin Hoffman, Meryl insistiu que a personagem feminina não representava as muitas mulheres que enfrentam uma crise no casamento e a batalha pela guarda de uma criança, e que a personagem estava escrita de maneira "muito má". Jaffee, Benton e Hoffman concordaram com Streep, e o script foi modificado. Na preparação para a personagem conversou com a própria mãe sobre como era ser mãe e dona de casa mantendo,, ao mesmo tempo, uma carreira. Frequentou ainda a região de Upper East Side onde o filme se passava, para melhor ambientar a sua personagem. Benton permitiu que Meryl Streep escrevesse os seus diálogos em duas das suas cenas-chave, contra a vontade de Hoffman. Jaffee e Hoffman, posteriormente, sobre o espírito incansável de Meryl, comentaram: "Ela é uma extraordinária trabalhadora, de tal modo que se tprna obsessiva. Acho que ela não pensa em nada a não ser no trabalho que está fazendo.", disse Dustin Hoffman
Streep foi aclamada pela crítica pelos seus três filmes lançados em 1979: a comédia romântica "Manhattan", o drama policial "The Seduction of Joe Tynan" e o drama familiar "Kramer contra Kramer". Recebeu o Los Angeles Film Critics Association Award, o National Board of Review Award e o National Society of Film Critics Award (em todos como Melhor Actriz Secundária) pelo conjunto dos três filmes. Além disso, com "Kramer contra Kramer, venceu o Óscar e o Globo de Ouro de Melhor Actriz Secundária no Cinema.
Anos 1980
Depois de duas grandes performances como secundária em dois dos filmes de maior sucesso dos anos 1970 (os vencedores do Óscar de Melhor Filme "O Caçador" ("The Deer Hunter") e "Kramer contra Kramer" ("Kramer vs. Kramer"), e reconhecida pela sua versatilidade em papéis secundários, Meryl começou a ser chamada para fazer papéis principais. O seu primeiro "grande" papel foi em "A Amante do Tenente Francês" ("The French Lieutenant's Woman") (1981). O filme - uma história sobre um romance dentro, entre as personagens, e fora da tela, entre os actores que desempenham os papeis num filme - uniu Meryl Streep e Jeremy Irons como actores contemporâneos contando a sua história moderna, enquanto o livro é encenado na Era Vitoriana. Um artigo na New York Magazine afirmou que enquanto muitas estrelas femininas do passado haviam cultivado uma identidade singular nos seus filmes, Meryl era um "camaleão", capaz de interpretar qualquer tipo de papel. A actriz recebeu o BAFTA de Melhor Actriz pelo seu desempenho.
O filme que se seguiu, o thriller psicológico, "No Calor da Noite" ("Still of the Night", em 1982, voltou a reuni-la com Robert Benton, o realizador de "Kramer vs. Kramer" e foi co-estrelado por Roy Scheider e Jessica Tandy. Vincent Canby, em artigo publicado no The New York Times, afirmou que o filme era uma homenagem a Alfred Hitchcock, mas que um dos pontos baixos do filme era a falta de química entre Streep e Scheider, concluindo que Meryl "é incrível, mas não está em nenhum lugar da tela, e nem mesmo perto dela".
Como uma polaca sobrevivente do holocausto em "A Escolha de Sofia" (1982), a performance emocional e dramática e o seu sotaque polaco receberam muitos elogios. William Styron escreveu o romance pensando em Ursula Andress para o papel de Sophie, mas Meryl estava bastante determinada em conseguir o papel. Depois de obter uma cópia "contrabandeada" do roteiro, foi ter com Alan J. Pakula e atirou-se ao chão implorando que o realuzador lhe atribuísse o papel. Meryl filmou a cena da "escolha" numa tomada (take) e recusou-se a fazê-la novamente, já que havia achado o trabalho extremamente doloroso. Além de muitos prémios importantes de representação, Meryl ganhou o Óscar de Melhor Actriz pela sua performance. Roger Ebert disse sobre a actuação, "Streep interpreta as cenas de Brooklyn com um encantador sotaque polaco (tem o primeiro sotaque que eu tenho vontade de abraçar), e faz os flashbacks em polaco e alemão de forma muito fluente. Dificilmente se encontra uma emoção que Streep não toque no filme, e, ainda assim, nunca estamos conscientes do seu esforço. Este é um dos mais surpreendentes e, mesmo assim, uma das mais naturais performances de que eu me consigo lembrar."
Streep continuou a ter sucesso com o filme "Reacção em Cadeia" ("Silkwood"), em 1983, no qual interpreta, pela primeira vez, uma personagem real, a sindicalista Karen Silkwood. Meryl comentou a preparação para o papel, numa entrevista a Roger Ebert, onde disse que se encontrou com pessoas próximas a Karen para conhecer mais sobre ela. Ao fazer isso, percebeu que cada pessoa viu um aspecto diferente da sua personalidad. Meryl concentrou-se nos acontecimentos da vida de Karen e disse, "Eu não tentei "tornar-me Karen". Apenas tentei olhar para o que ela fez. Juntei cada informação que pude encontrar sobre ela… O que eu fiz então foi olhar os acontecimentos da sua vida, e tentar entendê-los de dentro para fora."
