Helene Bertha Amalie "Leni" Riefenstahl — nascida em Berlim, a 22 de Agosto de 1902, e falecida em Pöcking (Bavaria), a 8 de Setembro de 2003 - foi uma cineasta alemã da era nazi, famosa pela sua apurada estética. As suas obras mais famosas são os filmes de propaganda que realizou para o Partido Nacional Socialista (Nazi) alemão. Submetida ao ostracismo na indústria cinematográfica após a guerra, tornou-se uma fotógrafa de méritos comprovados e mergulhadora.
Biografia
Nascida em Berlim (Alemanha), Leni iniciou a sua carreira como dançarina. Numa entrevista em 2002. revelou que dançar era o que a fazia realmente feliz. Quando teve de parar, ainda jovem, por causa de uma lesão no joelho, assistiu a um filme no cinema, tendo ficado impressionada com as possibilidades do meio. Assim sendo, entrou em contacto com um realizador e pediu-lhe um papel num filme. A partir de então, estrelou vários filmes passados em ambiente de montanha, filmando em ambiente externo, na neve, com pouca roupa, escalando montanhas íngremes descalça. Quando lhe ofereceram a oportunidade de dirigir "A Luz Azul", aceitou, sem hesitar. O seu interesse, a princípio, estava focado em filmes de ficção.
Nascida em Berlim (Alemanha), Leni iniciou a sua carreira como dançarina. Numa entrevista em 2002. revelou que dançar era o que a fazia realmente feliz. Quando teve de parar, ainda jovem, por causa de uma lesão no joelho, assistiu a um filme no cinema, tendo ficado impressionada com as possibilidades do meio. Assim sendo, entrou em contacto com um realizador e pediu-lhe um papel num filme. A partir de então, estrelou vários filmes passados em ambiente de montanha, filmando em ambiente externo, na neve, com pouca roupa, escalando montanhas íngremes descalça. Quando lhe ofereceram a oportunidade de dirigir "A Luz Azul", aceitou, sem hesitar. O seu interesse, a princípio, estava focado em filmes de ficção.
De acordo com algumas "fontes", Leni ouviu Adolf Hitler discursar num comício em 1932. Fascinada pela sua retórica, habilidade oratória e imagem, decidiu oferecer-lhe os seus serviços como cineasta. Já outras "fontes", como a própria realizadora, afirmam que foi Hitler quem a procurou, depois de ter assistido e adorado o filme "A Luz Azul".
Seja como for, já em 1933, dirigiu uma curta-metragem sobre um comício do Partido Nazi. Hitler, então, pediu-lhe que filmasse a convenção anual do Partido em Nuremberga, em 1934. A princípio, recusou, sugerindo que Hitler contratasse Walter Ruttmann para realizar o documentário. Mais tarde, no entanto, mudou de ideias e realizou "O Triunfo da Vontade", um documentário considerado por muitos como uma das melhores obras de cinema já produzidas. Prosseguiu, realizando um filme sobre a Wehrmacht (exército alemão), intitulado "O Dia da Liberdade".
Seja como for, já em 1933, dirigiu uma curta-metragem sobre um comício do Partido Nazi. Hitler, então, pediu-lhe que filmasse a convenção anual do Partido em Nuremberga, em 1934. A princípio, recusou, sugerindo que Hitler contratasse Walter Ruttmann para realizar o documentário. Mais tarde, no entanto, mudou de ideias e realizou "O Triunfo da Vontade", um documentário considerado por muitos como uma das melhores obras de cinema já produzidas. Prosseguiu, realizando um filme sobre a Wehrmacht (exército alemão), intitulado "O Dia da Liberdade".
Em 1936, Leni Riefenstahl, desportista de mérito, qualificou-se para representar a Alemanha no rali de esqui nos Jogos Olímpicos de 1936, mas, em vez disso, preferiu filmar o evento. O material captado originou o filme "Olympia" ("Olímpíadas") - que, dada aquantidade de material filmado permitiu que realizasse duas longas metragens, "Os Deuses do Estádio" e "vencwdores Olímpicos" - celebrado pelas suas inovações técnicas e estéticas até hoje influentes em toda a cobertura desportiva da televisão. Sendo que o desporto, como o conhecemos hoje, nasceu e se glorificou na Alemanha nazi, o primeiro país do mundo a popularizar o desporto quer nas camadas mais pobres quer nas mais ricas.
