Francis Ford Coppola - nascido em Detroit, a 7 de Abril de 1939 - é um reputado produtor, argumentista e cineasta norte-americano. Coppola é mais reconhecido internacionalmente por ter dirigido uma das mais aclamadas trilogias da história do cinema: "O Padrinho" ("The Godfather"). Coppola é pai da também cineasta Sofia Coppola, avô da também cineasta Gia Coppola e tio do actor Nicolas Cage. Já foi nomeado 14 vezes aos óscares, tendo vencido por cinco vezes.
Biografia
Nascido em Detroit, em 1939, numa família ítalo-americana, Coppola cresceu no bairro de Queens em Nova Iorque, para onde a família se mudou, logo após o seu nascimento. O pai, Carmine Coppola, era músico e compositor (uma canção sua surge "em Tucker: Um Homem e o Seu Sonho", 1988) e a mãe actriz. Quando tinha nove anos contraiu poliomielite.
Coppola estudou cinema na UCLA e, enquanto por lá andou, fez inúmeros pequenos filmes. Nos fins da década de 60, começou a sua carreira profissional realizando filmes de baixo orçamento com Roger Corman, para além de escrever roteiros.
Logo a seguir à realização do seu primeiro filme, "You’re a big boy now", foi oferecida a Coppola a direcção da versão para cinema do musical da Broadway, "Finian’ s rainbow", protagonizado por Petula Clark, no que era o seu primeiro filme nos Estados Unidos, e pelo veterano Fred Astaire. O produtor Jack Warner, mal impressionado com o aspecto hippie de Coppola, deixou-o entregue a si mesmo. Coppola pegou no elenco e foi para Napa Valley rodar os exteriores, mas as diferenças entre estas filmagens e as gravadas em estúdio eram enormes, o que resultou num filme pouco homogéneo. Sendo feito com material obsoleto, o sucesso do filme não foi grande, mas sem dúvida que o seu trabalho com Petula Clark contribuiu para a sua nomeação para o Globo de Ouro como melhor actriz.
Em 1971, Coppola ganhou um Óscar pelo seu argumento para o filme "Patton".
No entanto, foi em 1972 que Coppola conseguiu ser reconhecido mundialmente por realizar um dos clássicos mais aclamados do cinema: "O Padrinho" ("The Godfather"), que ele próprio adaptou do livro homónimo escrito por Mario Puzo. "The Godfather" venceu o Óscar de melhor filme e Coppola foi nomeado como melhor realizador, tendo também vencido, juntamente com Puzo, na categoria de melhor argumento adaptado.
Em 1974, Coppola deu sequência a "The Godfather", com "The Godfather: Part II" que se tornaria a primeira sequência a ganhar o Óscar de melhor filme. "The Godfather: Part II" venceu em outras cinco categorias, incluindo melhor realizador e melhor argumento adaptado para Coppola.
Durante este período escreveu o roteiro para "O Grande Gatsby" ("The Great Gatsby"), estrelado por Mia Farrow e Robert Redford, que foi um desastre completo a nível comercial e da crítica, e produziu o segundo (o primeiro foi "THX 1138") filme de George Lucas, "American Graffiti".
Após o sucesso dos dois "Padrinhos" ("The Godfather"), Coppola dedicou-se a um projecto ambicioso, "Apocalypse Now", baseado em "Heart of Darkness" de Joseph Conrad. A realização do filme foi marcada por inúmeros problemas, desde tufões a abuso de drogas, até ao ataque de coração de Martin Sheen e à aparência "inchada" de Marlon Brando, que Coppola tentou esconder, filmando-o na sombra. O filme foi adiado tantas vezes, que chegou a ser alcunhado de "Apocalypse Whenever". Quando finalmente estreou, o filme foi amado e odiado pela crítica e os seus elevados custos quase levaram ao colapso da American Zoetrope, o estúdio recém criado de Coppola. No documentário de 1991, "Hearts of Darkness: A Filmmaker’s Apocalypse", dirigido pela esposa de Coppola, Eleanor Coppola, Fax Bahr e George Hickenlooper relatam as dificuldades que a equipa passou e mostram cenas "ilustrativas" dessas dificuldades filmadas por Eleanor.
Apesar dos contratempos e problemas de saúde que Coppola sofreu durante a filmagem de "Apocalypse Now", continuou com os seus projectos. Em 1981, apresentou a restauração do filme de 1927, "Napoléon", de Abel Gance, editado nos Estados Unidos pela Zoetrope. No entanto, somente em 1982 é que Francis voltou à realização, com o filme "Do fundo do coração" ("One From the Heart"), que se revelou um fracasso enorme, tendo, no entanto, criado um certo culto à sua volta anos depois. Este filme deixou-lhe uma dívida de US$ 30 milhões. Isso, somado à falência de seu estúdio, o American Zoetrope, fez com que entrasse num período conturbado, em que teve que aceitar dirigir e associar o seu nome a diversos trabalhos encomendados, que, em condições normais, não lhe despertariam qualquer interesse.
Em 1986, Coppola e George Lucas dirigiram, em conjunto, o filme "Captain Eo", com Michael Jackson, disponível apenas para os parques temáticos da Disney, que até essa altura tinha sido o filme mais caro por minuto já feito.
Em 1990, completou a série dos "Padrinhos" ("Godfather"), com "O Padrino III" ("The Godfather: Part III") que, apesar de não ter sido tão aclamado pela crítica como os anteriores, foi um grande sucesso de bilheteira, para além de ter sido nomeado para sete Óscares, incluindo Melhor Realizador e Melhor Filme.
Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.
T O P F I V E (Recomendado)
Trilogia "O Padrinho" (1972, 1974, 1990)
Apocalypse Now (1979)
Os Marginais (1983)
Cotton Club (1984)
Drácula de Bram Stoker (1992)
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