Os filmes que se seguiram foram o drama romântico, "Encontro com o Amor" ("Falling in Love"), em 1984, com Robert De Niro, e o drama britânico, "Plenty . Uma História de Mulher" ("Plenty"), em 1985. Roger Ebert disse sobre a actuação de Meryl Streep em "Plenty" que ela transmitiu "grande subjetividade; é difícil interpretar uma mulher desequilibrada, neurótica e auto-destrutiva, e fazer isso com tanta suavidade e charme… Streep criou todo o personagem ao redor de uma mulher que poderia ser simplesmente um catálogo de sintomas."
"África Minha" ("Out of Africa"), de 1985, teve Meryl Streep a interpretar a escritora dinamarquesa Karen Blixen e foi co-estrelado por Robert Redford. Para o filme, o realizador Sydney Pollack não pensava na actriz para o papel por a achar pouco sexy para a personagem. A opção original era Audrey Hepburn. Interessada no papel, Meryl compareceu a um encontro com o realizador usando um sutiã com enchimento e um decote, conseguindo o papel.
"África Minha" foi um grande sucesso da crítica: recebeu 63% de avaliações positivas no portal Rotten Tomatoes. Streep co-estrelou, em seguida, com Jack Nicholson nos seus dois filmes que se seguiram:, os dramas "A Difícil Arte de Amar" ("Heartburn"), de 1986, e "Dois estranhos na mesma Cidade" ("Ironweed"), de 1987, no qual cantava pela primeira vez desde o telefilme "Secret Service", de 1977.
Em "Um Grito de Coragem" ("A Cry in the Dark") de 1988, interpretou o papel biográfico de Lindy Chamberlain, uma australiana condenada pelo desaparecimento da própria filha, mas que afirmava que o bebê tinha sido atacado e levado por um dingo (uma espécie de cão selvagem). Rodado na Austrália, o filme deu a Meryl o Australian Film Institute Award de melhor actriz e o prémio de Melhor Actriz no Cannes Film Festival, o New York Film Critics Circle Award de Melhor Actriz e foi nomeada a vários outros prêmios.
"África Minha" foi um grande sucesso da crítica: recebeu 63% de avaliações positivas no portal Rotten Tomatoes. Streep co-estrelou, em seguida, com Jack Nicholson nos seus dois filmes que se seguiram:, os dramas "A Difícil Arte de Amar" ("Heartburn"), de 1986, e "Dois estranhos na mesma Cidade" ("Ironweed"), de 1987, no qual cantava pela primeira vez desde o telefilme "Secret Service", de 1977.
Em "Um Grito de Coragem" ("A Cry in the Dark") de 1988, interpretou o papel biográfico de Lindy Chamberlain, uma australiana condenada pelo desaparecimento da própria filha, mas que afirmava que o bebê tinha sido atacado e levado por um dingo (uma espécie de cão selvagem). Rodado na Austrália, o filme deu a Meryl o Australian Film Institute Award de melhor actriz e o prémio de Melhor Actriz no Cannes Film Festival, o New York Film Critics Circle Award de Melhor Actriz e foi nomeada a vários outros prêmios.
Em "Demonio de Saias" ("She-Devil", de 1989, Streep fez a sua primeira comédia, contracenando com Roseanne Barr. Richard Corliss escreveu na revista Time que Streep era a "única razão" para ver o filme, confessando-se surpreso por Meryl ter aceitado fazer um papel tão diferente dos que normalmente costumava representar.
Anos 1990
Nos anos 1990, Meryl Streep continuou escolhendo uma grande variedade de papéis. Entre 1984 e 1990, ganhou seis People's Choice Awards de melhor atriz cinematográfica, e, em 1990, foi nomeada como a "Melhor do Mundo". A partir de então, começou um período que a sua biógrafa Karen Hollinger descreveu como "uma crise na popularidade dos seus filmes", atribuindo isso, em menor escala, à percepção da crítica de que as suas comédias eram uma tentativa de assumir uma imagem mais suave, depois de uma série de filmes sérios e de pouco apelo comercial, e, principalmente, pela falta de bons papéis para actrizes na casa dos quarenta anos. Streep comentou que as suas opções ficaram limitadas pela sua escolha de só trabalhar em Los Angeles, próxima da sua família, situação que já havia antecipado muma entrevista em 1981. "No momento em que uma actriz chega aos seus quarenta e poucos anos, ninguém está mais interessado nela. Então, se ela resolver trazer ao mundo uma ou duas crianças nesse período, é bom escolher com cuidado os seus papéis."
Meryl interpretou, em seguida, uma actriz viciada em drogas na adaptação para o cinema do romance de Carrie Fisher "Postcards from the Edge", com Dennis Quaid e Shirley MacLaine. Logo em seguida, filmou a comédia burlesca "A Morte Fica-vos tão bem" ("Death Becomes Her"), com Bruce Willis e Goldie Hawn como co-estrelas. O crítico da TIME Richard Corliss aprovou a performance ao estilo "bruxa má do Oeste" de Meryl, mas classificou o filme como uma "versão melhorada de "She-Devil".
Em 1995, Streep contracenou com Clint Eastwood na história de amor "As Pontes de Madison County" ("The Bridges of Madison County"), em 1995. Baseado no best-seller de Robert James Waller, que conta a história de Robert Kincaid (Eastwood), um fotógrafo contratado pela National Geographic, que se apaixona por uma fazendeira francesa de meia idade de Iowa chamada Francesca (Streep). Streep e Eastwood aproximaram-se muito durante as filmagens, e a sua química na tela levantou boatos de que os dois estariam tendo um caso, o que foi negado por ambos. O filme foi um sucesso de público e arrecadou mais de 70 milhões de dólares só nos Estados Unidos. O filme, diferentemente do livro, surpreendeu positivamente os críticos e teve recepção calorosa. Janet Maslin do The New York Times escreveu que Clint criou "uma comovente e emocionante história de amor", enquanto Joe Morgenstern no The Wall Street Journal descreveu "The Bridges of Madison County" como "um dos filmes mais agradáveis dos últimos tempos".