Após a Segunda Guerra Mundial, passou quatro anos presa num campo de concentração francês. Foi acusada de usar prisioneiros nos sets de filmagens, mas tais acusações nunca foram provadas em tribunal. No final do julgamento, sem conseguir encontrar nenhuma imputabilidade no apoio de Leni ao regime nazi, o tribunal considerou-a apenas uma "simpatizante" da causa e não uma "criminosa de guerra". Em entrevistas posteriores, Leni Riefenstahl insistiu que tinha sido fascinada pelos nazis, mas que era politicamente ingénua e ignorava as "falhas" e atrocidades cometidas na guerra; uma posição que vários dos seus críticos consideram ridícula e não credível.
Leni tentou, depois, produzir outros filmes no pós-guerra, mas cada tentativa foi, sistematicamente, boicotada por resistências, protestos e duras críticas. O boicote impediu Leni de obter financiamento para as suas produções. Os poucos filmes que conseguiu realizar foram curtas meragens com capitais próprios, e novamente, obras de grande engenhosidade. Com este panorama, tornou-se fotógrafa. Interessou-se pela tribo Nuba do Sudão e publicou dois livros com fotos dos guerreiros dessa tribo em 1974 e 1976. Sobreviveu, mesmo, a uma queda de helicóptero no Sudão no ano 2000, aos 98 anos de vida!
Perto dos seus 80 anos, Leni Riefenstahl começou a praticar fotografia submarina, aproveitando a sua prática de mergulhadora. Conseguiu ainda lançar um novo filme, intitulado "Impressionen unter Wasser" ("Impressões Subaquáticas"), um documentário da vida sobmarinas, no seu centésimo aniversário, a 22 de Agosto de 2002.
A despeito dos seus polêmicos, mas realizados com inegável qualidade e mestria, filmes de propaganda, Leni Riefenstahl ocupa um merecido lugar na História do Cinema por ter desenvolvido novas estéticas nos seus filmes, especialmente em relação a ângulos de câmara, enquadramentos, movimentos de massas e nus. Ainda que a propaganda nos seus filmes provoque rejeição por várias pessoas, a sua estética é indubitavelmente singular e é citada por vários outros cineastas.
Em Outubro de 2002, quando Leni tinha 100 anos, as autoridades alemãs decidiram arquivar o inquérito que tinha sido movido contra ela por afirmar correctamente no passado que "todos e cada um" dos ciganos que foram recrutados num campo de concentração para aparecer no seu filme "Tiefland" tinham sobrevivido à guerra.
Leni Riefenstahl morreu enquanto dormia, no dia 8 de Setembro de 2003, aos 101 anos, na sua casa em Pöcking, na Alemanha. No seu obituário, foi dito que Leni foi a última figura famosa da era nazi na Alemanha a morrer. Foi sepultada em Waldfriedhof München, em Munique (Baviera), na Alemanha.
FILMOGRAFIA (como realizadora)
FILMOGRAFIA (como realizadora)
2002 Impressionen unter Wasser (Documentary)
1954 Terras Baixas
1938 Olimpíadas - 1ª Parte: Os Deuses do Estádio (Documentary)
1938 Olimpíadas - 2ª Parte: Vencedores Olímpicos (Documentary)
1935 Tag der Freiheit - Unsere Wehrmacht (Documentary short)
1935 O Triunfo da Vontade (Documentary)
1933 Der Sieg des Glaubens (Documentary)
1932 A Luz Azul
Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.
T O P F I V E (Recomendado)
1954 Terras Baixas
1938 Olimpíadas - 1ª Parte: Os Deuses do Estádio (Documentary)
1938 Olimpíadas - 2ª Parte: Vencedores Olímpicos (Documentary)
1935 O Triunfo da Vontade (Documentary)
1932 A Luz Azul
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