terça-feira, 21 de outubro de 2014

Peter O'Toole (1932–2013)





Peter James O’Toole - nascido em Connemara (Irlanda), a 2 de Agosto de 1932, e falecido em Londres, a 14 de Dezembro de 2013 - foi um popular actor irlandês. Era pai da também actriz Kate O'Toole e do actor Lorcan O'Toole. Na sua carreira teve oito nomeações para os óscares, sem nunca ter ganho, o que estabelece um recorde. Ganhou quatro Globos de Ouro, um BAFTA e um Emmy, e foi distinguido com um Óscar honorário em 2003, pela globalidade do seu trabalho.

Peter James O'Toole nasceu em 1932. Filho de Jane Constance, uma enfermeira escocesa, e Patrick Joseph O'Toole, um irlandês. Foi criado na religião cristã católica e, no início da Segunda Guerra Mundial, estudou numa escola católica.

               "Eu costumava ter medo das freiras: toda sua negação a feminilidade - os vestidos pretos e              raspar todo cabelo - foi tão horrível, era terrível."
                           — Peter O'Toole sobre a escola de freiras

Ao sair da escola O'Toole obteve emprego de estagiário como jornalista e fotógrafo, até ser chamado para o serviço nacional. Em 1952, O'Toole conseguiu uma bolsa de estudos na Royal Academy of Dramatic Art (RADA). Na RADA, estudou na mesma turma de Albert Finney, Alan Bates e Brian Bedford.

O'Toole começou a trabalhar no teatro, antes de fazer a sua estreia na televisão, em 1954. Apareceu pela primeira vez no cinema em 1959 num pequeno papel. Veio a ganhar maior reconhecimento ao interpretar T. E. Lawrence no filme de David Lean "Lawrence da Arábia", em 1962, depois de Marlon Brando e Albert Finney terem recusado o papel. O papel "apresentou-o" ao público dos Estados Unidos e rendeu-lhe a primeira das suas oito nomeações para o Óscar de melhor actor.

O'Toole ainda interpretou ainda outros grandes papeis como o Rei Henrique II da Inglaterra em "Becket", de 1964, e em "The Lion in Winter", de 1968. O'Toole interpretou também Hamlet sob direcção de Laurence Olivier. Também apareceu na produção de Seán O'Casey "Juno" e cumpriu uma ambição da sua vida quando subiu no palco da capital irlandesa no Abbey Theatre, em 1970, ao interpretar Samuel Beckett ao lado de Donal McCann. 

Em 1980, recebeu a aclamação da crítica ao interpretar o realizador no filme por trás das cenas de "O Fugitivo". O'Toole foi nomeado ao Óscar, em 1982, pela comédia "My Favorite Year", que fala sobre a luz por trás dos bastidores num show de variedades de televisão na década de 1950.

Em 1972, interpretou Miguel de Cervantes na sua criação ficcional de Don Quixote em "Man of La Mancha", numa adaptação cinematográfica do musical da Broadway, de 1965, ao lado de Sophia Loren. O filme foi amplamente criticado pela critica especializada e pelo público na época, mas tornou-se, mais tarde, num dos maiores sucessos em vendas de  video-cassetes e DVDs.

O'Toole ganhou um Emmy pelo seu papel na mini-série de 1999 "Joan of Arc". Foi mais uma vez nomeado para o Óscar de melhor actor, em 2006, pela sua interpretação como Maurice em "Venus", dirigido por Roger Michell, como sua oitava nomeação. Mais recentemente, O'Toole co-estrelou o filme da Pixar "Ratatouille", um filme animado sobre um rato com o sonho de se tornar o maior cozinheiro de Paris. O'Toole interpretou Anton Ego, um crítico gastronómico.

Vida Pessoal
Em 1959, casou-se com a actriz galesa Siân Phillips, com quem teve duas filhas: Kate (1960) e Patricia (1963). Peter e Sian divorciaram-se em 1979. Phillips revelou mais tarde, em duas autobiografias, que O'Toole a havia submetido a "crueldade mental" em grande parte alimentada por beber em demasia. E estava sujeito a crises de ciúme extremo, quando ela finalmente o deixou por um amante mais jovem. De um relacionamento com a modelo Karen Brown , nasceu o seu terceiro filho, Lorcan(1983).

Uma doença grave quase terminou a sua vida no final de 1970. Devido aoseu alcoolismo e a um defeito digestivo, que tinha desde o nascimento, foi sujeito a uma cirurgia, em 1976, em que o pâncreas e grande parte do seu estômago foram removidos. Em consequência da cirurgia, ficou dependente da insulina. Em 1978, quase morreu de uma doença no sangue. No entanto, O'Toole, recuperou e voltou a trabalhar, embora tenha achado mais difícil conseguir papéis em filmes no cinema, resultando em ter de aceitar mais trabalho para a televisão e alguns papéis no palco ocasionalmente. No entanto, apareceu em 1987 no filme "O Último Imperador", onde interpretou o tutor escocês do protagonista, Sir Reginald Fleming Johnston.

Peter O'Toole residia em Clifden, no condado de Galway, na Irlanda desde 1963 tendo, no auge da sua carreira, mantido casas em Dublin, Londres e Paris. Enquanto estudava na RADA, no início dos anos 1950, teve uma postura muito activa nos protestos contra o envolvimento britânico na Guerra da Coreia. Mais tarde, na década de 1960, foi, também, um adversário activo da Guerra do Vietname.

Peter O'Toole faleceu aos 81 anos, em Londres, num domingo, a 15 de Dezembro de 2013.




Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.


T O P    F I V E (Recomendado)


Lawrence da Arábia (1962)

Lorde Jim (1965)

O Leão no Inverno (1968)

O Meu Ano Favorito (1982)

Vénus (2006)




Sem comentários:

Enviar um comentário