Em 1996, Meryl estrelou "Duas Irmãs" ("Marvin's Room"), uma adaptação da peça de Scott McPherson. Diane Keaton interpretou a sua distante irmã, uma mulher em luta contra a leucemia, papel para o qual Meryl foi considerada inicialmente. O filme também é estrelado pelo jovem Leonardo DiCaprio como o filho rebelde de Meryl. Roger Ebert escreveu que "Streep e Keaton, nos seus diferentes estilos, encontraram maneiras de fazer de Lee e Bessie muito mais do que a expressão de seus problemas." Apesar de aclamado pela crítica, o filme não foi lançado em grande escala. Streep, contudo, recebeu outra nomeação ao Globo de Ouro pelo papel
Em 1995, Streep contracenou com Clint Eastwood na história de amor "As Pontes de Madison County" ("The Bridges of Madison County"), em 1995. Baseado no best-seller de Robert James Waller, que conta a história de Robert Kincaid (Eastwood), um fotógrafo contratado pela National Geographic, que se apaixona por uma fazendeira francesa de meia idade de Iowa chamada Francesca (Streep). Streep e Eastwood aproximaram-se muito durante as filmagens, e a sua química na tela levantou boatos de que os dois estariam tendo um caso, o que foi negado por ambos. O filme foi um sucesso de público e arrecadou mais de 70 milhões de dólares só nos Estados Unidos. O filme, diferentemente do livro, surpreendeu positivamente os críticos e teve recepção calorosa. Janet Maslin do The New York Times escreveu que Clint criou "uma comovente e emocionante história de amor", enquanto Joe Morgenstern no The Wall Street Journal descreveu "The Bridges of Madison County" como "um dos filmes mais agradáveis dos últimos tempos".
Em 1996, Meryl estrelou "Duas Irmãs" ("Marvin's Room"), uma adaptação da peça de Scott McPherson. Diane Keaton interpretou a sua distante irmã, uma mulher em luta contra a leucemia, papel para o qual Meryl foi considerada inicialmente. O filme também é estrelado pelo jovem Leonardo DiCaprio como o filho rebelde de Meryl. Roger Ebert escreveu que "Streep e Keaton, nos seus diferentes estilos, encontraram maneiras de fazer de Lee e Bessie muito mais do que a expressão de seus problemas." Apesar de aclamado pela crítica, o filme não foi lançado em grande escala. Streep, contudo, recebeu outra nomeação ao Globo de Ouro pelo papel
Em 1999, Streep interpretou Roberta Guaspari, uma nova-iorquina real que encontrou paixão e realização pessoal, ensinando violino para crianças pobres do Harlem no drama musical "Music of the Heart", papel pelo qual foi novamente nomeada ao Óscar.
Anos 2000
No ano 2000, a actriz foi dirigida por Steven Spielberg no filme "A.I. Artificial Intelligence", uma ficção científica sobre uma criança androide, interpretada por Haley Joel Osment, programado unicamente com a capacidade de amar. Meryl fez a voz da Fada Azul. No mesmo ano, Streep co-apresentou a entrega do Prémio Nobel da Paz com Liam Neeson, em Oslo, na Noruega.
Em 2002, Meryl voltou aos palcos pela primeira vez depois de mais de vinte anos, interpretando Arkadina no The Public Theater, no revival da peça "A Gaivota" ("The Seagull"), de Anton Chekhov, dirigida por Mike Nichols e co-estrelada por Kevin Kline, Natalie Portman, e Philip Seymour Hoffman. No mesmo ano, começou a trabalhar com Spike Jonze na comédia dramática "Inadaptado" ("Adaptation"). em 2002, no qual interpretou uma personagem real, a jornalista Susan Orlean. Aclamado pela crítica e pelo público, o filme deu a Meryl o seu quarto Globo de Ouro de actriz. Ainda em 2002, Streep apareceu ao lado de Nicole Kidman e Julianne Moore em "As Hoeas" ("The Hours"), reakuzado por Stephen Daldry, baseado no livro homónimo de 1999 de Michael Cunningham. Focado em três mulheres de diferentes gerações cujas vidas são "interconectadas" pelo romance "Mrs. Dalloway", de Virginia Woolf. O filme foi bem recebido e deu às três actrizes o Urso de Prata do Festival de Berlim, no ano seguinte.
Em 2002, Meryl voltou aos palcos pela primeira vez depois de mais de vinte anos, interpretando Arkadina no The Public Theater, no revival da peça "A Gaivota" ("The Seagull"), de Anton Chekhov, dirigida por Mike Nichols e co-estrelada por Kevin Kline, Natalie Portman, e Philip Seymour Hoffman. No mesmo ano, começou a trabalhar com Spike Jonze na comédia dramática "Inadaptado" ("Adaptation"). em 2002, no qual interpretou uma personagem real, a jornalista Susan Orlean. Aclamado pela crítica e pelo público, o filme deu a Meryl o seu quarto Globo de Ouro de actriz. Ainda em 2002, Streep apareceu ao lado de Nicole Kidman e Julianne Moore em "As Hoeas" ("The Hours"), reakuzado por Stephen Daldry, baseado no livro homónimo de 1999 de Michael Cunningham. Focado em três mulheres de diferentes gerações cujas vidas são "interconectadas" pelo romance "Mrs. Dalloway", de Virginia Woolf. O filme foi bem recebido e deu às três actrizes o Urso de Prata do Festival de Berlim, no ano seguinte.
