Terrence Malik (1943 - ... )

Terrence Frederick Malick - nascido em Ottawa, a 30 de Novembro de 1943 - é um realizador, argumentista e produtor de cinema norte-americano. Até ao momento, já realizou oito filmes ao longo da sua carreira de quatro décadas, tendo sido muito aclamado pelo seu trabalho, sendo inclusive considerado um dos maiores cineastas da história e elogiado principalmente pelos temas filosóficos das suas histórias e pela beleza das suas imagens.

Malick começou a sua carreira como realizador em 1973 com o filme "Noivos Sangrentos" ("Badlands"), que conta a história de um jovem casal cometendo diversos crimes na Região Centro-Oeste dos Estados Unidos durante a década de 1950.

O seu segundo filme foi "Dias do Paraíso" ("Days of Heaven"), de 1978, seguindo um trabalhador pobre no início do século XX que vai para o Panhandle do Texas procurando emprego e acaba por se envolver num triângulo amoroso. Ambos os filmes foram considerados como dois dos melhores já produzidos na década de 1970, com Malick vencendo o prémio de melhor realizador no Festival de Cannes por "Days of Heaven".

Malik entrou depois num hiato de vinte anos após completar "Days of Heaven", só regressando ao cinema em 1998 com "Barreira Invisível" ("The Thin Red Line"), sobre a Batalha de Guadalcanal durante a Segunda Guerra Mundial. O filme foi nomeado para sete Óscares, incluindo Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Argumento Adaptado, vencendo também o Urso de Ouro no Festival de Berlim.

O seu filme seguinte foi "O Novo Mundo" ("The New World"), de 2005, um romance histórico sobre a fundação da colónia de Jamestown e principalmente da relação de Pocahontas com John Smith e John Rolfe. Apesar de críticas inicialmente mistas no seu lançamento, este último filme posteriormente foi reavaliado e considerado um dos melhores da década.

O seu quinto filme foi "A Árvore da Vida" ("The Tree of Life"), de 2011, um obra semi-experimental sobre a criação e o fim do universo, principalmente do drama de uma família do Texas na década de 1950. Apesar de críticas iniciais polarizadas, o filme foi depois aclamado por críticos e académicos como uma obra prima, sendo mesmo listado como um dos melhores do início do século XXI. "The Tree of Life" venceu a Palma de Ouro em Cannes e foi nomeado aos Óscares de Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Fotografia.

No ano seguinte, Malick lançou "A Essência do Amor" ("To the Wonder"), um filme de romance semi-autobiográfico que foi recebido de forma mista pela crítica.

O seu filme mais recente é "O Cavaleiro de Copas" ("Knight of Cups"), de 2016, que conta a história de um argumentista tentando encontrar o seu lugar no mundo.

Vida Pessoal

Terrence Malick nasceu em Ottawa (Illinois) ou em Waco, (Texas), filho de Emil Malick, um geólogo de ascendência assíria-libanesa cristã, e Irene Malick. Waco foi uma das locações usadas no seu filme "The Tree of Life". Malick cursou a St. Stephen's Episcopal School, em Austin (Texas), enquanto a sua família vivia em Bartlesville (Oklahoma).

Estudou filosofia na Universidade de Harvard, tendo-se formado com a maior das honras e Phi Beta Kappa em 1965. Foi então para o Magdalen College, Oxford. Porém saiu antes de concluir um doutoramento. Em 1969, a Northwestern University Press publicou a tradução de Malick de um dos trabalhos de Martin Heidegger. Voltando para os Estados Unidos, Malick ensinou filosofia no Instituto de Tecnologia de Massachusetts enquanto no tempo livre trabalhava como jornalista. Escreveu artigos para a Newsweek, The New Yorker e LIFE.

Carreira

Malick começou a sua carreira cinematográfica depois de ganhar um MFA do AFI Conservatory em 1969, realizando "Lanton Mills". Na AFI entrou em contacto com pessoas como Jack Nicholson e o agente Mike Medavoy, que procurou Malick para trabalhos independentes como revisor de roteiros. Malik aparece creditado pelo roteiro do filme "Pocket Money", e escreveu os primeiros rascunhos de "Dirty Harry" e "Great Balls of Fire!".

Depois de um dos seus roteiros, "Deadhead Miles", ser considerado pela Paramount Pictures como algo que não poderia lançar, Malick decidiu realizar os seus próprios roteiros. O seu primeiro filme foi "Badlands", de 1973, estrelado por Martin Sheen e Sissy Spacek como um jovem casal numa onda de crimes na década de 50. Depois de uma produção tumultuosa, "Badlands" estreou no Festival de Cinema de Nova Iorque, levando a Warner Bros. a comprar os direitos de distribuição do filme pelo triplo de seu orçamento.

A Paramount produziu o filme seguinte de Malick "Days of Heaven", em 1978, sobre um triângulo amoroso que se desenvolve nos campos de plantação do Panhandle do Texas, no início do século XX. O filme passou dois anos em pós-produção, tempo em que Malick e a sua equipa experimentaram técnicas não-convencionais de edição e narração. "Days of Heaven" venceu o Óscar de Melhor Fotografia, assim como o Prémio de Melhor Realizador no Festival de Cannes de 1979.

