Massimo Troisi (1953 - 1994)

Massimo Troisi - nascido em San Giorgio a Cremano (Campania), a 19 de Fevereiro de 1953, e falecido em Óstia (Lazio/Roma), a 4 de Junho de 1994 - foi um actor de teatro, cinema e televisão; realizador e poeta italiano, que soube reinterpretar e inovar a tradição e os costumes de Nápoles. Troisi faleceu, precocemente, em decorrência de um problema cardíaco.

BIOGRAFIA

Nascido em San Giorgio a Cremano, pequena cidade a 4 quilômetros de Nápoles. Massimo Troisi era filho de Alfredo Troisi e Elena Andinolfi. Criado numa numerosa família, durante anos viveu em uma casa com 16 pessoas, onde morava com o pai, a mãe, cinco irmãos, um tio, uma tia, cinco primos, o avô e a avó. Tímido, católico e muito ligado a Nápoles, Troisi, orgulhava-se da tradição e dos costumes dos napolitanos, e registou isso em quase toda a sua obra. Massimo Troisi é considerado um dos maiores humoristas da Itália e é tido como um dos grandes símbolos de Nápoles, por ser defensor da cultura e do dialecto do seu povo, que, historicamente, tem sido discriminado por parte dos italianos de outras regiões (principalmente da Região Norte da Itália).

CARREIRA

Troisi começou  asua carreira de actor, em 1969, no teatro Paroquial da Igreja di Sant'Anna juntamente com alguns amigos de infância (entre eles Lello Arena, Nico Mucci e Valeria Pezza).

Em 1977, Troisi, Lello Arena e Enzo Decaro formaram o trio cómico chamado "La Smorfia" (nome foi extraído do "livro dos números", tradicionalmente utilizado em Nápoles para jogar na Loto ou bingo). Algum tempo depois, o trio trabalhou também na televisão e aí tornou-se famoso em toda a Itália.

No entanto, Troisi acabou por se tornar conhecido internacionalmente devido ao sucesso do seu filme "O carteiro dePablo Neruda" (título original : "Il postino"), pelo qual recebeu nomeações de: Melhor Actor, Melhor Filme e Melhor Argumento Adaptado, na edição dos Óscares de 1996.

Troisi trabalhou noutros premiados filmes, como "Ricomincio da tre" (o qual foi exibido ininterruptamente nos cinemas italianos por mais de dois anos), "Scusate il ritardo", "Le vie del signore sono finite", ou "No grazie, il caffè mi rende nervoso". Trabalhou com grandes figuras do Cinema italiano como: Anna Pavignano, Marco Messeri, Lello Arena, Pino Daniele, Roberto Benigni, Ettore Scola e Marcello Mastroianni.

A maioria das suas personagens fazem referência ao quotidiano dos italianos em geeral, dos napolitanos em particular, realçando as diferenças e peculiaridades entre o norte da Itália e a Itália meridional, fazendo referências mais especificas a Nápoles e aos costumes napolitanos.

Troisi e Roberto Benigni trabalharam juntos nos filmes: Non ci resta che piangere, "FF.SS." - Cioè: "...che mi hai portato a fare sopra a Posillipo se non mi vuoi più bene?" e "Morto Troisi, viva Troisi!".

DOENÇA E MORTE

Em 1972, foi-lhe diagnosticada uma anomalia cardíaca que, em 1976, o obrigou a ir para os Estados Unidos para fazer uma operação. A operação foi feita em Houston e, inicialmente, foi um sucesso. Troisi pôde retomar a sua carreira teatral e cinematográfica pouco tempo depois. Troisi quase não falava sobre a sua doença, apenas os seus familiares e amigos íntimos tinham conhecimento do seu problema de saúde.

Troisi voltou aos Estados Unidos para ser submetido a outra cirurgia, mas não a fez porque não queria adiar as filmagens do seu novo filme: "Il postino". No dia 4 de Junho de 1994, Massimo Troisi faleceu na casa da sua irmã Annamaria, em companhia do seu grande amigo de infância Alfredo Cozzolino, em Óstia. O ataque cardíaco aconteceu 12 horas após o término das filmagens de "Il postino". A notícia sobre a sua morte trfoxe uma grande tristeza e surpresa para os italianos. "Il postino" foi um dos filmes de maior glória e sucesso quer do actor, quer do realizador.

Eduardo De Filippo, actor e escritor napolitano, declarou: "Troisi era um comediante do futuro, porém - felizmente - com as suas raízes no passado." Troisi e os seus filmes foram nomeados e chegaeam mesmo a vencer o Prêmio David di Donatello (Principal prémio cinematográfico de Itália).

HOMENAGENS

Muitos actores e realizadores homenagearam Massimo Troisi ao longo dos anos, além dos eventos e premiações cinematográficas e televisivas em Itália. Entre os amigos e companheiros que o homenagearam estão: Roberto Benigni, Pino Daniele, Enzo Decaro, entre outros. Em 1996, (dois anos após a sua morte) em San Giorgio a Cremano (sua cidade natal) foi criado um prémio em sua homenagem: o Prêmio Massimo Troisi.

Em 2003, foi criado um museu em sua homenagem na mesma cidade. Com a morte repentina do companheiro e amigo Troisi, o humorista Roberto Benigni fez um poema em sua homenagem baptizado de "Poema a Massimo Troisi". Em 2011, a Pixar Animation Studios inspirou-se em Troisi para criar o personagem do curta-metragem "La Luna", dirigido e escrito por Enrico Casarosa com música de Michael Giacchino.

FILMOGRAFIA

 1994 O Carteiro de Pablo Neruda 

Mario Ruoppolo

 1991 Pensavo fosse amore invece era un calesse 

Tommaso

 1990 Il viaggio di Capitan Fracassa 

Pulcinella

 1989 Che ora è? 

Michele, the son

 1989 Esplendor 

Luigi

 1987 Le vie del Signore sono finite 

Camillo

 1987 Hotel Colonial 

Werner

 1984 Non ci resta che piangere 

Mario

 1983 F.F.S.S." cioè: "...che mi hai portato a fare sopra a Posillipo se non mi vuoi più bene? 

 1983 Scusate il ritardo 

Vincenzo

 1982 No grazie, il caffè mi rende nervoso 

Troisi

 1982 Morto Troisi, viva Troisi! (TV Movie) 

La salma / Il tecnico delle luci / Himself

 1981 Recomeçar do Três 

Gaetano

Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.

T O P    F I V E  (Recomendado)

Recomeçar do Três (1981)

Non ci resta che piangere (1984)

Esplendor (1989)

Pensavo fosse amore invece era un calesse (1991)

O Carteiro de Pablo Neruda (1994)