No ano seguinte, fez uma participação especial como ela própra na comédia "Stuck on You "(2003) e voltou a trabalhar com Mike Nichols para estrelar com Al Pacino e Emma Thompson a adaptação da HBO da peça "Anjos na América" ("Angels in America"), de Tony Kushner, cuja versão original tinha seis horas de duração e contava a história de dois casais cujos relacionamentos entram em crise tento como pano de fundo a Era Reagan. A atriz interpretou quatro papéis na mini série e recebeu o seu segundo Emmy e o seu quinto Globo de Ouro pela performance. Em 2004, Meryl recebeu o prêmio da American Film Institute pelo conjunto de sua obra. Apareceu em "O Candidato da Verdade" ("The Manchurian Candidate"), remake dirigido por Jonathan Demme, de sucesso moderado, onde aparece ao lado de Denzel Washington. Nele, Meryl interpreta uma mulher que ao mesmo tempo é senadora, e a manipuladora mãe de um candidato a vice-presidente.
No mesmo ano foi secundária na adaptação feita por Aunt Josephine para a série "Lemony Snicket's A Series of Unfortunate Events", tendo Jim Carrey como protagonista. A comédia recebeu críticas positivas, e ganhou o Óscar de melhor maquilhagem e penteados. O amor entre Giverny, a França e Claude Monet foi tema do filme "Monet's Palate", narrado por Meryl, com Alice Waters, Steve Wynn, Daniel Boulud and Helen Rappel Bordman.
Meryl esteve no cast de "Prime", dirigido por Ben Younger. No filme, interpretou Lisa Metzger, a psicanalista de uma mulher de negócios divorciada (interpretada por Uma Thurman) que começa a se relacionar com o filho de 23 anos de Lisa (Bryan Greenberg). O filme arrecadou 67,9 milhões de dólares internacionalmente. Entre Agosto e Setembro de 2006, estrelou a produção de "The Public Theater de Mother Courage and Her Children". Streep co-estrelou ao lado de Kevin Kline e Austin Pendleton a peça de três horas de duração onde aparecia cantando durante quase todo o tempo.
Também em 2006, interpretou ao lado de Shirley MacLaine os últimos dois membros de uma família dedicada à música country em "A Prairie Home Companion", último filme de Robert Altman. O filme arrecadou 26 milhões de dólares, maioritariamente no mercado doméstico. Comercialmente, Meryl deu-se melhor em "O Diabo veste Prada" ("The Devil Wears Prada", em 2006, adaptação do best-seller de Lauren Weisberger. A ela coube o papel da poderosa e dominadora Miranda Priestly, editora de uma revista de moda (e chefe da recém-formada Anne Hathaway). A sua performance atraiu elogios dos críticos e ganhou muitas nomeações a prémios, incluindo a sua 14ª ao Óscar, e outra vitória nos Globos de Ouro. Após o seu lançamento comercial, tornou-se o maior sucesso de bilheteira de Meryl até então, arrecadando 326,5 milhões de dólares ao redor do mundo.
Em 2007, Streep estrelou quatro filmes. Interpretou a rica reitora de uma universidade no drama "Matéria Negra" ("Dark Matter"), de Chen Shi-zheng, baseado em factos reais sobre um estudante chinês que se torna violento por não concordar com o sistema científico norte-americano. Iniicialmente produzido para ser lançado em 2007, os produtores decidiram adiar o lançamento em função do Massacre de Virginia Tech, em Abril de 2007. O drama recebeu críticas negativas no seu lançamento, bastante limitado, no final de 2008. A actriz interpretou também uma oficial do governo norte-americano que investiga egípcios suspeitos de terrorismo, no policial Detenção Secreta" ("Rendition"), de Gavin Hood. Animada para participar de um filme de suspense, Meryl viu a oportunidade de participar de um gênero onde normalmente não lhe eram oferecidos papéis. No seu lançamento, "Rendition" teve pouco sucesso comercial, e recebeu críticas mistas.
Ainda em 2007, teve um papel pequeno ao lado de Vanessa Redgrave, Glenn Close e da sua filha mais velha, Mamie Gummer, no drama dirigido por Lajos Koltai, "Ao Anoitecer" ("Evening"), baseado no romance homónimo de Susan Minot. Ambientado entre o presente e o passado, conta a história de uma mulher acamada que se lembra de sua movimentada vida nos anos 1950. O filme teve uma recepção morna dos críticos, que afirmaram que ele era "lindamente filmado, mas decididamente enfadonho e um colossal desperdício de talento do elenco." O último filme de Meryl em 2007 foi "Jogo de Peões" ("Lions for Lambs"), de Robert Redford, sobre as ligações entre um pelotão de soldados na Guerra do Afeganistão, um senador norte-americano, uma repórter da revista Time, e um professor universitário californiano.