Após o lançamento de "Days of Heaven", Malick começou a desenvolver um projecto para a Paramount chamado "Q", que exploraria as origens da vida na Terra. Durante a pré-produção, mudou-se repentinamente para Paris e desapareceu da vida pública. Durante esse tempo, escreveu um grande número de roteiros, incluindo "The English Speaker", sobre a análise de Josef Breuer sobre Anna O.; adaptações de "The Moviegoer", de Walker Percy, e "The Desert Rose", de Larry McMurtry; um roteiro sobre Jerry Lee Lewis; uma adaptação de "Sanshō Dayũ' que seria dirigida por Andrzej Wajda, além de continuar a trabalhar no roteiro de "Q" O trabalho de Malick em "Q" eventualmente tornou-se a base para o seu filme de 2011, "The Tree of Life".

Vinte anos depois de "Days of Heaven", Malick voltou a realizar um filme em 1998 com "The Thin Red Line", uma adaptação do livro de mesmo nome escrito por James Jones, reunindo um grande elenco composto por grandes estrelas do cinema. O filme foi nomeado para sete Óscares, vencendo o Urso de Ouro em 1999 no Festival de Berlim.

Depois de descobrir o trabalho de Malick num artigo sobre Che Guevara na década de 1960, Steven Soderbergh deu à Malick a chance de escrever e dirigir um filme sobre Guevara que ele estava desenvolvendo com Benicio del Toro. Malick aceitou e produziu um roteiro focado na mal sucedida tentativa de revolução de Guevara na Bolívia. Depois de um ano e meio, o financiamento ainda não havia sido totalmente garantido, e Malick recebeu a oportunidade de dirigir "The New World", um roteiro que tinha começado a desenvolver na década de 1970. Consequentemente, deixou o projecto de Guevara em 2004, acabando Soderbergh por o realizar.
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"The New World", que apresenta uma interpretação romântica da história de John Smith e Pocahontas, foi lançado em 2005. Mais de 300 km de filme foram gravados, e três versões de diferentes durações foram lançados. Foi nomeado ao Óscar de Melhor Fotografia, porém recebeu resenhas geralmente mistas da crítica especializada no seu lançamento, apesar de, desde então, ter sido apontado por alguns como um dos melhores filmes da década.

O quinto filme de Malick, "The Tree of Life", foi filmado em Smithville no Texas e em outras locações, durante o ano de 2008. Estrelado por Brad Pitt e Sean Penn, conta o drama de uma família em múltiplos períodos da história e foca-se na reconciliação de um indivíduo com o amor, misericórdia e beleza em coexistência com mortes e sofrimento. Estreou no Festival de Cannes de 2011 vencendo a Palma de Ouro antes de ser lançado nos Estados Unidos, em 27 de Maio do mesmo ano. Dois dos produtores do filme, Bill Pohlad e Sarah Green, receberam o prémio em nome de Malick O presidente do júri de Cannes, Robert De Niro, explicou que a escolha de "The Tree of Life" foi difícil, porém "Tinha o tamanho, a importância, a intenção, o que quer que você fale, parecia se adequar ao prémio".

O seu sexto filme, "To the Wonder", foi filmado em Bartlesville e Pawhuska, Oklahoma, e em França no final de 2010 e início de 2011. Estrelado por Ben Affleck, Olga Kurylenko, Rachel McAdams e Javier Bardem, o filme foi descrito como "uma exploração do amor em suas muitas formas". Teve a sua estreia no Festival de Veneza de 2012.

Vida pessoal

Malick é famoso por aparecer muito pouco na imprensa. Os seus contratos estipulam que a sua imagem não deve ser usada para fins promocionais. Além disso, frequentemente recusa pedidos para entrevistas.

Malik já se casou três vezes. A sua primeira esposa foi Jill Takes, de 1970 a 1976. A segunda foi Michelle Morette, de 1985 até 1998. A sua actual esposa é Alexandra Wallace, tendo-se casado em 1998. Os dois vivem em Austin, Texas.

Filmografia

          Weightless (completed) 

          Radegund (filming) 

 2016 Voyage of Time: The IMAX Experience (Documentary short) 

 2016 Voyage of Time: Life's Journey (Documentary) (directed by) 

 2015 Cavaleiro de Copas 

 2012 A Essência do Amor 

 2011 A Árvore da Vida 

 2005 O Novo Mundo 

 1998 A Barreira Invisível 

 1978 Dias do Paraíso 

 1973 Noivos Sangrentos 

 1969 Lanton Mills (Short) 

Nota: o presente texto é uma adaptação de outros documentos constantes na Wikipedia e na IMDB.

T O P    F I V E  (Recomendado)

 Noivos Sangrentos (1973)

Dias do Paraíso (1978)

 A Barreira Invisível (1998)

 O Novo Mundo (2005)

 A Árvore da Vida (2011)