Em 2008, Meryl participou no seu maior sucesso comercial, o filme musical "Mamma Mia!". Dirigido por Phyllida Lloyd, o filme é uma adaptação do musical da Broadway com canções do grupo sueco ABBA. Co-estrelado por Amanda Seyfried, Pierce Brosnan, Stellan Skarsgård e Colin Firth, interpreta uma mãe solteira cuja filha, prestes a se casar, nunca conheceu o pai. A garota convida três prováveis pais para o seu casamento numa idílica ilha grega. O sucesso instantâneo,"Mamma Mia!" arrecadou 602,6 milhões de dólares, o maior valor obtido entre os musicais de todos os tempos Indicada ao Globo de Ouro, a actuação de Meryl recebeu boas críticas, como a de Wesley Morris do Boston Globe, que disse: "a melhor actriz dos filmes americanos finalmente torna-se uma estrela".
No mesmo ano, também participou de "Dúvida" ("Doubt"), ao lado de Philip Seymour Hoffman, Amy Adams e Viola Davis. Um drama que se desenvolve ao redor de uma freira (Streep) que dirige uma escola católica no Bronx em 1964, e que encontra indícios de pedofilia praticada por um padre (Hoffman). O filme teve moderado sucesso de bilheteira, mas foi descrito pela crítica como um dos melhores de 2008. Meryl foi nomeada ao Óscar e ao Globo de Ouro por "Doubt" e ao Globo de Ouro por "Mamma Mia!" .
Em 2009, a actriz interpretou a chef Julia Child em "Julie & Julia", dirigido por Nora Ephron e co-estrelado por Amy Adams e Stanley Tucci. O primeiro grande filme baseado num blogue, mostra os contrastes da vida de Child nos primeiros anos da sua carreira como chef, com a vida da jovem Julie Powell (Adams), que decide cozinhar as 524 receitas do livro de culinária "Mastering the Art of French Cooking", de Child, em 365 dias, e relatar tudo num popular blogue, o The Julie/Julia Project. No mesmo ano, Meryl também estrelou a comédia romântica "Amar é Cpmplicado" ("It's Complicated"), de Nancy Meyers, com Alec Baldwin e Steve Martin. Recebeu nomeações para o Globo de Ouro, na categoria de Melhor Actriz em Comédia ou Musical pelos dois filmes, vencendo pelo primeiro. Por "Julie & Julia" recebeu a sua 16ª nomeação ao Óscar. No mesmo ano, também emprestou sua voz para a animação "O Fantástico Sr. Raposo" ("Fantastic Mr. Fox").
Em 2009, a actriz interpretou a chef Julia Child em "Julie & Julia", dirigido por Nora Ephron e co-estrelado por Amy Adams e Stanley Tucci. O primeiro grande filme baseado num blogue, mostra os contrastes da vida de Child nos primeiros anos da sua carreira como chef, com a vida da jovem Julie Powell (Adams), que decide cozinhar as 524 receitas do livro de culinária "Mastering the Art of French Cooking", de Child, em 365 dias, e relatar tudo num popular blogue, o The Julie/Julia Project. No mesmo ano, Meryl também estrelou a comédia romântica "Amar é Cpmplicado" ("It's Complicated"), de Nancy Meyers, com Alec Baldwin e Steve Martin. Recebeu nomeações para o Globo de Ouro, na categoria de Melhor Actriz em Comédia ou Musical pelos dois filmes, vencendo pelo primeiro. Por "Julie & Julia" recebeu a sua 16ª nomeação ao Óscar. No mesmo ano, também emprestou sua voz para a animação "O Fantástico Sr. Raposo" ("Fantastic Mr. Fox").
Anos 2010
No início de 2011, voltou a trabalhar com Phyllida Lloyd em "A Dama de Ferro" ("The Iron Lady"), a cinebiografia de Margaret Thatcher, que retrata o período em que ela era Primeira Ministra do Reino Unido, durante a Guerra das Malvinas e os seus anos de aposentadoria. Durante a preparação para o papel, sentou-se numa sessão da Câmara dos Comuns para observar os membros do parlamento em acção, o que classificou como "um desafio assustador." Enquanto o filme teve críticas mistas, a actuação de Meryl teve críticas muito positivas, e rendeu-lhe o Globo de Ouro e o BAFTA de Melhor Actriz, além do seu terceiro Óscar.
Em 2010, Meryl Streep voltou a reunir-se com orealizador de "O Diabo Veste Prada", David Frankel, para a comédia dramática "Terapia a Dois" ("Hope Springs"), co-estrelada por Tommy Lee Jones e Steve Carell. Nela, Streep e Jones interpretam um casal de meia idade que participa de um programa intensivo de uma semana de terapia de casal, na tentativa de recuperar a intimidade perdida. As críticas do filme foram, em geral, positivas, ressaltando as "performances hipinotizantes de Meryl Streep e Tommy Lee Jones" que oferecem "aos cinéfilos mais crescidos algumas gargalhadas - e a chance de pensar sobre os relacionamentos maduros". Streep recebeu a sua 27ª nomeação ao Globo de Ouro, quebrando o seu próprio recorde.
Em 2013, Meryl co-estrelou com Julia Roberts e um enorme elenco o filme "Um Quente Agosto" ("August: Osage County"), rodado no estado de Oklahoma. O filme, baseado na peça homónima vencedora do Pullitzer e do Tony, foi dirigido por John Wells e trata de uma família que precisa acertar as suas contas no funeral do seu patriarca. Exibido no Festival de Cinema de Toronto, o filme estreou comercialmente na semana do natal, tanto nos Estados Unidos como no Brasil. A extraordinária performance de Streep foi responsável pela sua 18ª nomeação ao Oscar, batendo o seu próprio recorde. Pelo filme, Meryl também foi duas vezes nomeada ao SAG Awards (como melhor actriz e como melhor elenco) e ao seu 28ª Globo de Ouro, na categoria Melhor Actriz no Cinema - Comédia/Musical
Em 2014, estrelou, juntamente com Hilary Swank a produção de "The Homesman - Uma Dívida de Honra" ("The Homesman"), segunda experiência de Tommy Lee Jones como realizador Também participou em "Caminhos da Floresta" ("Into the Woods"), adaptação da Disney do musical da Broadway. Meryl desempenhou o papel principal, sendo dirigida por Rob Marshall. A actriz também esteve em "The Giver - O Dador de Memórias" ("The Giver"), com Jeff Bridges.
Em 2014, estrelou, juntamente com Hilary Swank a produção de "The Homesman - Uma Dívida de Honra" ("The Homesman"), segunda experiência de Tommy Lee Jones como realizador Também participou em "Caminhos da Floresta" ("Into the Woods"), adaptação da Disney do musical da Broadway. Meryl desempenhou o papel principal, sendo dirigida por Rob Marshall. A actriz também esteve em "The Giver - O Dador de Memórias" ("The Giver"), com Jeff Bridges.
Ainda neste ano filmou "As Sufragistas" ("Suffragette"), ao lado de Helena Bonham Carter e Carey Mulligan, primeiro filme comercial da história a ser filmado no interior da House of Commons, a Câmara Baixa do Parlamento Britânico.
Os seus maiores sucessos comerciais em todo o mundo foram os filmes "Mamma Mia!", que arrecadou 609,8 milhões de dólares, "The Devil Wears Prada", que arrecadou 326,6 milhões, "A.I. Artificial Intelligence" (235,9 milhões), "It's Complicated" (219,1 milhões) e "Lemony Snicket's A Series of Unfortunate Events" (209,1 milhões de dólares).
O seu segundo filme, "The Deer Hunter", foi eleito, em 1998, durante as comemorações dos 100 anos da invenção do cinema, o 78º melhor filme de todos os tempos, pelo American Film Institute.
Em 2001 o filme foi eleito o 30º mais "electrizante" de todos os tempos. Na actualização da lista dos 100 melhores filmes da história, feita em 2007, a produção subiu para a 53ª posição; e "Sophie's Choice", pelo qual Meryl recebeu o Oscar de Melhor Actriz, passou a figurar no ranking, ocupando o 91ª lugar.
Em 2001 o filme foi eleito o 30º mais "electrizante" de todos os tempos. Na actualização da lista dos 100 melhores filmes da história, feita em 2007, a produção subiu para a 53ª posição; e "Sophie's Choice", pelo qual Meryl recebeu o Oscar de Melhor Actriz, passou a figurar no ranking, ocupando o 91ª lugar.
Ainda de acordo com a instituição, que elege os 10 melhores filmes de cada gênero - e actualiza a lista anualmente - "Kramer vs. Kramer" e "A Cry in the Dark" ocupam, respectivamente, a 3ª e a 9ª posição na lista dos dez melhores filmes da história sobre julgamentos.
Em 2002 ,três filmes estrelados pela actriz foram "ranqueados" na lista das 100 melhores histórias de amor de todos os tempos: "Out of Africa", na 13ª posição, "Manhattan", na 66ª posição, e "The Bridges of Madison County", na 90ª posição.
No ano seguinte, a AFI elegeu Karen Silkwood, a personagem vivida por Meryl em "Silkwood", como o 47º melhor herói de todos os tempos. "Manhattan" é também a 46ª melhor comédia de todos os tempos.
No ano seguinte, a AFI elegeu Karen Silkwood, a personagem vivida por Meryl em "Silkwood", como o 47º melhor herói de todos os tempos. "Manhattan" é também a 46ª melhor comédia de todos os tempos.
Sotaques
Meryl Streep é conhecida pela sua grande capacidade de mimetizar sotaques, desde o dinamarquês de "Out of Africa" (1985); ao inglês britânico de "Plenty" (1985), de "The French Lieutenant's Woman" (1981) e de "The Iron Lady" (2011); o italiano em "The Bridges of Madison County" (1995); o sotaque de Minnesota em "A Prairie Home Companion" (2006) e o irlandês em "Ironweed", até ao sotaque do Bronx em "Doubt". Em "A Cry in the Dark" (1988), os críticos ficaram impressionados com a capacidade de Meryl misturar o sotaque australiano com o da Nova Zelândia. Para o seu papel em "Sophie's Choice" (1982), usa o sotaque polaco, e fala fluentemente em alemão e polaco nas cenas-chave. Em "The Iron Lady", reproduziu o estilo estridente de falar de Margaret Thatcher antes dela se tornar primeira ministra, e o tom mais suave após as lições de fonoaudiologia.
De acordo com ela própria, os sotaques são uma parte óbvia da construção das personagens. Certa vez, perguntada sobre isso, respondeu, "Eu sou sempre confrontada por essa questão… Como posso interpretar uma personagem e falar como eu mesma?". Quando questionada sobre como consegue reproduzir os diferentes sotaques respondeu, "Ouço-os.".
Projetos não concretizados
Goldie Hawn e Meryl eram as primeiras opções para "Thelma & Louise".
No início dos anos 1970, Meryl começou a participar de testes de elenco para o cinema. Uma das suas audições mais famosas foi para o remake dirigido por Dino De Laurentiis do filme "King Kong", no qual se candidatou ao papel principal. "Ele disse ao seu filho, que estava organizando o encontro: 'Ela é feia. Por que você me trouxe essa coisa?' Dino não imaginava que eu tinha estudado e me formado em italiano", disse Streep recordando o facto. "Quando respondi, em italiano, ele me olhou como se tivesse levado um tiro", completou. O papel ficou com a então iniciante Jessica Lange.
No remake de "The Postman Always Rings Twice" a primeira opção para o papel principal era Meryl. Contudo, ela exigiu que nas cenas de sexo explícito o seu corpo fosso exposto tanto quanto o do seu par, Jack Nicholson. Diante da negativa da produtora, desistiu do filme e o papel foi dado a Jessica Lange.
No final dos anos 1980, Meryl Streep e Goldie Hawn ficaram amigas e estavam interessadas em fazer um filme juntas. Depois de estudarem vários projetos, decidiram por "Thelma and Louise". Porém, Meryl engravidou do seu quarto filho, o que a impediria de participar das filmagens em 1988. Os produtores decidiram substituir as duas por Susan Sarandon e Geena Davis, ambas nomeadas ao Óscar de Melhor Actriz pelas suas actuações no filme que se tornou um clássico.
A gravidez do seu quarto filho também tirou Meryl do filme "Man Trouble", no qual foi substituída por Ellen Barkin.
Em 1991, Mike Nichols planeava dirigir "The Remains of the Day", com Meryl Streep e Jeremy Irons. Mas, depois de ambos lerem para ele, Nichols mudou de ideia. Contudo, recusou-se a dizer isso para Meryl, passando essa tarefa para Sam Cohn, que era agente tanto de Meryl, quanto de Mike. Como resultado, Meryl rompeu com Cohn. "Eu saí por causa de algo que Mike fez que senti que Sam me deveria ter protegido", afirmou na época. O filme foi assumido por James Ivory com Anthony Hopkins e Emma Thompson.
Em 1998, após uma briga com Wes Craven (realizador de filmes como "A Nightmare on Elm Street" e "Scream"), a cantora Madonna deixou as filmagens de "Music of the Heart", alegando "diferenças artísticas" com o realizador. Meryl foi escalada para o papel, e precisou de ter aulas de violino durante seis horas por dia, durante seis meses, para conseguir tocar nas cenas musicais do filme.
Três anos antes, aconteceu o inverso: Meryl era a principal cotada para o papel de Eva Perón no musical "Evita". Semanas antes do contrato ser fechado, Madonna escreveu uma carta ao realizador Alan Parker expondo uma série de motivos para os quais era a escolha perfeita para o papel. Em dúvida sobre a capacidade de Meryl cantar no filme, Parker escolheu Madonna.
Vida pessoal
Família
Meryl Streep viveu com o actor John Cazale durante três anos, antes da sua morte em 1978. Nas últimas semanas antes da sua morte, mudou-se para o hospital onde, diariamente, lia para ele o jornal imitando um comentarista desportivo e tentando confortá-lo até aos seus últimos momentos. Parte da história dos dois é descrita por amigos do casal, como Al Pacino, no documentário "I Knew It Was You: Rediscovering John Cazale", de 2009.
Casou, depois, com o escultor Don Gummer, em Setembro de 1978. Conheceram-se através do irmão de Meryl, Harry, amigo de longa data de Don. A cerimônia foi apenas para a família de ambos em Mason's Island, Connecticut. Em Maio do ano seguinte, os dois fizeram um pequeno coquetel para os amigos para celebrar o casamento.
Durante o seu discurso de agradecimento ao Óscar recebido em 2013, Meryl dedicou o prémio ao marido antes de agradecer às demais pessoas. "Primeiramente, gostaria de agradecer a Don, porque quando se agradece ao marido no final do discurso, eles aumentam o volume da música e eu faço questão de que ele saiba que tudo o que eu valorizo nas nossas vidas foi ele que me deu", disse.
Tiveram quatro filhos: Henry Wolfe Gummer, nascido em 1979; Mamie Gummer, nascida em 1983; Grace Gummer, nascida em 1986; e Louisa Jacobson Gummer, nascida em 1991. Tanto Mamie como Grace são atrizes, enquanto Henry é músico e actor.
FILMOGRAFIA
2016 Uma Diva Fora de Tom
Florence Foster Jenkins
2015 As Sufragistas
Emmeline Pankhurst
2015 Ricki e os Flash
Ricki
2014 Caminhos da Floresta
Witch
2014 The Giver - O Dador de Memórias
Chief Elder
2014 The Homesman - Uma Dívida de Honra
Altha Carter
2013 Um Quente Agosto
Violet Weston
2012 Terapia a Dois
Kay
2012 Web Therapy (TV Series)
Camilla Bowner
- Blindsides and Backslides (2012) ... Camilla Bowner
- Getting It Straight (2012) ... Camilla Bowner
2011 A Dama de Ferro
Margaret Thatcher
2010 Web Therapy (TV Series)
Camilla Bowner
- Reverse Psychology (2010) ... Camilla Bowner
- Healing Touch (2010) ... Camilla Bowner
- Aversion Therapy (2010) ... Camilla Bowner
2010 Higglety Pigglety Pop! or There Must Be More to Life (Video short)
Jennie (voice)
2009 Amar... é Complicado!
Jane Adler
2009 O Fantástico Senhor Raposo
Mrs. Fox (voice)
2009 Julie & Julia
Julia Child
2008/I Dúvida
Sister Aloysius Beauvier
2008 Mamma Mia!
Donna
2008 Mamma Mia: Deleted Scenes (Video short)
Donna (uncredited)
2007 Peões em Jogo
Janine Roth
2007 Detenção Secreta
Corrine Whitman
2007 Ao Anoitecer
Lila Ross
2007/I Matéria Negra
Joanna Silver
2006 O Rapaz Formiga
Queen (voice)
2006 O Diabo Veste Prada
Miranda Priestly
2006 The Music of Regret (Short)
The Woman
2006 A Praire Home Companion - Bastidores da Rádio
Yolanda Johnson
2005 Terapia do Amor
Lisa Metzger
2004 Lemony Snicket's: Uma Série de Desgraças
Aunt Josephine
2004 O Candidato da Verdade
Eleanor Shaw
2003 Anjos na América (TV Mini-Series)
Hannah Pitt / Ethel Rosenberg / The Angel Australia / ...
- Part 2 Perestroika (2003) ... Hannah Pitt / Ethel Rosenberg / The Angel Australia
- Part 1 Millennium Approaches (2003) ... Hannah Pitt / Ethel Rosenberg / The Rabbi
2003 Agarrado a Ti
Meryl Streep (uncredited)
2003 Freedom: A History of Us (TV Series documentary)
Margaret Chase Smith / Mother Jones / Mary Easty / ...
- Democracy and Struggles (2003) ... Margaret Chase Smith
- Yearning to Breathe Free (2003) ... Mother Jones
- Liberty for All (2003) ... Mary Easty
- Independence (2003) ... Abigail Adams
2002 As Horas
Clarissa Vaughan
2002 Inadaptado
Susan Orlean
2001 A.I. Inteligência Artificial
Blue Mecha (voice)
1999 King of the Hill (TV Series)
Aunt Esme Dauterive
- A Beer Can Named Desire (1999) ... Aunt Esme Dauterive (voice)
1999 Melodia do Coração
Roberta Guaspari
1999 Chrysanthemum (Short)
Narrator (voice)
1999 Ginevra's Story: Solving the Mysteries of Leonardo da Vinci's First Known Portrait
Narrator
1998 Podia-te Acontecer
Kate Gulden
1998 Dançando em Lughnasa
Kate Mundy
1997 Juramento do Amor (TV Movie)
Lori Reimuller
1996 Duas Irmãs
Lee
1996 Antes e Depois
Dr. Carolyn Ryan
1995 As Pontes de Madison County
Francesca Johnson
1994 Os Simpsons (TV Series)
Jessica Lovejoy
- Bart's Girlfriend (1994) ... Jessica Lovejoy (voice)
1994 Rio Selvagem
Gail Hartman
1993 A Casa dos Espíritos
Clara
1992 A Morte Fica-vos Tão Bem
Madeline Ashton
1991 Em Defesa da Vida
Julia
1990 Recordações de Hollywood
Suzanne Vale
1989 Rabbit Ears: The Fisherman and His Wife (Video short)
Storyteller
1989 Demónio de Saias
Mary Fisher
1988 The Tailor of Gloucester (Video)
Narrator
1988 Um Grito de Coragem
Lindy
1987 Rabbit Ears: The Tale of Mr. Jeremy Fisher (Video short)
Storyteller (voice)
1987 Estranhos na Mesma Cidade
Helen Archer
1987 Rabbit Ears: The Tale of Peter Rabbit (Video short)
Storyteller (voice)
1986 A Difícil Arte de Amar
Rachel Samstat
1985 África Minha
Karen
1985 Plenty, Uma História de Mulher
Susan Traherne
1984 Encontro com o Amor
Molly Gilmore
1983 Reacção em Cadeia
Karen Silkwood
1982 A Escolha de Sofia
Sophie
1982 Na Calada da Noite
Brooke Reynolds
1982 Alice at the Palace (TV Movie)
Alice
1981 A Amante do Tenente Francês
Sarah / Anna
1979 Kramer Contra Kramer
Joanna Kramer
1979 A Sedução de Joe Tynan
Karen Traynor
1977-1979 Great Performances (TV Series)
Leilah / Edith Varney
- Uncommon Women... and Others (1979) ... Leilah
- Secret Service (1977) ... Edith Varney
1979 Manhattan
Jill
1978 O Caçador
Linda
1978 Holocausto (TV Mini-Series)
Inga Helms Weiss
- Part 4 (1978) ... Inga Helms Weiss
- Part 2 (1978) ... Inga Helms Weiss
- Part I: The Gathering Darkness (1978) ... Inga Helms Weiss
1977 Julia
Anne Marie
1977 The Deadliest Season (TV Movie)
Sharon Miller
1975 Everybody Rides the Carousel
Stage 6 (voice)
Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.
T O P F I V E (Recomendado)
A Amante do Tenente Francês (1981)
A Escolha de Sofia (1982)
Dúvida (2008)
A Dama de Ferro (2011)
Um Quente Agosto (2013)
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